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segunda-feira, 1 de julho de 2013

[Estudo Bíblico] O QUE SIGNIFICA SER DISCÍPULO?

Texto básico

Mateus 10.1-42

Textos de apoio

Lc 14.33
Lc 22.39
Jo 8.31
Jo 13.35; 15.8
Gl 4.19
Ef 4.13

Introdução

“Você quer ser igual a mim?” Na tradição judaica, quando alguém era convidado por um rabino para segui-lo era como se ouvisse esta pergunta instigante. Teria sido esta a mesma questão que ressonou na mente e no coração dos doze primeiros discípulos de Jesus? E, um pouco mais tarde, na mente e no coração do apóstolo Paulo? Para eles, sem dúvida, tratava-se de um chamado radical – imitar o rabino Jesus. Quais eram as exigências, os deveres, os estímulos, as dificuldades e as recompensas de ser um discípulo de Jesus? É o que vamos estudar a seguir.

Para entender o que a Bíblia fala

a) Em Mateus 10.1, Jesus dá autoridade àqueles que ele havia chamado para ser seus discípulos. Que tipo de autoridade era esta e para que servia?
b) Logo a seguir, Jesus afirma que “o discípulo não está acima do seu mestre” e que “basta ao discípulo ser como o seu mestre” (versos 24-25). Como podemos ser iguais a Jesus? Veja também 1 Coríntios 11.1 e Gálatas 4.19
c) Que dificuldades enfrenta um discípulo de Jesus? Veja os versos 34 a 39 e Lucas 14.33. Quais dessas dificuldades você já enfrentou? Compartilhe com o grupo.
d) Como você entende as recompensas do discipulado de acordo com os versos 40 a 42?
e) Um discípulo é alguém que permanece na palavra do seu Mestre Jesus (Jo 8.31), tem amor aos outros discípulos (Jo 13.35) e dá muito fruto (Jo 15.8), até chegar à maturidade, à plenitude de Cristo (Ef 4.13). Como e em que grau estas características têm marcado sua jornada de discipulado?

Hora de Avançar

“O que é seguir, senão imitar?” – Santo Agostinho

Para pensar

Mateus 10 talvez seja um dos capítulos da Bíblia mais importantes sobre o que significa ser um discípulo de Jesus. O capítulo começa com Jesus tomando a iniciativa, convocando os doze primeiros discípulos, investindo-os de autoridade para fazer as coisas que ele, o Mestre, fazia (versos 1-4). Após o convite para vir a ele, segue-se o envio, com diversas instruções (veros 5-15). Paul Bendor-Samuel comenta que “o fato de o convite para vir preceder a ordem para ir é um lembrete de que o ministério flui da intimidade”. Depois Jesus dá a eles alguns conselhos e palavras de encorajamento (versos 16-33), que serão essenciais diante das dificuldades por que passarão (versos 34-39). E fecha com a promessa das recompensas – a vida (v. 39) e o galardão, que nunca se perderá (versos 40-42). O início do capítulo seguinte também é muito interessante, porque relata que Jesus passou a ensinar e pregar nas cidades daqueles discípulos (Mt 11.1). Que privilégio!

O que disseram

“Não se trata simplesmente de um estado ontológico, uma questão de ter tomado uma decisão em um dado momento e pronto. Ser discípulo é um estado ativo de aprendizado e crescimento.” (Paul Bendor-Samuel, em Ultimato, set.-out. 2012, p. 50.)
“A razão de quase todas as nossas falhas é a facilidade que temos de esquecer nossa identidade como discípulos.” (John Stott, em O discípulo radical, Editora Ultimato)

Para responder

> Se Jesus aparecesse pra você agora e lhe fizesse a pergunta-convite, “Você quer ser igual a mim?”, o que você responderia?
> A que você tem renunciado para ser um discípulo de Jesus? Compartilhe sua resposta com um amigo ou com o grupo.
> Como a esperança de se tornar um dia 100% igual a Jesus o encoraja a prosseguir na caminhada cristã?

Eu e Deus

“Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens.” (Mt 4.18.)
“Segue-me!” (Mt 9.9)

Autora do Estudo Bíblico: Délnia Bastos

sábado, 19 de fevereiro de 2011

[Discipulado] CHAMADO AO DISCIPULADO

Marcos 2.14: “Quando ia passando, viu a Levi, filho de Alfeu, sentado na coletoria, e disse-lhe: Segue-me! Ele se levantou e o seguiu”.

Esta é a única e verdadeira possibilidade de existir discipulado, a relação imediata entre chamado e obediência.
A resposta do discípulo não é uma confissão oral da fé em Jesus, mas sim um ato de obediência.
O que a gente sabe a respeito do conteúdo do discipulado? Jesus tem a resposta: “Segue-me! Vai andando atrás de mim! Isso é tudo! Isso não parece um programa de vida cheio de realização, sucesso , satisfação, não é algo que pelos padrões humanos mereça sacrifício.
O discípulo é chamado a abandonar tudo, tudo mesmo, sua própria existência anterior, o que é velho deve ficar para trás, totalmente abandonado.
Bonhoeffer diz que o discípulo é:
• arrancado de sua relativa segurança de vida, e lançado à incerteza completa (i. é na verdade, para a absoluta segurança e proteção da comunhão com Jesus);
• de uma situação previsível e calculável (i. é de uma situação totalmente imprevisível);
• para dentro do imprevisível (i. é na verdade, para dentro do que é unicamente necessário e previsível);
• do domínio das possibilidades finitas (i. é, na realidade as possibilidades infinitas);
• para o domínio das possibilidades infinitas (i. é, para a única realidade libertadora).
Qual é o conteúdo do discipulado? Não qualquer outro conteúdo, porque Jesus é o único conteúdo. O chamado ao discipulado é, portanto, comprometimento exclusivo com a pessoa de Jesus Cristo.
Concepções e ideias sobre Cristo, um sistema de doutrinas a respeito de Cristo, conhecimento religioso a respeito de Cristo, da sua graça e do seu perdão, não são necessariamente discipulado, na verdade, na maioria das vezes excluem Cristo, são contra Ele.
Saber algo sobre Cristo pode fazer você ter uma relação de conhecimento, de admiração por Ele, talvez até de fazer algo por em nome d’Ele, mas nunca uma relação de discipulado pessoal e obediente.
Cristianismo sem Jesus Cristo vivo, é cristianismo sem discipulado, e cristianismo se discipulado é cristianismo se Jesus Cristo, é uma ideia, um mito. Discipulado sem Jesus é escolha pessoal de uma caminho talvez ideal que talvez possa leva até ao sacrifício, mas discipulado sem Jesus não tem promessa, Jesus vai rejeitá-lo.
Discipulado é viver pela fé, e o caminho para a fé passa pela obediência ao chamado de Cristo. Jesus exige um passo decisivo, senão o chamado de Jesus fica no vácuo, e tudo aquilo que achamos que é discipulado, sem esse passo radical para o qual Jesus nos chama, se transforma em entusiasmo mentiroso.
Só o crente é obediente, e só o obediente é que crê. A fé só existe na obediência e jamais sem ela, e só é fé verdadeira no ato da obediência.
Quem sabe você se queixa de não conseguir crer: ninguém precisa se admirar de não poder crer enquanto se opõe ou se esquiva, em algum ponto, numa desobediência consciente, ao mandamento de Jesus.
Se você não quiser sujeitar ao mandamento de Cristo uma paixão pecaminosa, um rancor, uma mágoa, uma esperança humana, os planos da sua vida, a sua razão, não fique admirado se não receber o Espírito Santo, de não conseguir orar, de continuar a sentir dificuldade em crer.
Seja obediente, ouça o chamado de Jesus, vai reconciliar-se com seu irmão, vai e abandone o pecado do qual você é escravo e você vai poder crer novamente.
Se você rejeita o mandamento de Jesus, você não pode receber a palavra da graça. Como você pode encontrar a comunhão daquele de quem você fica se esquivando conscientemente em várias questões da sua vida? O desobediente não pode crer; somente o crente é que crê.
O desobediente não pode ouvir a Palavra de Cristo, é impossível que ele venha a crer n’Ela.
É como aquele diálogo entre o desobediente e o pastor.
Desobediente: Pastor, eu não consigo crer!
Pastor: Escuta a Palavra que está sendo anunciada à você!
Desobediente: Eu escuto, mas ela não me diz nada, continua vazia, não me atinge!
Pastor: Você não quer ouvir!
Desobediente: Quero sim!
O que dizer a uma pessoa assim? Somente o crente é que é obediente, e somente o obediente é que crê, portanto, o fato é que por trás de todos estes argumentos do desobediente sobre sua incapacidade de crer, se esconde a sua própria desobediência. Então aquele pastor diz ao desobediente:
Pastor: Você é desobediente, porque você se recusa a obedecer a Cristo. Você quer reservar uma parcela de domínio da sua vida para você mesmo. Você não pode ouvir a Cristo por ser desobediente, você não pode crer na graça por não obedecer; lá num cantinho do seu coração você está obstinado contra o chamado de Jesus. O seu problema é o pecado da desobediência!
A única solução de resolver nossos problemas, nossos conflitos com o pecado em nossa vida, é o mandamento de Cristo, é obedecer de uma vez por todas. E não apenas obedecer por obedecer, mas, obedecer para viver na comunhão com Cristo, porque o principal não são os mandamentos, mas Cristo que é o objetivo do mandamento.
Temos que para de se refugiar na mentira do conflito. O mandamento é claro: “Segue-me!”
Mas qual é o caminho a percorre no discipulado? Jesus diz: Eu te chamo, e isto é tudo!
O conteúdo do discipulado é Jesus Cristo, não há outro conteúdo, que não seja a ligação e a comunhão com Ele. Não somos chamados a apenas seguir o bom Mestre, mas viver na obediência ao filho de Deus.
Somos chamados a nos negar a nós mesmos no discipulado, para que Cristo seja o único objetivo do nosso existir e a autonegação consiste em conhecer apenas a Jesus e não mais a si próprio.
Somos chamados a tomar a cruz. Quem não quiser tomar a sua cruz com medo de sofrer as consequências que isto traz, de ser rejeitado pelos homens, de ser exposto ao sofrimento, esse perde a comunhão com Cristo e não é seu discípulo.
Mas quem perder a sua vida no discipulado, no carregar a cruz, este vai encontrar sua verdadeira vida no próprio discipulado, na comunhão da cruz com Cristo.
Você quer vencer? A cruz é a sua vitória!
Se você quiser se livra do fardo da cruz que te é imposto, você não vai se libertar do fardo, ao contrário, você vai levar um fardo maior ainda, pois o fardo de si mesmo é insuportável. Mas quando o discípulo leva por livre escolha a sua cruz, nessa própria cruz encontrará certeza de proximidade e comunhão com Cristo porque é a Cristo que o discípulo encontra ao tomar sobre si a sua cruz.
Somos chamados a ser sal da terra e luz do mundo, a marcar presença, a sermos vistos, a sermos misturados não com o mundo, mas entre o mundo para ser diferença. Aquele que quer fugir ficando invisível ao mundo, nega o chamado. Igreja de Jesus que quer passar despercebida, não é Igreja no discipulado.
Mas como ser discípulo se temos uma carne que luta contra o espírito? Somos tentados a alimentar a nossa carne e não a deixa-la morrer no discipulado.
Por que não consigo crer, por que não consigo orar, por que não consigo servir, alguns dizem!
Porque alimentamos a carne com a desobediência, e a carne bem alimentada não gosta de orar e nem se dispõe a crer e muito menos a servir.
O que é a vida de fé e discipulado senão a infinita luta do espírito contra a carne?
Como alguém pode querer viver na fé, quando orar é algo enfadonho, quando já perdeu o gosto pela leitura da Palavra? Como pode viver na fé e no discípulo aquele para quem o sono, a comida, a vaidade, o dinheiro, o trabalho, o desejo sexual sempre de novo roubam a alegria em Deus?
O “alimento” do mundo querem desviar o coração do discípulo. Para onde está orientado o coração do discípulo? Para a riqueza do mundo, para Cristo e as riquezas do mundo? Ou está orientado unicamente para Cristo? A luz do corpo são os olhos, a luz do discípulo é o coração. Se os olhos estiverem embotados, como deve estar o nosso coração! E se o coração estiver em trevas, que terríveis trevas existem em seu interior! O coração do discípulo, portanto, se entreva quando se apega às coisas deste mundo.
O chamado de Jesus é radical e a única resposta é a obediência! O chamado prevê um relacionamento compromissado, exclusivo, único, de comunhão com Cristo.
O discípulo não pode viver com um pé na Igreja e outro nas coisas do mundo, pois assim não é verdadeiro discípulo.
O verdadeiro discípulo é crente e obediente, e só obedece e crê quem é discípulo?
E você, quem é?

Baseado no livro DISCIPULADO de Dietrich Bonhoeffer

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

[Discipulado/Evangelismo] O CICLO DO EVANGELISMO E DISCIPULADO: UM PROCESSO SEM FIM


Quando Jesus delegou a Grande Comissão para Seus discípulos, não era uma ideia nova para eles. Através de Seu ensino e exemplo, Jesus já vinha preparando seus discípulos para a tarefa.

A missão dos discípulos antes não era a de meramente agrupar outro movimento social religioso. Deveriam participar da atividade divina de Deus no mundo, redimindo a humanidade perdida para Ele. Da mesma forma que os discípulos tinham visto a multiplicação dos pães e dos peixes, deveriam agora participar perpetuando e multiplicando a mensagem para a qual Jesus os havia comissionado.

Cada um dos quatro Evangelhos conclui com uma ênfase sobre a missão para a qual Jesus comissionou Seus discípulos no final de Seu ministério terreno. As passagens sobre a Grande Comissão nos três Evangelhos Sinóticos, bem como em João, claramente apresentam uma missão abrangente que inclui evangelismo e discipulado.

Uma definição acurada e abrangente de evangelismo foi dada por William Temple, o 98º Arcebispo da Cantuária (1942-44): “Evangelismo é tão somente apresentar Jesus Cristo no poder do Espírito Santo de que os homens podem confiar n'Ele como Salvador e servi- LO como Senhor na fraternidade de Sua igreja”.

Tratar o evangelismo e o discipulado separadamente é fazer uma distinção artificial. Da mesma forma que uma linha não pode ser desenhada entre as cores de um arco-íris, o evangelismo não pode ser separado do discipulado nas Escrituras. O evangelismo e o discipulado não são duas partes de uma progressão que começa com evangelismo e culmina no discipulado. Pelo contrário, ambos compõem um ciclo. O evangelismo não deve ser empreendido com o objetivo de discipulado e o discipulado não deve preparar os crentes para o evangelismo.

Evangelismo Pré-Discipulado
Na Parábola do Semeador, Jesus ensinou que a semente — a Palavra de Deus, ou a mensagem — cairia em diferentes tipos de solo. Algumas pessoas que ouvirem a mensagem não irão responder e algumas que responderem não irão permanecer.

Alguns abordam a Parábola do Semeador a partir de uma perspectiva negativa porque três dos quatro tipos de solo falharam em produzir vida duradoura. Porém, a parábola vai além desses empecilhos ao triunfo da Palavra de Deus em produzir o Reino de Deus. Muito embora boa parte da parábola seja dedicada a enumerar os três tipos improdutivos de solo, apenas uma pequena parte da semente lançaria sobre aqueles lugares num campo real. A parábola não implica necessariamente que a maior parte do trabalho do semeador esteja perdida.

Muitas exposições tratam a Parábola do Semeador como tendo quatro tipos de solo: rochoso, arenoso, espinhoso e o de boa qualidade. A parábola pode, no entanto, ser vista como apresentando dois tipos de solo: o produtivo e o não produtivo. Três exemplos são dados para cada tipo de solo. Toda pessoa enfrenta um de apenas dois destinos. O resultado do evangelismo diz respeito ao solo bom — aquelas pessoas cuja vida não apenas começa, mas cresce e multiplica.

Algumas pessoas abordam o evangelismo com o objetivo único de ver um não-crente orar a oração do pecador. Mas o objetivo do evangelismo é mais que a decisão pela salvação. O objetivo do evangelismo é] uma mudança de estilo de vida — uma pessoa seguindo a Cristo em obediência aos Seus ensinos e comandos. O objetivo final é um discípulo — um seguidor de Cristo comprometido e fiel.

Infelizmente, se uma pessoa chegar à decisão pela salvação sem compreender o custo de seguir a Cristo, ela pode até começar bem, mas não logra êxito em continuar O seguindo e servindo. Esta situação é ilustrada pelos três primeiros tipos de solo mencionados na Parábola do Semeador. As pessoas recebem a mensagem, mas os pássaros levam a semente embora, o sol a queima ou os espinhos a sufocam. Jesus explicou que os pássaros, o sol e os espinhos representavam empecilhos na vida espiritual das pessoas. Isto inclui perseguição ou desejo para os ricos. Estes evitam que a mensagem tenha um efeito de longo prazo. O Ciclo do Evangelismo e Discipulado:

Da mesma forma que apaixonadamente queremos ver as pessoas tomando uma decisão por Cristo, é possível empurrá-las para decisões prematuras ao invés de cooperarmos com o Espírito Santo para que Ele as conduza primeiro, a uma decisão e, então, ao discipulado.

Entender que o discipulado precisa ser o objetivo do evangelismo irá afetar como nós partilhamos a mensagem. Jesus ensinou que Seus seguidores devem entender o custo de ser Seus discípulos: “E qualquer que não tomar a sua cruz e vier após mim não pode ser meu discípulo. Pois qual de vós, pretendendo construir uma torre, não se assenta primeiro para calcular a despesa e verificar se tem os meios para a concluir?” (Lc 14.27-28).

Uma pessoa não crente deve entender a significância da decisão de receber o perdão de Cristo e segui-lO. Os crentes devem ser cautelosos para não manipular emocionalmente as pessoas para decisões que não compreendem ou não estão prontas para tomar. Ao orar com uma pessoa para que receba Cristo, devemos assegurar que ela entende o que está fazendo. Isto requer sabedoria e mesmo comedimento.

Nós não somos responsáveis por convencer as pessoas a comprometerem suas vidas com Cristo. O evangelismo não é somente uma persuasão meramente humana; é um trabalho do Espírito Santo. Jesus prometeu que o Espírito Santo convenceria o mundo do “pecado, da justiça e do juízo” (Jo 16.8). Somos responsáveis por compartilhar a mensagem com clareza. Mas é o Espírito Santo quem convence e persuade o coração do ouvinte. Ao entendermos que Deus toma a iniciativa e permanece ativo no processo de evangelismo, somos capacitados a sermos corajosos e dependentes do Seu trabalho persuasivo. Conseguimos também ser pacientes e a confiar em Seu tempo, ao invés de tentarmos empurrar as pessoas para uma decisão prematura. Isto permite que não sejamos nem hesitantes e nem precipitados em nosso testemunho.

Discipulado Pre-Evangelismo
O ciclo de evangelismo e discipulado está completo quando os discípulos tornam- se mensageiros que evangelizam e fazem mais discípulos.

A Igreja na América e em outros lugares no Ocidente podem aprender com a Igreja em outras partes do mundo nesse sentido. Nos últimos cinquenta anos, o crescimento em número de membros nas igrejas Assembleias de Deus em muitos países ultrapassou o do Ocidente. Isto é especialmente verdadeiro na América Latina, na África e partes da Ásia. Uma razão para este crescimento explosivo e exponencial é que em muitos países do Terceiro Mundo os crentes são ensinados e espera-se que evangelizem. Países em não dispõem de um número significativo de equipes de colaboradores remunerados, as congregações são muitos mais ativas em matéria de evangelismo.

Ser uma testemunha eficaz não necessariamente depende de quanto tempo a pessoa segue a Cristo ou quão madura esteja. Pesquisas extensas em milhares de igrejas mostram que muito do evangelismo pessoal em qualquer congregação é feito por aqueles que se tornaram cristãos há menos de um ano.

O evangelismo pessoal é uma parte essencial no seguir a Cristo. Precisa ser parte do estilo de vida de cada crente causar impacto sobre os não crentes a seu redor.

O Objetivo
O objetivo do evangelismo e do discipulado é claramente descrito na carta de Paulo aos colossenses: “agora, porém, vos reconciliou no corpo da sua carne, mediante a sua morte, para apresentar-vos perante ele santos, inculpáveis e irrepreensíveis, se é que permaneceis na fé, alicerçados e firmes, não vos deixando afastar da esperança do evangelho” (Cl Ciclo do Evangelismo e Discipulado:l 1.22-23). Paulo prossegue, descrevendo o objetivo de se proclamar o Evangelho: “o qual nós anunciamos, advertindo a todo homem e ensinando a todo homem em toda a sabedoria, a fim de que apresentemos todo homem perfeito em Cristo” (Cl 1.28, ênfase nossa). Observe que o objetivo é para que cada discípulo seja apresentado diante do Senhor santo, inculpável e sem mácula — completo em Cristo — no fim da vida na terra.

À medida que conduzirem as igrejas locais ao evangelismo, os pastores muito frequentemente precisarão tomar decisões no que diz respeito ao quanto de tempo e de recursos serão investidos. Nós, assim como Paulo, precisamos nos comprometer em evangelizar “por todos os modos” (1Co 9.22, ênfase nossa). Porém, devemos priorizar aqueles meios que resultem no objetivo final estabelecido pela Palavra de Deus — discípulos que são “perfeito em Cristo” (Cl 1.28). Às vezes, isto significará optar por métodos que não produzam muitas decisões iniciais, mas que resultem em mais discípulos. 

O enfoque de Jesus está nas consequências eternas do pecado e do destino eterno de cada pessoa. O Evangelho chama cada ouvinte para decidir e responder à proclamação da Palavra de Deus. O foco do Evangelho está na salvação dos indivíduos que irão compor a noiva de Cristo. A missão da igreja é participar
da missão de Cristo de conduzir “muitos filhos à Glória” (Hb 2.10). 

O ciclo de evangelismo e discipulado é processo sem fim de alcançar e reter as pessoas que se tornam cidadãs do reino eterno de Cristo.

Autor: RANDY HURST

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