INTRODUÇÃO
1. As melhores notícias que o mundo já ouviu vieram do túmulo vazio de Jesus. A história da Páscoa não termina num funeral, mas sim com uma festa. O túmulo vazio de Cristo foi o berço da igreja. Nós pregamos um Cristo que esteve morto e está vivo e não um Cristo que esteve vivo e está morto.
2. A morte é o rei dos terrores. Mas Cristo é o Rei dos reis. A morte foi vencida por Jesus. Ele matou a morte. Ele arrancou o aguilhão da morte. A morte será lançada no lago do fogo.
3. A ressurreição de Cristo é a demonstração do supremo poder de Deus.
I. A IMPORTÂNCIA DA RESSURREIÇÃO DE JESUS
1. A ressurreição de Cristo é uma das fraudes mais maldosas da história ou então o fato mais extraordinário.
2. A ressurreição de Cristo e o Cristianismo permanecem em pé ou caem juntos. Sem a ressurreição de Cristo, o Cristianismo seria uma religião vazia de esperança, um museu de relíquias do passado.
3. Paulo diz que sem a ressurreição de Cristo: 1) Nossa fé seria vã; 2) Nossa pregação seria inútil; 3) Nossa esperança seria vazia; 4) Nosso testemunho seria falso; 5) Nossos pecados não seriam perdoados; 6) Seríamos os mais infelizes de todos os homens.
4. Sem a ressurreição de Cristo a morte teria a última palavra, a nossa esperança do céu seria um pesadelo.
5. Sem a ressurreição de Cristo, o Cristianismo seria o maior engodo da história, a maior farsa inventada pelos cristãos. Os mártires teriam morrido por uma mentira e uma mentira teria salvado o mundo.
6. Mas de fato Cristo ressuscitou. A grande diferença entre o Cristianismo e as grandes religiões do mundo é que o túmulo de Jesus está vazio. Você pode visitar o túmulo de Buda, Confúcio, Maomé, Alan Kardec, mas o túmulo de Jesus está vazio. Ele venceu a morte. Ele está vivo pelos séculos dos séculos.
II. A EVIDÊNCIA DA RESSURREIÇÃO DE JESUS
1. A ressurreição de Jesus é um fato histórico
A. As tentativas do adversário
Disseram Jesus não chegou a morrer na cruz e ao ser colocado no túmulo reanimou-se;
Disseram que os discípulos roubaram o seu corpo;
Disseram que as mulheres foram no túmulo errado;
B. As aparições aos discípulos
Jesus depois que ressuscitou apareceu a Maria Madalena, às mulheres, a Pedro, aos dois discípulos no caminho de Emaús, aos apóstolos sem Tomé, aos apóstolos com Tomé, aos sete apóstolos no Mar da Galiléia, a uma multidão de 500 irmãos, a Tiago, a Paulo, a Estêvão, a João na Ilha de Patmos.
C. A proclamação dos discípulos
O célebre sermão de Pedro no Pentecoste versou sobre a ressurreição de Jesus. Se Cristo não tivesse mesmo ressuscitado, bastaria ter apresentado o corpo morto de Cristo à multidão e o Cristianismo teria sido esquecido naquela manhã.
2. A ressurreição de Jesus é um fato psicológico
Os discípulos acuados pelo medo, desânimo, pessimismo foram poderosamente transformados. Tornaram-se ousados, valentes, poderosos no testemunho, enfrentaram ameaças, açoites, prisões, morte, martírio sem jamais recuar. Eles não teriam morrido por uma mentira. A mudança dos discípulos é uma prova incontroversa da ressurreição de Jesus.
3. A ressurreição de Jesus é um fato sociológico
Uma igreja cristã foi estabelecida sobre a rocha desta verdade incontestável. Gente de todas as nações, raças, línguas e povos uniram-se em torno desta verdade suprema.
O túmulo vazio de Cristo foi o berço da igreja.
III. OS DISCÍPULOS ANTES DO IMPACTO DA RESSURREIÇÃO
1. Seus olhos estavam cegos a despeito da proximidade de Jesus – v. 14,15
Muitas vezes caminhamos pela vida vencidos, como se a morte tivesse a última palavra e como se Jesus não tivesse ressuscitado. Embora Jesus está perto, não o percebemos.
Às vezes Jesus vem ao nosso encontro, como foi o encontro dos discípulos no Mar da Galiléia, mas pensamos que ele é um fantasma e ficamos cheios de medo.
2. Seus olhos estavam tapados a despeito do relato das Escrituras – v. 25
A incredulidade coloca venda em nossos olhos. Jesus abre as Escrituras e as expõe para os discípulos. Mostra-lhes como todas as Escrituras apontam para ele e para a sua vitória sobre a morte, mas eles não compreendem.
Não entendem, não porque falte luz, mas porque falta visão. Quando os nossos olhos não são iluminados pela Palavra, caminhamos pela vida cabisbaixos, achando que a morte é mais forte que a vida, que o mal é mais forte que o bem.
3. Seus olhos estavam fechados a despeito do testemunho dos irmãos – v. 22-24
Aqueles discípulos já tinham várias evidências da ressurreição de Cristo:
a) As promessas de Jesus de que morreria e ressuscitaria ao terceiro dia;
b) O túmulo vazio;
c) As mulheres viram-no ressuscitado;
d) Os anjos deram testemunho da ressurreição;
e) Alguns dos discípulos já haviam visto o túmulo vazio, mas eles ainda estavam carregados de dúvidas (v. 21).
Hoje, tem muita gente vivendo esse reducionismo, esse achatamento de vdia, porque não dão crédito ao testemunho que outras pessoas têm dado do poder da ressurreição em suas vidas. Assim, limitam a vida cristã apenas às suas experiências.
4. Seus pés estavam na estrada da fuga a despeito de várias evidências da ressurreição – v. 14,20
Aqueles dois discípulos se acovardaram. Eles desistiram de tudo. Desistiram do discipulado. Desistiram de crer. Desistiram da caminhada da fé. Botaram o pé na estrada da dúvida, do ceticismo, da incredulidade. Desistiram de Jesus.
Tem muita gente que vive um projeto de vida assim. Sua história termina na sexta-feira da paixão e não no domingo da ressurreição.
Gente que abandona a igreja e volta triste, decepcionado e sem esperança para o seu passado de sombras.
5. Seus pés caminhavam para o ocaso e não para o amanhecer – v. 13,20
Emaús ficava no oeste e o dia já estava se pondo. Caminhavam para o entardecer. Caminhavam para o ocaso. Tem muita gente assim. Só olha para o passado. Mas o cristão não caminha para o ocaso, mas para o amanhecer.
Não se concentre nos problemas, mas nas soluções. Não se desespere com a sexta-feira da paixão, olhe para o domingo da ressurreição. Não viva como um vencido, mas como um vencedor.
6. Seus corações estavam tomados de profunda tristeza – v. 17
Estavam tristes, quando deveriam estar exultando de alegria. Quantas vezes nossa vida é uma via sacra de lamento, dor, tristeza porque não tomamos posse do poder da ressurreição em nossa vida. A vida cristã é uma vida de esperança e alegria.
É hora de você sacudir o jugo da tristeza do seu coração, da sua família, do seu trabalho.
7. Seus corações estavam perturbados pelo drama do sofrimento do justo – v. 19,20
Como conciliar o fato de Jesus ser o amado de Deus, poderoso em obras e palavras e mesmo assim ser pregado na cruz como um criminoso?
Talvez esta é também a sua angústia: ver o justo sofrendo, o piedoso sendo injustiçado, o inocente pisado. Como conjugar o amor de Deus com o sofrimento do justo?
8. Seus corações estavam cheios de esperanças frustradas – v. 21
O caminho de Emaús é o caminho da desistência do discipulado. É o caminho dos sonhos desfeitos. É o caminho da esperança morta. É o caminho da falência dos projetos. É caminho daqueles que acham que não têm mais jeito. Exemplo: Pedro: eu vou pescar.
Talvez você pense assim do seu casamento, da sua vida, do seu trabalho. Você já arrumou as malas, já botou o pé na estrada da fuga. Não desanime, não se capitule.
IV. O IMPACTO DA RESSURREIÇÃO
1. Olhos abertos pela explicação das Escrituras – v. 26-28,31
Jesus revelou-se pelas Escrituras. “Examinai as Escrituras, porque são elas que testificam de mim”. Hoje muitos crentes estão buscando conhecer a Jesus fora das Escrituras.
Se você quer conhecer mais a Jesus, leia as Escrituras – “Examinai as Escrituras (Jo 5:39).
Se você quer luz da sua vida, leia as Escrituras – “Lâmpadas para os…” (Sl 119:105).
Se você quer ter mais fé, leia as Escrituras – “A fé vem pelo ouvir” (Rm 10:17).
Se você quer mais santidade, leia as Escrituras – “Santifica-os na verdade…” (Jo 17:17).
Se você quer ser bem sucedido na vida, leia as Escrituras- Js 1:8 “…”.
QUANDO reconhecemos em nosso caminho que Jesus está vivo, não há mais espaço para a preocupação (v. 17), tristeza (v. 17), desesperança (v. 21), incredulidade (v. 25).
2. Corações ardentes pela comunhão com Jesus – v. 29,32
Quando temos comunhão com o Jesus vivo, nosso coração arde, o fogo de Deus nos inflama. Há entusiasmo em nosso coração. O vento do Espírito sopra sobre nós e remove as cinzas do comodismo e reacende o fogo do zelo em nosso coração.
Quando o coração arde, acaba a frieza espiritual, o marasmo. Vir à Casa de Deus é alegria. Orar é necessidade. Louvar a Deus é prazer. Andar com Jesus é o sentido da vida.
Quando o nosso coração arde, nossa vida se torna um graveto seco para o fogo do Espírito.
3. Pés velozes para proclamar a ressurreição – v. 33-35
Quem tem olhos abertos, coração ardente, tem pés velozes para falar de Jesus.
Os mesmos que fugiram de Jerusalém, agora voltam para Jerusalém
Eles que disseram que já era tarde, não se importam com os perigos da noite.
Eles que deixaram o convívio com os discípulos, volta à companhia deles.
Nem distância, nem a noite, os prende. Eles voltam para ter comunhão e para proclamar que Jesus está vivo.
Eles voltam para dizer que a morte não tem a última palavra. A última palavra é que Jesus venceu a morte. A tristeza não pode mais nos dominar. Caminhamos para o glorioso amanhecer da eternidade e não para a noite fatídica da desesperança.
CONCLUSÃO
A ressurreição de Jesus abriu os olhos, aqueceu o coração e apressou os pés dos discípulos de Emaus. E em você, que tipo de impacto a ressurreição tem provocado? Como você tem caminhado pela vida?
Tem você se encontrado com o Cristo ressurreto?
O Senhor nos encontra nas angústias da nossa caminhada.
O Senhor nos encontra na exposição da Palavra de Deus.
O Senhor nos encontra no partir do pão.
Ele abre nossos olhos, nossa mente, nosso coração e nossos lábios.
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Autor: Hernandes Dia Lopes