terça-feira, 20 de setembro de 2011

[Evangelismo] VOCÊ CONHECE JESUS CRISTO COMO SEU SALVADOR?


Você conhece Jesus Cristo como seu Salvador? Ele é o seu Redentor?
Talvez você participe dos cultos de uma boa igreja evangélica. É possível que tenha lido vários trechos da Bíblia e talvez tenha em sua biblioteca livros sobre a vida cristã. Já ouviu falar do Evangelho e da salvação. Pode até ser que você seja batizado e professe estar entre os salvos.
E mesmo assim, apesar da aparência exterior, pode ser que você ainda não siga a Cristo, pois Ele ainda não é seu Senhor. Independente da sua situação religiosa, peço que considere por um momento: você já foi perdoado por Cristo?
Onde há perdão, houve primeiramente uma ofensa. É fundamental que entendamos que nosso pecado é a nossa maior ofensa contra Deus. Recomendo a leitura do capitulo 9 de Esdras pois neste capitulo, ele confessa seu pecado junto com o pecado do povo de Israel. Lemos a partir do versículo 5: “Me pus de joelhos, e estendi as minhas mãos para o SENHOR meu Deus; e disse: Meu Deus! Estou confuso e envergonhado, para levantar a ti a minha face, meu Deus; porque as nossas iniqüidades se multiplicaram sobre a nossa cabeça, e a nossa culpa tem crescido até aos céus. Desde os dias de nossos pais até ao dia de hoje estamos em grande culpa…” A atitude de Esdras demonstra que ele enxergava seus pecados como sendo ofensivos ao próprio Deus santo. Esdras não fez de conta que seus pecados eram ocultos ou discretos e nem ainda uma “escolha pessoal”, mas admite que “nossa culpa tem crescido até aos céus“. Nossa culpa é vista por Deus, pois vivemos todo dia perante Seus olhos. O próprio Esdras reconheceu, “Eis que estamos diante de ti, na nossa culpa” (Esdras 9.5). O Rei Davi admitiu “Fiz o que é mal à tua vista” (Salmos 51.3) e o profeta Isaias confessou, “as nossas transgressões se multiplicaram perante ti, e os nossos pecados testificam contra nós” (Is 59.12).
Essa culpa “que tem crescido até aos céus” é o efeito colateral do pecado. A culpa nos lembra a cada momento da condenação justa por causa do pecado. Carregamos o peso da punição vindoura, temendo um encontro com o Deus Justo depois da morte. “Todos os que, com medo da morte, estavam por toda a vida sujeitos à servidão” (Hb 2.15). E com toda razão, afinal a Bíblia não poupa palavras quando descreve a punição eterna daqueles que zombam de Deus:“Este beberá do vinho da ira de Deus, que se deitou, não misturado, no cálice da sua ira” (Apocalipse 14.10a).
Antes de ser salvo, é necessário que você perceba o quão perdido você é nos seus pecados. Somente o náufrago clama por socorro. Você já chegou a se ver culpado diante do seu Criador? Chegou a admitir, “Fui pesado na balança da perfeição divina e tenho sido achado em falta”? Já confessou, “estou destituído da glória de Deus”?
Se você está carregando o peso da condenação, as boas novas do Evangelho serão como água para sua alma sedenta. Aqueles que são corroídos pela podridão do pecado acharão restauração em Cristo. Ele diz: “Eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim não terá fome, e quem crê em mim nunca terá sede” (João 6.35). Este versículo diz a respeito à satisfação. Deus foi satisfeito com o sacrifício de Jesus Cristo na cruz. Cristo se satisfaz em remir pobres desgarrados e nós somos satisfeitos com a regeneração das nossas almas. Certamente, quem corre a Cristo, encontra satisfação eterna. Como não ser satisfeitos quando experimentamos que “se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo” (2 Cor 5.17)? O Salmista escreveu, alegre e satisfeito: “Tu limpas as nossas transgressões. Bem-aventurado aquele a quem tu escolhes, e fazes chegar a ti, para que habite em teus átrios; nós seremos fartos da bondade da tua casa e do teu santo templo ” (Salmos 65.3,4).
Somos lavados das nossas transgressões! Cada detalhe do pecado é expurgado pelo sangue de Cristo. O sacrifico de Cristo é tão completamente imerecido e tão maravilhosamente completo. O Filho de Deus fez-se carne para resgatar-nos da nossa carnalidade. Ele deu sua vida na cruz para assim dar vida aos acusados. O Justo morreu pelos injustos. Foi paga a minha divida, pois o Filho de Deus aceitou morrer a minha morte na cruz aonde eu deveria ter sido crucificado. Claramente entendemos: “O Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir, e para dar a sua vida em resgate de muitos” (Mt 20.28). Jesus Cristo, o unigênito Filho de Deus, tomou sobre Si a ira de Deus para que – morto e ressurreto – fosse a salvação completa dos mais indignos pecadores.
Pergunto: você está satisfeito em Cristo? A sua alma repousa nele? Ou está ainda a procura de outro consolo além de Cristo?
Talvez você esteja confusa em como chegar a Cristo. Vejamos novamente a oração de Esdras, em Esdras capitulo 9. Perceba como ele reconheceu sua vergonha e iniquidade no versículo 6,  confessou sua culpa no versículo 7 e por fim agarra-se à graça de Deus no versículo 8: “Agora, por um pequeno momento, se manifestou a graça da parte do SENHOR, nosso Deus, para nos deixar alguns que escapem, e para dar-nos uma estaca no seu santo lugar; para nos iluminar os olhos, ó Deus nosso, e para nos dar um pouco de vida na nossa servidão” (Esdras 9.8). A graça de Deus tem se manifestada, permitindo que nós – presos na servidão ao pecado – possamos escapar da culpa e da condenação. É um escape imerecido, pago na integra por Cristo. Boas intenções, ofertas financeiras ou serviço dedicado não alcançarão o que a graça de Deus alcança por nós: um escape!
Como então ir a Cristo? Correndo. Como confiar nele? Inteiramente. Como rogar Sua misericórdia? Confessando seus pecados e crendo que Ele providenciou um escape. Devemos agarrar esta verdade: “Na nossa servidão não nos desamparou o nosso Deus; antes estendeu sobre nós a sua benignidade…para que nos desse vida” (Esdras 9.9).
Agora não seria a hora de buscar essa benignidade de Deus? Onde quer que você esteja, não seria agora o momento de buscar um tempo à sós, e, de joelhos dobrados e coração quebrantado, rogar que Deus lave sua alma no sangue de Cristo? Estas palavras deviam ser suas: “Esconde a tua face dos meus pecados, e apaga todas as minhas iniqüidades. Cria em mim, ó Deus, um coração puro, e renova em mim um espírito reto” (Salmos 51.9,10).
Nós nos preocupamos com a mensagem da salvação porque não temos outra mensagem a anunciar a não ser: “Cristo Jesus veio ao mundo, para salvar os pecadores” (1Timóteo 1.15). É bom ler artigos, é ótimo ouvir palestras e excelente investir em bons livros. Mas nada valerá a pena se em primeiro lugar você não tem buscado o perdão de Deus aos pés da cruz.
Pergunto novamente: você conhece Cristo como seu Salvador?
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sábado, 17 de setembro de 2011

[Cristologia] A propiciação pelos nossos pecados



Embora outras palavras semelhantes apareçam na Bíblia, a palavra grega (hilasmos) traduzida "propiciação" em 1 João 2:2 e 4:10 aparece somente estas duas vezes no Novo Testamento. É uma palavra rica que descreve um aspecto importantíssimo da salvação.
Outras palavras que descrevem a salvação falam em termos do pecado (perdão) ou do pecador (redenção, remissão, etc.). Mas, a propiciação aborda o problema do pecado em relação a Deus. Literalmente, a idéia da propiciação é de aplacar ou acalmar a ira de Deus. Esta palavra nos dá motivo para frisar alguns aspectos importantes da nossa salvação em Cristo:

A ira de Deus
O mesmo livro que fala sobre a propiciação afirma que "Deus é amor" (1 João 4:7). Infelizmente, uma imagem distorcida do amor de Deus tem prejudicado o nosso entendimento da salvação. Muitas pessoas hoje acreditam na bondade de Deus, mas não na severidade (Romanos 11:22). Acreditam na vida eterna, mas não no castigo eterno (Mateus 25:46). A Bíblia claramente afirma que o mesmo Deus que nos ama exige um sacrifício para acalmar a sua ira. As idéias de amor e ira são reunidas no mesmo versículo quando João afirma:"Nisto consiste o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e enviou o seu Filho como propiciação pelos nossos pecados" (1 João 4:10).
No evangelho segundo João, o mesmo capítulo que afirma o amor sem limite de Deus (veja João 3:16) nos lembra da separação que haverá entre os fiéis e os rebeldes: "Por isso, quem crê no Filho tem a vida eterna; o que, todavia, se mantém rebelde contra o Filho não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus" (João 3:36). O verbo "permanecer", usado aqui, esclarece a natureza da ira de Deus. Não é aquela explosão de raiva que, às vezes, domina o homem. A ira de Deus é constante, pois vem do caráter justo dele. Ele sempre odeia o pecado, sempre detesta a iniqüidade, e a ira dele sempre permanece sobre os rebeldes (Romanos 1:18). A ira de Deus não vai e vem por capricho divino, mas é a conseqüência da nossa desobediência. Qualquer conceito do amor que exclui o castigo e a justiça apresenta uma doutrina pervertida sobre Deus.

A paz com Deus
Embora a palavra propiciatório do Velho Testamento vem de outra língua, a idéia que ela representa ilustra bem um aspecto da propiciação. O propiciatório era a tampa da arca da aliança, o lugar onde o sumo sacerdote chegava anualmente com o sangue do sacrifício feito pelos pecados do povo. Neste lugar, homens ímpios foram reconciliados com o Deus santo, por meio do sangue. Mas os sacrifícios e os sacerdotes do Velho Testamento foram tipos imperfeitos de Jesus. Ele uniu os papéis de sumo sacerdote e sacrifício quando morreu pelos nossos pecados (Hebreus 8:3; 9:11-12). Ele é a nossa paz, nos reconciliando com Deus mediante a cruz (Efésios 2:14,16).

A justiça de Deus
A propiciação de Jesus enfatiza a justiça de Deus. Ele não pode aceitar o pecado. Qualquer "solução" ao problema do pecado que não respondesse a realidade de sua ira negaria o seu próprio caráter justo. Ele é santo e justo. A justiça dele exige a penalidade apropriada pelo pecado: a morte (Romanos 6:23). Quando Jesus apresentou seu próprio sangue como oferta pelo pecado, ele aplacou a ira de Deus. Ele pagou o preço. A dívida não foi simplesmente esquecida; ela foi paga pelo Filho amado. Esta é a verdade apresentada no riquíssimo texto de Romanos 3:26: "...para ele mesmo ser justo e o justificador daquele que tem fé em Jesus."

O amor de Deus
O amor se manifesta, sem negar a justiça, no ato sacrificial de Jesus. Deus Pai, "nos regenerou para uma viva esperança, mediante a ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos" nos resgatando "pelo precioso sangue...o sangue de Cristo" (1 Pedro 1:3,18-19).

Advogado e propiciação
1 João 2:1-2 apresenta Jesus em relação ao cristão. Como os redimidos de Deus, devemos fazer tudo para evitar o pecado em nossas vidas. João escre-veu para nos incentivar a não pecar. Mas, se eu, como cristão,pecar? Estou perdido para sempre? Não! Ainda resta a esperança que temos em Jesus. Como Advogado nos defendendo, Jesus paga o preço dos nossos pecados para nos reconciliar com o Pai. Para usufruir dessas grandes bênçãos em Cristo, devemos sempre "andar assim como ele andou" (1 João 2:6).

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Autor: Dennis Allan

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