Mostrando postagens com marcador MORDOMIA CRISTÃ. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador MORDOMIA CRISTÃ. Mostrar todas as postagens

sábado, 27 de agosto de 2011

[Mordomia Cristã] A MORDOMIA DA MENTE E DO ESPÍRITO

Texto Áureo: 
Colossenses 3:1 
Leitura Devocional: 
Salmo 19:7-14 

Neste estudo nos ocuparemos da mordomia da mente e do espírito. Esses três aspectos de nossa vida estão muito relacionados. Nenhum deles pode existir isoladamente, e cada um afeta profundamente os outros. É do desenvolvimento harmônico desses poderes que vem a nossa felicidade. 

1. MORDOMIA DA MENTE 

1. A mente humana é um tesouro dos mais preciosos
Às vezes nos achamos pobres, sendo possuidores de um corpo tão maravilhosamente feito e de uma mente capaz das mais elevadas realizações! Somos ricos, riquíssimos mesmo, e devemos usar, como mordomos fiéis, esta riqueza que não se conta em dinheiro, mesmo porque ultrapassa tudo o que o dinheiro possa comprar.
Tomemos, por exemplo, uma atividade da mente - a memória. Por ela armazenamos uma multidão de fatos e coisas. Não é algo para render graças a Deus, esta capacidade que temos de guardar cada dia as informações e experiências recebidas, para depois de dezenas de anos, voltarmos a este depósito, abrirmos-lhe a porta e vivermos de novo a experiência que ali ficou guardada por tanto tempo?

2. Temos o dever de desenvolver nossos poderes mentais
O poder extraordinário da memória, Deus nos entregou, com os múltiplos outros da mente humana, para nosso uso. É nossa obrigação desenvolvê-los, visto que a mente humana tem uma capacidade incalculável de expansão. O crento que não procura crescer mentalmente, adquirir conhecimentos, educar e preparar-se para um serviço maior a Deus e ao mundo, está pecando contra uma das suas mais gloriosas oportunidades. O trabalho de Deus exige mentes vigorosas e bem treinadas.

3. Alguns exemplos bíblicos
Consideremos alguns vultos da Palavra de Deus, e vejamos como se prepararam para o serviço de Deus.
Moisés foi instruído em toda a ciência do Egito, que era a mais adiantada daquele tempo. Quando Deus o chamou, estava preparado para a sua difícil tarefa.
Isaías podia profetizar no palácio real e escrever seu maravilhoso livro porque tinha sido equipado espiritualmente e intelectualmente para esse serviço.
Daniel veio a ocupar a posição privilegiada de vice-rei, porque foi educado com os maiores mestres da Babilônia.
Paulo foi poderoso escritor e pregador, preparado aos pés de Gamaliel, o maior educador dos seus dias.
Um Moisés, um Isaías, um Daniel e um Paulo são, na verdade, produtos da graça de Deus, e não podem ser explicados somente do ponto de vista intelectual. O poder de Deus opera sobre cérebros bem equipados para os misteres que lhes foram confiados.
Para o crente, o desenvolvimento intelectual não é facultativo e sim necessário. Trata-se de um talento que Deus lhe deu, que ele não pode enterrar sem graves prejuízos para si e para o reino de Deus. Qualquer que seja a tua atividade, meu irmão, mesmo que seja braçal, tens uma mente que precisa ser exercitada para a glória de Deus.

4. Inimigos da mente
Lembra-te dos inimigos da mente que procuram destruí-la e inutilizá-la. A mente deve dominar o corpo, e não o corpo dominar a mente. O corpo é servo da mente e, não, senhor. Não permitas que Satanás a domine. Sansão deixou-se dominar por Dalila. Aos poucos foi cedendo terreno, até que se viu derrotado nas mãos do inimigo. Assim Satanás investe contra nossas mentes com insinuações malévolas. Expulsemo-las antes que elas nos vençam. Um ditado inglês diz que não podemos evitar que um pássaro pouse em nossa cabeça, mas podemos impedir que ele aí faça seu ninho. Conservemos nossa mente sempre provida de alimento próprio - pensamentos nobres, atitudes dignas e desejos puros. "Se já ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas que são de cima... Pensai nas coisas que são de cima". Cl. 3:1-2. Este é o melhor antidoto para as investidas do diabo.
Disse alguém que não se pode varrer a escuridão de um quarto, mas pode-se acender a luz e assim afugentá-la. Paulo nos dá uma lista preciosa de atitudes que podemos manter, com as quais encheremos nossa mente de tal forma que não haja nela lugar para qualquer coisa menos digna.
Meditemos nessas atitudes: "Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor nisso pensai". Fl. 4:8.

2. A MORDOMIA DO ESPÍRITO

1. A predominância do espírito
As forças mais poderosas dentro de nós são as de natureza espiritual. Elas é que devem dominar as forças físicas e mentais, e determinar o caráter de nossas ações. No incrédulo domina o corpo, no crente, o espírito. "Porque os que são segundo a carne inclinam-se para as coisas da carne; mas os que são segundo o espírito para as coisas do espírito". Rm. 8:5.
Alguém comparou o corpo, a mente e a alma, às tres divisões do templo judeu. O corpo corresponde ao átrio dos gentios, à parte externa; a mente é o lugar santo, onde os sacerdotes ofereciam sacrifícios; a alma é representada pelo santo dos santos, ou lugar santíssimo, onde o sumo sacerdote penetrava, uma vez por ano, para interceder pelos pecados do povo. Aí se encontrava a arca do concerto, símbolo da presença de Deus.

2. Nosso dever de crescer
Temos o dever de crescer constantemente na graça e no conhecimento de Jesus Cristo, II Pe. 3:18, assim robustecendo nossa alma com os manjares celestiais que o Senhor nos providencia.
Não há poderes, quer do corpo, quer da alma, que se desenvolvam sem exercício continuado e metódico. Se não podemos descurar de nossos poderes físicos e mentais, muito menos podemos fazê-lo com os poderes espirituais. Seria uma anomalia encontrar crentes de físico forte e mente bem treinada cujas almas vivessem raquíticas, por falta de alimento adequado e suficiente. A verdade é, porém, que encontramos crentes cujo crescimento espiritual está em desproporção flagrante com o crescimento físico e mental. Todos temos de lutar contra a tentação de negligenciar o alimento que vem do céu, o tônico fortalecedor da nossa vida espiritual.

3. Recursos à nossa disposição
Deus colocou à nossa disposição recursos abundantes para o nosso desenvolvimento, dentre os quais salientamos três: o estudo da Bíblia, a prática da oração e uma vida de serviço na causa do Mestre.
1. A Bíblia - Manancial perene de inspiração e fonte inesgotável de poder para retemperar a alma do crente, ela deve ser procurada cada dia. Seus ensinos são para o nosso coração "mais doces do que o mel e o licor dos favos...e em os guardar há grande recompensa:. Sl. 19:10-11.
2. A oração - Que mordomo, desejoso de fazer a vontade de seu senhor, não o procura para resolver problemas, para traçar planos, para ouvir seus conselhos, para palestrar sobre interesses comuns? Deixaríamos nós, mordomos do Rei eterno, de confabular com ele sobre os interesses do seu reino? Deixaríamos de buscar sua orientação sábia e segura para nos desempenharmos galhardamente na nossa mordomia?
3. O serviço - Em geral costumamos considerar os benefícios que recebemos como resultado da nossa aceitação de Cristo. Deveríamos antes pensar nos benefícios que podemos trazer aos outros, pelo fato de sermos crentes. Pedro diz que a nossa vida, antes da experência redentora, era uma vida vã, fútil e vazia de significação. II Pe. 1:18.
Cristo transformou-nos e assim nós que, como Onésimo, éramos outrora inúteis, nos tornamos muito úteis, Fm. 11. Nossa vida agora tem um propósito, um objetivo - vivemos para servir aquele que nos resgatou pelo preço do seu sangue.
Não há privilégio maior que o de trabalhar na seara divina. Seres imperfeitos, cheios de limitações, somos convidados a cooperar numa obra de valor eterno, que influencia as vidas neste mundo e pela eternidade em fora.
Os psicólogos modernos têm verificado que a grande necessidade de homens e mulheres, com problemas de toda sorte é lançarem-se de corpo e alma ao serviço de uma causa nobre. Para os problemas da personalidade, Jesus já tinha a solução que os psicólogos hoje procuram, quando disse: "Aquele que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á, e quem perder a sua vida por amor de mim, achá-la-á", Mt. 16:25. O homem que quiser uma vida normal e feliz, tem de vivê-la com a mente voltada para fora, e não para dentro de si mesmo. Toda a espécie de infelicidade é causada pelo egoísmo. Quando o homem coloca Deus e o próximo como objetos de sua atenção, quando se dispõe a "perder" a sua vida num serviço alegre e desinteressado, há de descobrir a chave que abre as portas de uma vida feliz. Crentes-problema se transformarão em crentes-bênção no dia em que lançarem mão do arado, conservando os olhos fitos em Jesus, autor e consumador da fé, Hb. 12:2.

4. Saúde espiritual
Existem certos elementos essenciais à saúde do corpo, chamados vitaminas. A ciência descobriu que a falta dessas vitaminas no organismo, produz certas deficiências, que podem ocasionar graves males ao corpo humano. Por isso, quando o médico verifica certos sintomas no doente, receita vitaminas para corrigir o mal. 
Da mesma forma existem enfermidades da alma, que são provocadas pela falta de certos elementos na vida do crente. O crente deve orar ao Médico divino, que o ajudará a descobrir a causa da sua fraqueza espiritual, e como corrigi-la.
Na medicina, as vitaminas são conhecidas pelas primeiras letras do alfabeto. Na medicina da alma, as vitaminas vão até à ultima letra.

Examine a lista abaixo, veja qual a sua carência, e tome diariamente as vitaminas que Deus lhe indicar, quando de suas orações a ele: 

A mor - Rm. 13:8
B ondade - Rm. 12:20
C onsagração - Rm. 12:1
D iligência - Pv. 22:29
E ntusiasmo – Is. 41:6
F é – Mc. 11:22
G ratidão - Sl. 116:12
H umildade - I Pe. 5:6
I ntegridade - Dn. 1:8
J ovialidade – Fl. 4:4
L ealdade - I Cor. 4:2
M ansidão – Sl. 37:11
N obreza – At. 17:11
O bediência - I Sm. 15:2
P ureza – Pv. 22:11
R etidão – Sl. 119:1
S antidade – Hb. 12:1, 12-14
T rabalho – Mt. 21:28
U nião – Cl. 2:2
V isão – Jl. 2:28
Z elo - II Cor. 9:2 

PERGUNTAS PARA REVISÃO
1. Qual é o dever do crente em relação aos seus poderes mentais?
2. Discorra sobre os inimigos da nossa mente.
3. Mencione alguns recursos à nossa disposição para nos desenvolvermos espiritualmente.
4. Tente recordar-se dos elementos necessárias à nossa saúde mental e espiritual. Se possível, mencione as passagens. 

__________
Autor: Walter Kaschel
Tradução: David A Zuhars
Fonte: www.obreiroaprovado.com

terça-feira, 26 de julho de 2011

[Mordomia Cristã] O TEMPLO DO ESPÍRITO SANTO

Texto Áureo: 
I Coríntios 6:19
Leitura Devocional: 
Eclesiastes 11

Estudaremos aqui uma lição sobre o corpo humano. Não se trata de um estudo teórico, de como ele é formado, e sim de um estudo prático, que visa a dar-nos uma consciência mais esclarecida quanto aos nossos deveres para com ele.

Nossa salvação não só traz bênçãos para a nossa alma, mas também para nosso corpo.

Como crentes, temos uma nova compreensão da sua finalidade. Como mordomos, devemos sentir nossa responsabilidade para com Deus em relação ao nosso corpo.

Paulo, cônscio de sua mordomia, exclamava: "Cristo será, tanto agora como sempre, engrandecido no meu corpo, seja pela vida, seja pela morte". Fl. 1:20.

1. O CORPO HUMANO FOI CRIADO POR DEUS

Quando Deus criou o homem, fê-lo com um cuidado especial. Ao criar as demais coisas, simplesmente disse: "Faça-se". Quando, porém, criou o homem, com carinho preparou a habitação de sua alma, formando-a do pó da terra. Gn. 1:26-28; 2:7.

1. A maravilha do corpo humano

Não podemos deixar de ficar deslumbrados diante da perfeição do corpo humano. O salmista, pensando nesse fato, exclamou: "Eu te louvarei, porque de modo tão admirável e maravilhoso fui formado; maravilhosas são as tuas obras, e a minha alma o sabe muito bem". Sl. 139:14 - Nova Versão IBB.

O mundo antigo celebrizou sete maravilhas, consideradas como monumentos do gênio humano. Incomparavelmente superior em sua estrutura, a qualquer delas, é o plano arquitetônico do cérebro. Aí temos colunas, câmaras, galerias e pilares, velados por cortinas rendilhadas; admiráveis corredores e um inextricável labirinto de vias misteriosas, que jamais foram trilhadas por alguém. O cérebro é o quartel-general do corpo, de onde partem as ordens que são executadas através de um magnífico sistema de comunicações chamado sistema nervoso.

Com o auxílio do sistema nervoso, podemos ver, ouvir, provar, cheirar, falar, respirar, digerir e assimilar o alimento.

Possuímos, em nosso corpo, o mais extraordinário laboratório químico, em que o alimento é transformado em ossos, músculos, cabelos, unhas, pele e inúmeros tecidos. Temos ainda uma bomba poderosíssima, o coração, que faz circular o sangue através do sistema circulatório. Nosso sistema de ventilação é perfeitamente controlado pelas narinas pulmões e pele. A única lente perfeita conhecida é a dos olhos; um dos aparelhos mais sensíveis ao som é o ouvido.

2. Exemplo digno de Imitação

Fomos agraciados por Deus com os dons inestimavelmente valiosos dos cinco sentidos, janelas pelas quais nós podemos pôr em contacto com o mundo e suas belezas. Nem sempre sabemos apreciá-los como deveríamos. É preciso que alguém, privado de algum deles, nos venha despertar a mordomia fiel desses poderes.

Helena Keller, desde tenra idade, ficou privada dos mais ricos privilégios naturais concedidos a um ser humano. Cega, surda e muda, não julgou que essas deficiências devessem ser causa de desânimo. Orientada por sua bondosa e paciente professora, Srta. Sullivan, chegou a falar a custa de mil sacrifícios e é hoje credora da admiração do mundo inteiro.

Num artigo intitulado "Três dias para ver", ela narra o que faria se lhe fosse concedido o privilégio inaudito de recobrar, por três dias apenas, o poder da visão. Assim termina seu magistral artigo: "Eu, que sou cega, posso dar este conselho aos que vêem: usai os vossos olhos como se soubésseis que amanhã perderíeis a vista. E o mesmo método deve ser aplicado aos outros sentidos."

Meu irmão, diante desta vida notável que tanto realizou com a falta do mais precioso, que é a vista, como te sentes? Que estás fazendo com os sentidos que Deus te deu?

3. O corpo humano, figura da Igreja

Querendo Paulo uma ilustração para uma igreja ideal, vai procurá-la no corpo humano, cujas partes se completam e em que cada uma exerce sua atividade especial, unificadas todas pelos centros nervosos, num sistema sem rival. I Cor. 12:12-31.

Se os membros de nossas igrejas repetissem, num trabalho harmônico, o que se realiza no corpo humano, o reino de Deus receberia um enorme impulso.

2. O CORPO É A HABITAÇÃO DO ESPÍRITO SANTO

Foi esse corpo, tão cuidadosamente criado e mantido por Deus, que o Espírito Santo se dignou tomar por habitação. "Ou não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus e que não sois de vós mesmos? Porque fostes comprados por bom preço; glorificai pois a Deus no vosso corpo, e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus", I Cor. 6:19-20.

Honra maior não poderia ser dada ao crente do que ter por companheiro constante o Espírito de Deus. É um privilégio sem paralelo de que nos devemos aproveitar, dando-lhe um lugar cada vez maior em nossa vida.

3. NOSSOS DEVERES PARA COM O CORPO

Visto que o nosso corpo é o templo do Espírito Santo, devemos conservá-lo nas melhores condições possíveis. Se cuidamos da casa em que moramos, procurando mantê-la limpa e bem cuidada, quanto mais devemos cuidar do nosso corpo, que se tornou habitação do próprio Deus!

Vejamos algumas coisas essenciais ao bom funcionamento do corpo.

1. Devemos manter o corpo limpo

O asseio é de valor fundamental para a saúde. Assim como nossas casas são limpas diariamente, do mesmo modo o nosso corpo o deve ser.

2. Devemos manter o corpo em bom funcionamento

Para isso precisamos, antes de mais nada, de uma alimentação sadia e racional. Devemos evitar os alimentos prejudiciais à saúde. Há livros que nos orientam numa boa dieta. Devemos beber mais leite, comer mais verduras, menos carne e comidas gordurosas e de tempero forte.

Os pais têm grande responsabilidade em orientar os filhos numa dieta equilibrada e saudável.

É importante também que não pratiquem os excessos prejudiciais ao corpo. Há os que se excedem, comendo em demasia. Sua saúde forçosamente sofrerá. Há os que trabalham em demasia. Precisamos ter um limite para as nossas horas de trabalho. O corpo necessita de descanso, do contrário sofrerá abalos.

Uma visita ao médico, periodicamente, é dever de todo bom mordomo do corpo. Não devemos esperar que a enfermidade chegue. É melhor prevenir do que remediar. Também o dentista deve ser procurado. Muitos males tem origem em infecções dentárias, que podem causar graves prejuízos ao organismo.

4. INIMIGOS DO CORPO

Desejamos apresentar dois inimigos do corpo, talvez os maiores. Houve tempo em que eram desconhecidos, no meio evangélico. Aos poucos, porém, vão entrando sorrateiramente no ambiente de nossas igrejas.

1. O fumo

Fumar é um vício. Quem fuma, é, pois, escravo. Aquele que já experimentou a liberdade de Cristo, como viverá escravo de um cigarro? Fumar é queimar dinheiro. "Por que gastais o dinheiro naquilo que não é pão"? Is. 55:2. Fumar é encurtar a existência. As companhias de seguros de vida dizem que o fumo reduz a vida uns dez anos, em média. Fumar é prejudicial a saúde. O fumo irrita a garganta, envenena o pulmão e o coração, prejudica o aparelho digestivo e afeta os nervos.

São impressionantes estas declarações do Professor Antônio Prudente, do Serviço Nacional do Câncer: "O câncer, no Brasil, ceifa uma vida cada dez minutos. O cancer dos lábios, em 90% dos casos, é provocado pelo fumo". A estatística do grande cirurgião Graham é alarmante. Em 200 mortes causadas pelo cancer, 191 das vítimas eram fumantes!

2. A bebida

Já se encontram defensores do uso de bebidas alcoólicas, em nossas igrejas. De maneira insidiosa, Satanás vai penetrando em nossos arraiais. Há os que procuram na própria Bíblia defender o uso de bebidas alcoólicas. Esquecem-se tais pessoas das afirmações fortes e impressionantes da Bíblia quanto aos que bebem.

Afirmam muitos que o uso moderado da bebida não é prejudicial. O Dr. Araoz Alfaro, ex-presidente da Liga Argentina Contra a Tuberculose, assim declara: "Tenho procurado chamar a atenção do público argentino para os perigos do que peço permissão para chamar "alcoolismo aristocrático", isto é, o hábito cada vez mais difundido em nossos círculos sociais, de ingerir, várias vezes por dia, e de diversas formas mais ou menos engenhosas, aperitivos, coquetéis e licores finos, além dos vinhos "generosos" e variados, consumidos durante as refeições. É preciso repetir que as bebidas consumidas dessa forma fazem tanto mal em pequenas porções, como os excessos de embriaguez".

A Liga Brasileira de Higiene Mental publicou uma circular, cujo resumo é o seguinte: "Não são apenas as bebidas fortes, como a cachaça e o uísque, que fazem mal à saúde. Não existe nenhum meio prático de determinar o limite entre a moderação e o abuso do Álcool. Até hoje não se conseguiu debelar o alcoolismo, em parte devido a crença errônea de que somente os ébrios são as vítimas do álcool.

"É um erro supor que haja conveniência em tomar bebidas alcoólicas durante o trabalho, seja corporal, seja mental, ou durante o tempo frio. Outra idéia falsa é acreditar que a bebida possa prevenir as infecções, a gripe, ou quaisquer outras doenças. Não é certo que haja vantagem em dar bebidas alcoólicas, tais como a chamada cerveja preta, à mulheres que estão amamentando. É um verdadeiro crime dar bebidas alcoólicas às crianças".

5. CONCLUSÃO

Cuidar de nosso corpo é um dever religioso. O mesmo Deus que fez o nosso corpo, escolheu fazer dele o seu templo, onde tem prazer de morar.

Visto que o nosso corpo é o templo do Espírito Santo, cuidar dele e mantê-lo puro e digno é parte do nosso culto a Deus. "Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus que apresenteis os vossos corpos por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional". Rm.12:1. Versão Revista e Atualizada - SBB.

PERGUNTAS PARA REVISÃO

1. Discorra sobre a maravilha que é nosso corpo.
2. A que Paulo comparou a igreja? Explique a figura.
3. Que é nosso corpo em relação ao Espírito Santo?
4. Enumere alguns dos nossos deveres para com o nosso corpo.
5. Enumere alguns inimigos de nosso corpo.


__________
Autor: Walter Kaschel
Tradução: David A Zuhars
Fonte: www.obreiroaprovado.com

segunda-feira, 25 de julho de 2011

[Mordomia Cristã] A DOUTRINA DA MORDOMIA

Texto Áureo: Salmo 24:1
Leitura Devocional: 1 Pedro 2:18-25

1. SIGNIFICADO DA PALAVRA

1. Definição

A palavra mordomo tem um significado profundo para a vida cristã. Dizer a um crente, entretanto, que ele é mordomo de Deus, nem sempre desperta o seu coração para os incontáveis privilégios e responsabilidades dessa função, por ser pouco conhecido o significado da palavra.

Mordomo quer dizer, literalmente, ecônomo, isto é, aquele que é incumbido da direção da casa, o administrador. É aquela pessoa a quem é entregue tudo quanto o senhor possui para ser cuidado e desenvolvido. É aquele a quem o senhor incumbe o governo daquilo que lhe é mais precioso. Em linguagem bíblica isto quer dizer não só terras, dinheiro, jóias e os bens materiais em geral, mas também o cuidado da esposa e dos filhos, a reputação do senhor e até sua própria vida. Daí se depreende o que o Senhor exige de nós quando nos constitui mordomos seus. É com temor e tremor que devemos assumir nossa responsabilidade mas, de outro lado, com regozijo em nossos corações, por ele nos ter confiado um lugar de tantas oportunidades para glorificar seu santo nome.

2. Exemplos

Há dois incidentes bíblicos que nos ajudam a esclarecer os misteres do um mordomo.

O primeiro encontramos em Eliézer, servo de Abraão. "E disse Abraão ao seu servo, o mais velho da casa, que tinha o governo sobre tudo o que possuía...", Gn. 24:2. No caso presente, Eliézer é incumbido de procurar uma esposa para Isaque, o que representava um encargo difícil; sabemos, porém, que ele o desempenhou com grande sabedoria, de modo a alegrar o coração do seu velho senhor. Poderá o Senhor depender de nós, como Abraão do seu mordomo? Lembremo-nos de que a qualidade distintiva de Eliézer era seu espírito de oração. Se soubermos dobrar os joelhos perante o Senhor, ele nos ensinará essa arte difícil, mas gloriosa sobre todas, de sermos mordomos seus, para anunciarmos "as virtudes daquele que nos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz", I Pe. 2:9.

O segundo exemplo bíblico é José. Em Gênesis 39:4 e 6 lemos que José achou graça aos olhos de Potifar, assistente do rei, "e ele o pôs sobre a sua casa, e entregou na sua mão tudo o que tinha. E deixou tudo o que tinha na mão de José, de maneira que de nada sabia do que estava com ele, a não ser do pão que comia". Tal pessoa devia, portanto, ser alguém de confiança, capaz de administrar os bens entregues. Não era um lugar insignificante, mas o serviço de maior relevância na casa. 0 mordomo só era inferior ao seu senhor. Que responsabilidade a nossa!

2. BASE BÍBLICA DA DOUTRINA

A Bíblia ensina, por preceitos e exemplos, que somos mordomos de Deus. Ele nos confiou a administração de bens e poderes que lhe pertencem, e a ele tão somente.

Causa-nos estranheza verificar que cristãos, através dos séculos, passado o período apostólico, tenham aberto o Livro Sagrado milhares de vezes e tenham procurado viver suas verdades, sem que a doutrina da mordomia viesse a ocupar em seus escritos e em suas vidas o lugar que merecia. Só nos últimos decênios é que se vem dando maior ênfase ao estudo da mordomia.

Daremos, em resumo, o que a Escritura tem a dizer sobre mordomia, na certeza de que as passagens indicadas hão de merecer um estudo cuidadoso.

Vale a pena que o aluno tome tempo para ler cada uma das passagens e meditar em suas verdades.

1. O universo pertence a Deus

Gn. 1:1; 14:22; Dt. 10:14; I Crn. 29:13-16; Sl. 24:1; 50:10-12; 89:11; Jr. 27:5.

De modo mais específico, o solo pertence a Deus, Lv. 25:23; II Crn. 7:20: os minerais e tesouros que a terra e o mar escondem, Sl. 95:5; 146:6; Ag. 2:8; Os. 2:8; Jl. 3:5; tudo o que a terra produz, Gn. 2:9; Sl. 104:4; Jr. 5:24; toda vida animal, Gn. 1:24; 9:2-3; Sl. 50:10-11.

Depois de haver completado a obra da criação, Deus colocou Adão num jardim aprazível e a ele confiou as coisas criadas. "E tomou o Senhor Deus o homem e o pôs no jardim do Éden para o lavrar e o guardar", Gn. 2:15; Sl. 8:3-9. Deus nunca entregou os títulos de propriedade a Adão ou a outro qualquer representante da raça, mas conservou-os para si mesmo como Criador. Adão era simples mordomo.

O homem só poderia ter direito de propriedade sobre aquilo que ele pudesse criar; entretanto nunca homem algum jamais foi capaz de criar qualquer coisa. Tudo que ele pode fazer é utilizar-se das coisas criadas, adaptá-las, e combinar as forças e os elementos criados por Deus.

2. O homem pertence a Deus

1. Por direito de criação, Gn. 1:27; 2:7; Is. 42:5; 43:1-7; Ez. 18:4.

2. Por direito de preservação, At. 14:15-17; 17:22-28; Cl. 1:17; I Pe. 1:5.

Deus não somente nos criou, ele também nos sustenta na sua providência. Não é ele um Deus que criou o mundo e o abandonou à sua própria sorte. Pelo contrário, está profundamente interessado em tudo que se passa entre os homens, acompanhando o desenrolar da história e orientando-a para atingir seus propósitos eternos. Não fora Deus sustentador do universo, e este mundo e a vida humana seriam uma impossibilidade.

3. Por direito de redenção, Êx. 19:5; 1 Cor. 6:19-20; Tt. 2:14: Ap. 5:9.

Fomos criados para glorificar a Deus, Is. 43:7; I Cor. 6:19-20, mas o pecado desviou o homem desse alvo. Era preciso que Deus o restaurasse, libertando o do pecado que o separava dele, Is. 59:2. Isso se realizou na pessoa de Jesus Cristo, que se ofereceu como propiciação pelos nossos pecados. Escravos que éramos, fomos resgatados pelo sangue de Cristo, o mais alto preço que Deus podia pagar pela redenção humana. Uma vez remidos, foi reconquistado o alvo com que Deus nos criou, e nosso prazer constante deve ser buscar sua glória.

Um menino tinha feito, com muito esforço e capricho, um barquinho a motor. Satisfeito, brincava com ele a beira do rio, quando, de repente, o barquinho impelido pela correnteza, lhe escapou das mãos. Triste, o garoto voltou para casa, sem esperanças de tornar a ver o barco, que tanto trabalho lhe custara. Qual não foi seu espanto ao ver o barquinho, certo dia, na vitrina de uma das lojas da cidade. Entrou e insistiu que o barco era seu, mas o negociante disse que só lho daria mediante o pagamento do preço estipulado. 0 menino voltou ao lar e narrou o incidente ao pai, que lhe forneceu o dinheiro necessário para a compra do barquinho. Rápido, dirigiu-se à loja, onde comprou o barco que, de direito, já lhe pertencia. Ao sair, segurando bem firme em seus braços o precioso objeto, exclamou: "Agora és duas vezes meu: meu porque te fiz, e meu porque te comprei." Assim também nos pertencemos a Deus: por direito de criação e direito de redenção. Quando as correntezas do pecado nos afastaram das mãos divinas, e nos achávamos debaixo do domínio de Satanás, Cristo nos comprou pelo preço do seu sangue.

3. VALOR DA DOUTRINA PARA A VIDA CRISTÃ

Talvez não haja outra doutrina capaz de influenciar mais a vida de um crente do que a da mordomia, quando devidamente compreendida e praticada.

1. Atitude diferente

Antes de tudo, deixará de existir em nossa vida a diferença artificial que, em geral, se faz entre atividades religiosas e seculares. A religião não será mais uma atividade que tome de nós certos dias e horas. Cada minuto de nossa vida será sagrado, porque pertence a Deus. Nosso trabalho deixará de ser uma coisa mecânica e material para ser algo bafejado pela graça dos céus. Estamos cooperando com Deus no desenvolvimento e progresso de um mundo criado e mantido por ele mesmo. Quando Jacó fugia de seu irmão, teve a visão maravilhosa de uma escada, cujo topo tocava os céus, e pode ver o Senhor no seu trono de glória. Ao despertar do sono, exclamou: "Na verdade o Senhor está neste lugar e eu não o sabia", Gn. 28:16.

O mordomo fiel, despertado por uma visão nova e mais ampla, verá Deus e sua mão em lugares e coisas que lhe pareciam despidas de caráter religioso. Não só a igreja, mas o lar e a oficina de trabalho, participam dessa esfera sagrada, porque Deus está em toda parte como criador e preservador. Não haverá mais coisas lícitas aqui e ilícitas acolá, porque todo o lugar que a planta do nosso pé pisar será terra santa. Êx. 3:1-5.

2. Senso de responsabilidade

Ainda, o conceito cristão de mordomo fará crescer o senso de nossa responsabilidade. Aqui está perante nós um mundo criado por Deus, com tudo quanto nele há, por cujo desenvolvimento somos responsáveis. Aqui estamos nós mesmos, criados a imagem de Deus, e tendo de prestar contas da nossa vida, em toda a riqueza de suas manifestações. Aqui estão almas imortais, sem conhecimento da graça salvadora de Cristo, às quais nos cabe levar a boa nova. Tremendas são as nossas responsabilidades como mordomos de Deus!

3. Senso de dependência

Cientes da nossa fragilidade e incapacidade para bem desempenharmos nossa mordomia, somos levados a depender do Espírito Santo, que Deus faz habitar em nossas almas para conduzir-nos à vida abundante de despenseiros da sua multiforme graça. I Pe. 4:10.

Temos a promessa preciosa de Jesus, que nos garante a assistência do Espírito a fim de nos orientar no bom exercício de nossa mordomia. Ele nos esclarece quanto aos nossos deveres cristãos, fortalece-nos para o desempenho da tarefa de cada dia, purifica-nos a fim de que sejamos "vaso para honra, santificado e idôneo para uso do Senhor e preparado para toda a boa obra'', II Tm. 2:21. Nenhum mordomo poderá servir com eficiência, se não viver uma vida orientada pelo Espírito divino.

4. O SUPREMO EXEMPLO

Jesus não só ilustra a verdade da mordomia em seus ensinos, mas a ilustra de modo muito claro e sobremodo inspirador em sua própria vida. Ele se reconhecia mordomo de Deus, encarregado da tarefa suprema de alcançar a reconciliação da raça humana. Sua vida toda, viveu-a ele orientado por esse propósito. Seu desejo constante era fazer a vontade daquele a cujo serviço se encontrava na terra.

Como mordomos de Deus, não estamos palmilhando uma estrada virgem. Ela já foi pisada por alguém que é o supremo modelo dos que desejam ser fiéis despenseiros. Ele nos deixou o exemplo, para que sigamos suas pisadas,. I Pe. 2:21.

Inspirados na magnífica personalidade de Jesus, caminhemos a passos firmes, como mordomos que não tem de que se envergonhar, que procuram desempenhar com fidelidade a tarefa que lhes foi entregue!

"A mordomia bíblica é o reconhecimento da soberania de Deus, a aceitação do nosso cargo de depositários da vida e das possessões, e a administração das mesmas de acordo com a vontade de Deus". J. E. Dillard

PERGUNTAS PARA REVISÃO

1. Que significa mordomo?

2. Mencione algumas passagens que demonstram a base bíblica da doutrina da mordomia.

3. Para que fomos nós criados?

4. Mencione as influências que a doutrina da mordomia pode exercer sobre a vida cristã.

5. Quem é o nosso supremo exemplo na prática da mordomia? Por que?

__________
Autor: Walter Kaschel
Tradução: David A Zuhars
Fonte: www.obreiroaprovado.com

Compartilhe

Leia também

Related Posts with Thumbnails