sexta-feira, 29 de julho de 2011

[Santificação] COMO SERÁ A SANTIFICAÇÃO NOS ÚLTIMOS DIAS

Texto Bíblico: 
2 Timóteo 4:1-5

Introdução
Na verdade, a Bíblia já previu que, com a proximidade da volta de Cristo, haveria um esfriamento gradativo em relação ao que Deus ordenou nas Escrituras. Vamos identificar isto nas passagens a seguir, com as declarações do apóstolo PAULO e de JESUS :

1. O alerta de Paulo: “Virão dias difíceis”

2 Tm 3:1-5: "Sobe, porém, isto: nos últimos dias, sobrevirão tempos difíceis, pois os homens serão egoístas, avarentos, jactanciosos, arrogantes, blasfemadores, desobedientes aos pais, ingratos, irreverentes, desafeiçoados, implacáveis, caluniadores, sem domínio de si, cruéis, inimigos do bem, traidores, atrevidos, enfatuados, mais amigos dos prazeres que amigos de Deus, tendo forma de piedade, negando-lhe, entretanto, o poder. Foge também destes".
2 Tm 4:3-5: "Pois haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo con-trário, cercar-se-ão de mestres segundo as suas próprias cobiças, como que sentindo coceira nos ouvidos; e se recusarão a dar ouvidos à verdade, entregando-se às fábulas. Tu, porém, sê sóbrio...".

a) O Que São Estes "Últimos Dias”?
O que lemos acima descreve o que encontraremos nos "últimos dias". Será que já estamos vivendo este tempo? O importante é entendermos que estes "últimos dias", foram iniciados com a primeira vinda de Cristo, através do seu nascimento sobrenatural. O que a Bíblia não diz, é o dia e a hora em que este período chamado de "últimos dias", terminará.
Sabemos que alguns acontecimentos mundiais ocorrerão, com uma força nunca vista antes, culminando com a 2ª vinda de Cristo, como o "ladrão na noite", sem avisar, de surpresa. Assim sendo, teologicamente falando, nós já estamos dentro do período conhecido como "últimos dias".

b) Como Serão as Pessoas?
Analisando a passagem acima, identificamos as características das pessoas desses dias:

• SERÃO APARENTEMENTE RELIGIOSAS: Embora Paulo esteja se referindo a uma situação mundial, podemos entender que até pessoas com aparência piedosa e religiosa (quem sabe dentro de igrejas), estarão vivendo uma vida distante da Santidade ("mais amigos dos prazeres que amigos de Deus, tendo forma de piedade, negando-lhe, entretanto, o poder" 3:4-5).
Serão pessoas que buscarão uma justificativa religiosa para continuarem vivendo uma vida de pecado. Para isso, vão procurar igrejas ou líderes que digam o que eles gostam de ouvir e que aprovem seu comportamento errado. Não se interessarão em saber o que Deus pensa a respeito ("cercar-se-ão de mestres segundo as suas próprias cobiças" 4:3).

• EXALTARÃO A SI MESMAS: Estas pessoas farão propaganda de si mesmos, quando a Palavra afirma "Seja outro o que te louve, e não atua boca..." (Pv 2 7:2). Serão jactanciosos (soberbos), arrogantes e enfatuados (orgulhosos) - 3:2,4. Não se trata de uma autoconfiança positiva, mas sim da que é danosa, que coloca a capacidade pessoal num estágio tão alto, que quase dispensa a presença de Deus. Aliás, Satanás teve esta mesma ideia, achando até que poderia ser Deus (Is 14:12-15).

• BUSCARÃO SOMENTE AOS SEUS INTERESSES: Em 2 Tm 3:2, são chamados de egoístas, avarentos e ingratos (pedirão a ajuda dos outros para conseguirem alguma coisa e depois nem agradecerão o benefício recebido).

• HUMILHARÃO AOS OUTROS: A começar pelos próprios pais, sendo-lhe; desobedientes, irreverentes, blasfemadores e caluniadores (3:2-3), envolvendo a família, a igreja e quem mais estiver por perto.

• SERÃO INTRATÁVEIS: Atrevidos, sem domínio de si, desafeiçoados (sem afeição) e implacáveis (3:3-4) Estas, serão pessoas explosivas e instáveis emocionalmente.

• TERÃO ATRAÇÃO PELA MALIGNIDADE: Haverá uma inversão de valores, na mente destes: acharão que fazer o que é errado, é plenamente justificável. Serão inimigos do bem, cruéis e traidores (3:3-4).

2. Jesus já havia predito estas dificuldades

Mt 24: 10-12 e 23-25: "Nesse tempo, muitos hão de se escandalizar, trair e odiar uns aos outros; levantar-se-ão muitos falsos profetas e enganarão a muitos. E, por se multiplicar a iniquidade, o amor se esfriará de quase todos ... Então, se alguém vos disser: Eis aqui o Cristo! Ou: Ei-lo ali ! Não acrediteis; porque surgirão falsos cristos e falsos profetas operando grandes sinais e prodígios para enganar, se possível, os próprios eleitos...".

A passagem acima nos revela que:

• HAVERÁ AUMENTO DA INIQUIDADE: Muito maior que em outras épocas, tendo ênfase especial nos escândalos, traições e ódios.

• A RELIGIÃO ENGANARÁ A MUITOS: Note que a passagem acentua que aparecerão MUITOS falsos profetas e enganarão a MUITOS. Eles serão convincentes, pois realizarão até sinais e prodígios. Mas, apesar dos milagres, Jesus diz que eles são falsos em todos os seus propósitos. Precisamos aprender que "fazer milagres", não é atestado de boa conduta para ninguém, pois o diabo muitas vezes pode repeti-los (Êx 7:10-1 2), enganando os ingênuos.

• AMOR SE ESFRIARÁ DE QUASE TODOS: Acontecerá um desencantamento por parte dos que são corretos, visto que serão uma minoria. Nestes momentos, até os honestos dirão: "Se todos estão agindo errado, o que adianta lutar contra tanta gente?". Começarão então a buscar seus próprios interesses, mesmo que isto signifique arruinar os outros, sem dó nem piedade.

3. Como em nossos dias

Estes acontecimentos dos "últimos dias", previstos tanto por Paulo como por Jesus, bem que poderiam ser uma descrição dos nossos dias! Sem dúvida, características iguais a estas, ocorreram em vários momentos da história da humanidade. Entretanto, as semelhanças com as quais estamos vivendo em nossa época, nos trazem grandes preocupações.

Observando as qualidades mencionadas nas passagens acima, chegamos a conclusão de que haverá uma desvalorização da Santificação. Muitos acharão "um absurdo" que ainda exista gente preocupada com uma vida santa.

A pressão feita aos verdadeiros cristãos, aumentará assustadoramente. As argumentações, certamente serão de que, "Santificação é um exagero, uma chatice, uma caretice, que foi uma ideia do passado, nada tendo a ver com a realidade atual, que não temos nada de que nos arrepender, que 'pecados' são os nossos preconceitos etc. etc. etc.". Você já ouviu alguma vez este papo?

Saiba que tudo o se disse até aqui, bem como tudo o que virá a seguir, foi feito para que você não tenha nenhuma dúvida, de que Deus quer por parte dos Seus filhos, uma vida santa, hoje e sempre.
Daqui até a volta de Jesus, vai ficar cada vez mais difícil ser um verdadeiro cristão. Mas ninguém disse que seria fácil. O preço de ser parecido com Cristo (cristão) é alto!

• Jo 16:33: "Estas cousas vos tenho dito para que tenhais paz em mim. No mundo, passais por aflições; mas tende bom ânimo; eu venci o mundo"- O próprio Jesus disse que passaríamos por aflições.

• 2 Tm 3:12: Paulo disse: "Ora, todos quantos querem viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos".

A garantia, no entanto, é de que o Senhor estará ao nosso lado todos os dias :

• Mt 28:20b: "E eis que estou convosco todos os dias até a consumação do século".

O próprio Cristo irá reconhecer os que Lhe são fiéis, dando no momento certo a recompensa pela caminhada da Santificação:

• Mt 25:31-34: "Quando vier o Filho do homem na sua majestade e todos os anjos com ele, então, se assentará no trono da sua glória; e todas as nações serão reunidas em sua presença, e ele separará uns dos outros, como o pastor separa dos cabritos as ovelhas; e porá as ovelhas à sua direita, mas os cabritos, à esquerda; então, dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai! Entrai na posse do reino que vos está preparado desde a fundação do mundo".

Saiba que: lutar contra a maré é sempre difícil. Aceitar o desafio de ser fiel testemunha de Jesus, mesmo diante de pressões e humilhações, não é fácil. O que nos ajuda a caminhar hoje, é a certeza de um futuro tão maravilhoso e fantástico, que nem Paulo conseguiu descrever: "Porque para mim tenho por certo que os sofrimentos do tempo presente não podem ser comparados com a glória a ser revelada em nós" (Rm 8:18).

quinta-feira, 28 de julho de 2011

[Perguntas e respostas] SERÁ O HOMEM APENAS UM SER MATERIAL?

Zacarias 12.1

Há muitas pessoas que só acreditam no que veem e no que é material. A verdade, porém, é que há muita coisa no universo que os nossos sentidos não podem perceber. A realidade vai muito além da mera matéria. O ser humano não pode ser reduzido à suia parte material.. Vemos aqui que Deus deu ao homem não só um corpo, mas também um espírito, o qual sobrevive à morte. Zacarias fala com clareza sobre o espírito que Deus formou no homem. Enganam-se, pois, os que acreditam que somos apenas matéria e nada mais.

Reflexão:
  • Podemos fazer uma lista de coisas que são reais e que não podem ser aprovadas pela visão ou por outro sentido?
  • Se apenas matéria, que diferença há entre humano e uma pedra? Os dois não teriam igual valor?
  • Se somos apenas matéria, que motivos teremos para agirmos como honestidade e justiça?
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Fonte: Bíblia de Estudo Esperança

[Perguntas e respostas] NÃO É O NOSSO MUNDO UM LUGAR IMPURO E MAU POR SER UM MUNDO MATERIAL?

Salmos 104.24-30

Alguns têm sugerido que tudo o que é material é inferior e essencialmente mau. Mas será que isso faz sentido? Será que a maldade está vinculada à matéria e não atinge o espírito? Essa ideia não tem nenhum apoio bíblico. Ao terminar a obra da criação (Gênesis 1.31), Deus deu sua palavra de plena aprovação, afirmando que ele tinha feito "era muito bom". Nesse Salmo destaca-se a beleza, a perfeição, a diversidade e a grandiosidade da criação. Além disso vemos também a providência bondosa de Deus para com as suas criaturas. Concluímos, portanto, que esse mundo é lugar esplêndido e não uma prisão ou um lugar de penitência.

Reflexão:
  • O que leva as pessoas a não enxergarem a beleza da criação?
  • De onde vem essa ideia de que o mundo é um lugar mau?
  • Esse tipo de pensamento reflete a realidade, ou a mente de quem o defende?
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Fonte: Bíblia de Estudo Esperança

quarta-feira, 27 de julho de 2011

[Perguntas e respostas] O MUNDO SEMPRE EXISTIU OU FOI CRIADO POR DEUS?

Isaías 45.8-12

Não é possível confundir a criação com o Criador. Mesmo que toda a beleza e perfeição do mundo nos fascinem, devemos entender que só Deus possui auto-existência. nesse texto está bem claro que tudo foi criado por Deus. O mundo e o universo não são eternos; ao contrário, tiveram o seu início em um certo momento. Deus afirma com clareza (v.12): "Eu fiz a terra e criei nela o homem; as minha mãos estenderam os céus..."

Reflexão:
  • Se considerarmos o universo eterno não o colocaríamos no lugar de Deus?

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Fonte: Bíblia de Estudo Esperança

[Perguntas e respostas] VOCÊ SABE QUAL É O NOME DE DEUS?

Êxodo 3.13-14

Foi assim que Deus se revelou a Moisés: "Eu sou o que sou". Aqui Deus destaca a sua eternidade. Ele é Eterno. O nome revelado por Deus não é algo mágico, como pensam alguns, mas revela-nos o caráter e os atributos do próprio Deus.  Na verdade, Deus tem vários nomes. Cada um deles revela uma característica específica de Deus. Observe a lista dos principais nomes divinos que aparecem na Bíblia e o significado dos mesmos:

Nome - significado:

Javé - O Auto-Existente, o nome próprio de Deus
Elohim - Deus, Forte
El-Olam - Deus Eterno
El-Shadai - Todo-Poderoso
Adonai - Senhor, Soberano
Jeová-Jireh - O Senhor Proverá
Jeová-Shalon - O Senhor é Paz
Jeová-Tsidkenu - O Senhor é Nossa Justiça
Senhor do Exércitos - Salvador e Protetor
Santo de Israel - Santidade
Ancião de Dias - Juízo, Eternidade
Altíssimo - Transcendência


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Fonte: Bíblia de Estudo Esperança

terça-feira, 26 de julho de 2011

[Mordomia Cristã] O TEMPLO DO ESPÍRITO SANTO

Texto Áureo: 
I Coríntios 6:19
Leitura Devocional: 
Eclesiastes 11

Estudaremos aqui uma lição sobre o corpo humano. Não se trata de um estudo teórico, de como ele é formado, e sim de um estudo prático, que visa a dar-nos uma consciência mais esclarecida quanto aos nossos deveres para com ele.

Nossa salvação não só traz bênçãos para a nossa alma, mas também para nosso corpo.

Como crentes, temos uma nova compreensão da sua finalidade. Como mordomos, devemos sentir nossa responsabilidade para com Deus em relação ao nosso corpo.

Paulo, cônscio de sua mordomia, exclamava: "Cristo será, tanto agora como sempre, engrandecido no meu corpo, seja pela vida, seja pela morte". Fl. 1:20.

1. O CORPO HUMANO FOI CRIADO POR DEUS

Quando Deus criou o homem, fê-lo com um cuidado especial. Ao criar as demais coisas, simplesmente disse: "Faça-se". Quando, porém, criou o homem, com carinho preparou a habitação de sua alma, formando-a do pó da terra. Gn. 1:26-28; 2:7.

1. A maravilha do corpo humano

Não podemos deixar de ficar deslumbrados diante da perfeição do corpo humano. O salmista, pensando nesse fato, exclamou: "Eu te louvarei, porque de modo tão admirável e maravilhoso fui formado; maravilhosas são as tuas obras, e a minha alma o sabe muito bem". Sl. 139:14 - Nova Versão IBB.

O mundo antigo celebrizou sete maravilhas, consideradas como monumentos do gênio humano. Incomparavelmente superior em sua estrutura, a qualquer delas, é o plano arquitetônico do cérebro. Aí temos colunas, câmaras, galerias e pilares, velados por cortinas rendilhadas; admiráveis corredores e um inextricável labirinto de vias misteriosas, que jamais foram trilhadas por alguém. O cérebro é o quartel-general do corpo, de onde partem as ordens que são executadas através de um magnífico sistema de comunicações chamado sistema nervoso.

Com o auxílio do sistema nervoso, podemos ver, ouvir, provar, cheirar, falar, respirar, digerir e assimilar o alimento.

Possuímos, em nosso corpo, o mais extraordinário laboratório químico, em que o alimento é transformado em ossos, músculos, cabelos, unhas, pele e inúmeros tecidos. Temos ainda uma bomba poderosíssima, o coração, que faz circular o sangue através do sistema circulatório. Nosso sistema de ventilação é perfeitamente controlado pelas narinas pulmões e pele. A única lente perfeita conhecida é a dos olhos; um dos aparelhos mais sensíveis ao som é o ouvido.

2. Exemplo digno de Imitação

Fomos agraciados por Deus com os dons inestimavelmente valiosos dos cinco sentidos, janelas pelas quais nós podemos pôr em contacto com o mundo e suas belezas. Nem sempre sabemos apreciá-los como deveríamos. É preciso que alguém, privado de algum deles, nos venha despertar a mordomia fiel desses poderes.

Helena Keller, desde tenra idade, ficou privada dos mais ricos privilégios naturais concedidos a um ser humano. Cega, surda e muda, não julgou que essas deficiências devessem ser causa de desânimo. Orientada por sua bondosa e paciente professora, Srta. Sullivan, chegou a falar a custa de mil sacrifícios e é hoje credora da admiração do mundo inteiro.

Num artigo intitulado "Três dias para ver", ela narra o que faria se lhe fosse concedido o privilégio inaudito de recobrar, por três dias apenas, o poder da visão. Assim termina seu magistral artigo: "Eu, que sou cega, posso dar este conselho aos que vêem: usai os vossos olhos como se soubésseis que amanhã perderíeis a vista. E o mesmo método deve ser aplicado aos outros sentidos."

Meu irmão, diante desta vida notável que tanto realizou com a falta do mais precioso, que é a vista, como te sentes? Que estás fazendo com os sentidos que Deus te deu?

3. O corpo humano, figura da Igreja

Querendo Paulo uma ilustração para uma igreja ideal, vai procurá-la no corpo humano, cujas partes se completam e em que cada uma exerce sua atividade especial, unificadas todas pelos centros nervosos, num sistema sem rival. I Cor. 12:12-31.

Se os membros de nossas igrejas repetissem, num trabalho harmônico, o que se realiza no corpo humano, o reino de Deus receberia um enorme impulso.

2. O CORPO É A HABITAÇÃO DO ESPÍRITO SANTO

Foi esse corpo, tão cuidadosamente criado e mantido por Deus, que o Espírito Santo se dignou tomar por habitação. "Ou não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus e que não sois de vós mesmos? Porque fostes comprados por bom preço; glorificai pois a Deus no vosso corpo, e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus", I Cor. 6:19-20.

Honra maior não poderia ser dada ao crente do que ter por companheiro constante o Espírito de Deus. É um privilégio sem paralelo de que nos devemos aproveitar, dando-lhe um lugar cada vez maior em nossa vida.

3. NOSSOS DEVERES PARA COM O CORPO

Visto que o nosso corpo é o templo do Espírito Santo, devemos conservá-lo nas melhores condições possíveis. Se cuidamos da casa em que moramos, procurando mantê-la limpa e bem cuidada, quanto mais devemos cuidar do nosso corpo, que se tornou habitação do próprio Deus!

Vejamos algumas coisas essenciais ao bom funcionamento do corpo.

1. Devemos manter o corpo limpo

O asseio é de valor fundamental para a saúde. Assim como nossas casas são limpas diariamente, do mesmo modo o nosso corpo o deve ser.

2. Devemos manter o corpo em bom funcionamento

Para isso precisamos, antes de mais nada, de uma alimentação sadia e racional. Devemos evitar os alimentos prejudiciais à saúde. Há livros que nos orientam numa boa dieta. Devemos beber mais leite, comer mais verduras, menos carne e comidas gordurosas e de tempero forte.

Os pais têm grande responsabilidade em orientar os filhos numa dieta equilibrada e saudável.

É importante também que não pratiquem os excessos prejudiciais ao corpo. Há os que se excedem, comendo em demasia. Sua saúde forçosamente sofrerá. Há os que trabalham em demasia. Precisamos ter um limite para as nossas horas de trabalho. O corpo necessita de descanso, do contrário sofrerá abalos.

Uma visita ao médico, periodicamente, é dever de todo bom mordomo do corpo. Não devemos esperar que a enfermidade chegue. É melhor prevenir do que remediar. Também o dentista deve ser procurado. Muitos males tem origem em infecções dentárias, que podem causar graves prejuízos ao organismo.

4. INIMIGOS DO CORPO

Desejamos apresentar dois inimigos do corpo, talvez os maiores. Houve tempo em que eram desconhecidos, no meio evangélico. Aos poucos, porém, vão entrando sorrateiramente no ambiente de nossas igrejas.

1. O fumo

Fumar é um vício. Quem fuma, é, pois, escravo. Aquele que já experimentou a liberdade de Cristo, como viverá escravo de um cigarro? Fumar é queimar dinheiro. "Por que gastais o dinheiro naquilo que não é pão"? Is. 55:2. Fumar é encurtar a existência. As companhias de seguros de vida dizem que o fumo reduz a vida uns dez anos, em média. Fumar é prejudicial a saúde. O fumo irrita a garganta, envenena o pulmão e o coração, prejudica o aparelho digestivo e afeta os nervos.

São impressionantes estas declarações do Professor Antônio Prudente, do Serviço Nacional do Câncer: "O câncer, no Brasil, ceifa uma vida cada dez minutos. O cancer dos lábios, em 90% dos casos, é provocado pelo fumo". A estatística do grande cirurgião Graham é alarmante. Em 200 mortes causadas pelo cancer, 191 das vítimas eram fumantes!

2. A bebida

Já se encontram defensores do uso de bebidas alcoólicas, em nossas igrejas. De maneira insidiosa, Satanás vai penetrando em nossos arraiais. Há os que procuram na própria Bíblia defender o uso de bebidas alcoólicas. Esquecem-se tais pessoas das afirmações fortes e impressionantes da Bíblia quanto aos que bebem.

Afirmam muitos que o uso moderado da bebida não é prejudicial. O Dr. Araoz Alfaro, ex-presidente da Liga Argentina Contra a Tuberculose, assim declara: "Tenho procurado chamar a atenção do público argentino para os perigos do que peço permissão para chamar "alcoolismo aristocrático", isto é, o hábito cada vez mais difundido em nossos círculos sociais, de ingerir, várias vezes por dia, e de diversas formas mais ou menos engenhosas, aperitivos, coquetéis e licores finos, além dos vinhos "generosos" e variados, consumidos durante as refeições. É preciso repetir que as bebidas consumidas dessa forma fazem tanto mal em pequenas porções, como os excessos de embriaguez".

A Liga Brasileira de Higiene Mental publicou uma circular, cujo resumo é o seguinte: "Não são apenas as bebidas fortes, como a cachaça e o uísque, que fazem mal à saúde. Não existe nenhum meio prático de determinar o limite entre a moderação e o abuso do Álcool. Até hoje não se conseguiu debelar o alcoolismo, em parte devido a crença errônea de que somente os ébrios são as vítimas do álcool.

"É um erro supor que haja conveniência em tomar bebidas alcoólicas durante o trabalho, seja corporal, seja mental, ou durante o tempo frio. Outra idéia falsa é acreditar que a bebida possa prevenir as infecções, a gripe, ou quaisquer outras doenças. Não é certo que haja vantagem em dar bebidas alcoólicas, tais como a chamada cerveja preta, à mulheres que estão amamentando. É um verdadeiro crime dar bebidas alcoólicas às crianças".

5. CONCLUSÃO

Cuidar de nosso corpo é um dever religioso. O mesmo Deus que fez o nosso corpo, escolheu fazer dele o seu templo, onde tem prazer de morar.

Visto que o nosso corpo é o templo do Espírito Santo, cuidar dele e mantê-lo puro e digno é parte do nosso culto a Deus. "Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus que apresenteis os vossos corpos por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional". Rm.12:1. Versão Revista e Atualizada - SBB.

PERGUNTAS PARA REVISÃO

1. Discorra sobre a maravilha que é nosso corpo.
2. A que Paulo comparou a igreja? Explique a figura.
3. Que é nosso corpo em relação ao Espírito Santo?
4. Enumere alguns dos nossos deveres para com o nosso corpo.
5. Enumere alguns inimigos de nosso corpo.


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Autor: Walter Kaschel
Tradução: David A Zuhars
Fonte: www.obreiroaprovado.com

segunda-feira, 25 de julho de 2011

[Mordomia Cristã] A DOUTRINA DA MORDOMIA

Texto Áureo: Salmo 24:1
Leitura Devocional: 1 Pedro 2:18-25

1. SIGNIFICADO DA PALAVRA

1. Definição

A palavra mordomo tem um significado profundo para a vida cristã. Dizer a um crente, entretanto, que ele é mordomo de Deus, nem sempre desperta o seu coração para os incontáveis privilégios e responsabilidades dessa função, por ser pouco conhecido o significado da palavra.

Mordomo quer dizer, literalmente, ecônomo, isto é, aquele que é incumbido da direção da casa, o administrador. É aquela pessoa a quem é entregue tudo quanto o senhor possui para ser cuidado e desenvolvido. É aquele a quem o senhor incumbe o governo daquilo que lhe é mais precioso. Em linguagem bíblica isto quer dizer não só terras, dinheiro, jóias e os bens materiais em geral, mas também o cuidado da esposa e dos filhos, a reputação do senhor e até sua própria vida. Daí se depreende o que o Senhor exige de nós quando nos constitui mordomos seus. É com temor e tremor que devemos assumir nossa responsabilidade mas, de outro lado, com regozijo em nossos corações, por ele nos ter confiado um lugar de tantas oportunidades para glorificar seu santo nome.

2. Exemplos

Há dois incidentes bíblicos que nos ajudam a esclarecer os misteres do um mordomo.

O primeiro encontramos em Eliézer, servo de Abraão. "E disse Abraão ao seu servo, o mais velho da casa, que tinha o governo sobre tudo o que possuía...", Gn. 24:2. No caso presente, Eliézer é incumbido de procurar uma esposa para Isaque, o que representava um encargo difícil; sabemos, porém, que ele o desempenhou com grande sabedoria, de modo a alegrar o coração do seu velho senhor. Poderá o Senhor depender de nós, como Abraão do seu mordomo? Lembremo-nos de que a qualidade distintiva de Eliézer era seu espírito de oração. Se soubermos dobrar os joelhos perante o Senhor, ele nos ensinará essa arte difícil, mas gloriosa sobre todas, de sermos mordomos seus, para anunciarmos "as virtudes daquele que nos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz", I Pe. 2:9.

O segundo exemplo bíblico é José. Em Gênesis 39:4 e 6 lemos que José achou graça aos olhos de Potifar, assistente do rei, "e ele o pôs sobre a sua casa, e entregou na sua mão tudo o que tinha. E deixou tudo o que tinha na mão de José, de maneira que de nada sabia do que estava com ele, a não ser do pão que comia". Tal pessoa devia, portanto, ser alguém de confiança, capaz de administrar os bens entregues. Não era um lugar insignificante, mas o serviço de maior relevância na casa. 0 mordomo só era inferior ao seu senhor. Que responsabilidade a nossa!

2. BASE BÍBLICA DA DOUTRINA

A Bíblia ensina, por preceitos e exemplos, que somos mordomos de Deus. Ele nos confiou a administração de bens e poderes que lhe pertencem, e a ele tão somente.

Causa-nos estranheza verificar que cristãos, através dos séculos, passado o período apostólico, tenham aberto o Livro Sagrado milhares de vezes e tenham procurado viver suas verdades, sem que a doutrina da mordomia viesse a ocupar em seus escritos e em suas vidas o lugar que merecia. Só nos últimos decênios é que se vem dando maior ênfase ao estudo da mordomia.

Daremos, em resumo, o que a Escritura tem a dizer sobre mordomia, na certeza de que as passagens indicadas hão de merecer um estudo cuidadoso.

Vale a pena que o aluno tome tempo para ler cada uma das passagens e meditar em suas verdades.

1. O universo pertence a Deus

Gn. 1:1; 14:22; Dt. 10:14; I Crn. 29:13-16; Sl. 24:1; 50:10-12; 89:11; Jr. 27:5.

De modo mais específico, o solo pertence a Deus, Lv. 25:23; II Crn. 7:20: os minerais e tesouros que a terra e o mar escondem, Sl. 95:5; 146:6; Ag. 2:8; Os. 2:8; Jl. 3:5; tudo o que a terra produz, Gn. 2:9; Sl. 104:4; Jr. 5:24; toda vida animal, Gn. 1:24; 9:2-3; Sl. 50:10-11.

Depois de haver completado a obra da criação, Deus colocou Adão num jardim aprazível e a ele confiou as coisas criadas. "E tomou o Senhor Deus o homem e o pôs no jardim do Éden para o lavrar e o guardar", Gn. 2:15; Sl. 8:3-9. Deus nunca entregou os títulos de propriedade a Adão ou a outro qualquer representante da raça, mas conservou-os para si mesmo como Criador. Adão era simples mordomo.

O homem só poderia ter direito de propriedade sobre aquilo que ele pudesse criar; entretanto nunca homem algum jamais foi capaz de criar qualquer coisa. Tudo que ele pode fazer é utilizar-se das coisas criadas, adaptá-las, e combinar as forças e os elementos criados por Deus.

2. O homem pertence a Deus

1. Por direito de criação, Gn. 1:27; 2:7; Is. 42:5; 43:1-7; Ez. 18:4.

2. Por direito de preservação, At. 14:15-17; 17:22-28; Cl. 1:17; I Pe. 1:5.

Deus não somente nos criou, ele também nos sustenta na sua providência. Não é ele um Deus que criou o mundo e o abandonou à sua própria sorte. Pelo contrário, está profundamente interessado em tudo que se passa entre os homens, acompanhando o desenrolar da história e orientando-a para atingir seus propósitos eternos. Não fora Deus sustentador do universo, e este mundo e a vida humana seriam uma impossibilidade.

3. Por direito de redenção, Êx. 19:5; 1 Cor. 6:19-20; Tt. 2:14: Ap. 5:9.

Fomos criados para glorificar a Deus, Is. 43:7; I Cor. 6:19-20, mas o pecado desviou o homem desse alvo. Era preciso que Deus o restaurasse, libertando o do pecado que o separava dele, Is. 59:2. Isso se realizou na pessoa de Jesus Cristo, que se ofereceu como propiciação pelos nossos pecados. Escravos que éramos, fomos resgatados pelo sangue de Cristo, o mais alto preço que Deus podia pagar pela redenção humana. Uma vez remidos, foi reconquistado o alvo com que Deus nos criou, e nosso prazer constante deve ser buscar sua glória.

Um menino tinha feito, com muito esforço e capricho, um barquinho a motor. Satisfeito, brincava com ele a beira do rio, quando, de repente, o barquinho impelido pela correnteza, lhe escapou das mãos. Triste, o garoto voltou para casa, sem esperanças de tornar a ver o barco, que tanto trabalho lhe custara. Qual não foi seu espanto ao ver o barquinho, certo dia, na vitrina de uma das lojas da cidade. Entrou e insistiu que o barco era seu, mas o negociante disse que só lho daria mediante o pagamento do preço estipulado. 0 menino voltou ao lar e narrou o incidente ao pai, que lhe forneceu o dinheiro necessário para a compra do barquinho. Rápido, dirigiu-se à loja, onde comprou o barco que, de direito, já lhe pertencia. Ao sair, segurando bem firme em seus braços o precioso objeto, exclamou: "Agora és duas vezes meu: meu porque te fiz, e meu porque te comprei." Assim também nos pertencemos a Deus: por direito de criação e direito de redenção. Quando as correntezas do pecado nos afastaram das mãos divinas, e nos achávamos debaixo do domínio de Satanás, Cristo nos comprou pelo preço do seu sangue.

3. VALOR DA DOUTRINA PARA A VIDA CRISTÃ

Talvez não haja outra doutrina capaz de influenciar mais a vida de um crente do que a da mordomia, quando devidamente compreendida e praticada.

1. Atitude diferente

Antes de tudo, deixará de existir em nossa vida a diferença artificial que, em geral, se faz entre atividades religiosas e seculares. A religião não será mais uma atividade que tome de nós certos dias e horas. Cada minuto de nossa vida será sagrado, porque pertence a Deus. Nosso trabalho deixará de ser uma coisa mecânica e material para ser algo bafejado pela graça dos céus. Estamos cooperando com Deus no desenvolvimento e progresso de um mundo criado e mantido por ele mesmo. Quando Jacó fugia de seu irmão, teve a visão maravilhosa de uma escada, cujo topo tocava os céus, e pode ver o Senhor no seu trono de glória. Ao despertar do sono, exclamou: "Na verdade o Senhor está neste lugar e eu não o sabia", Gn. 28:16.

O mordomo fiel, despertado por uma visão nova e mais ampla, verá Deus e sua mão em lugares e coisas que lhe pareciam despidas de caráter religioso. Não só a igreja, mas o lar e a oficina de trabalho, participam dessa esfera sagrada, porque Deus está em toda parte como criador e preservador. Não haverá mais coisas lícitas aqui e ilícitas acolá, porque todo o lugar que a planta do nosso pé pisar será terra santa. Êx. 3:1-5.

2. Senso de responsabilidade

Ainda, o conceito cristão de mordomo fará crescer o senso de nossa responsabilidade. Aqui está perante nós um mundo criado por Deus, com tudo quanto nele há, por cujo desenvolvimento somos responsáveis. Aqui estamos nós mesmos, criados a imagem de Deus, e tendo de prestar contas da nossa vida, em toda a riqueza de suas manifestações. Aqui estão almas imortais, sem conhecimento da graça salvadora de Cristo, às quais nos cabe levar a boa nova. Tremendas são as nossas responsabilidades como mordomos de Deus!

3. Senso de dependência

Cientes da nossa fragilidade e incapacidade para bem desempenharmos nossa mordomia, somos levados a depender do Espírito Santo, que Deus faz habitar em nossas almas para conduzir-nos à vida abundante de despenseiros da sua multiforme graça. I Pe. 4:10.

Temos a promessa preciosa de Jesus, que nos garante a assistência do Espírito a fim de nos orientar no bom exercício de nossa mordomia. Ele nos esclarece quanto aos nossos deveres cristãos, fortalece-nos para o desempenho da tarefa de cada dia, purifica-nos a fim de que sejamos "vaso para honra, santificado e idôneo para uso do Senhor e preparado para toda a boa obra'', II Tm. 2:21. Nenhum mordomo poderá servir com eficiência, se não viver uma vida orientada pelo Espírito divino.

4. O SUPREMO EXEMPLO

Jesus não só ilustra a verdade da mordomia em seus ensinos, mas a ilustra de modo muito claro e sobremodo inspirador em sua própria vida. Ele se reconhecia mordomo de Deus, encarregado da tarefa suprema de alcançar a reconciliação da raça humana. Sua vida toda, viveu-a ele orientado por esse propósito. Seu desejo constante era fazer a vontade daquele a cujo serviço se encontrava na terra.

Como mordomos de Deus, não estamos palmilhando uma estrada virgem. Ela já foi pisada por alguém que é o supremo modelo dos que desejam ser fiéis despenseiros. Ele nos deixou o exemplo, para que sigamos suas pisadas,. I Pe. 2:21.

Inspirados na magnífica personalidade de Jesus, caminhemos a passos firmes, como mordomos que não tem de que se envergonhar, que procuram desempenhar com fidelidade a tarefa que lhes foi entregue!

"A mordomia bíblica é o reconhecimento da soberania de Deus, a aceitação do nosso cargo de depositários da vida e das possessões, e a administração das mesmas de acordo com a vontade de Deus". J. E. Dillard

PERGUNTAS PARA REVISÃO

1. Que significa mordomo?

2. Mencione algumas passagens que demonstram a base bíblica da doutrina da mordomia.

3. Para que fomos nós criados?

4. Mencione as influências que a doutrina da mordomia pode exercer sobre a vida cristã.

5. Quem é o nosso supremo exemplo na prática da mordomia? Por que?

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Autor: Walter Kaschel
Tradução: David A Zuhars
Fonte: www.obreiroaprovado.com

sexta-feira, 22 de julho de 2011

[Perguntas e respostas] ONDE DEUS VIVE E PODE SER ENCONTRADO?

João 4.19-24

Quem nunca ouviu falar de lugar sagrado? Ouvimos dizer que em certos lugares pode ser percebido de modo mais intenso. A mulher samaritana tinha uma pergunta no coração. Ela queria saber qual era o lugar preferido de Deus. Em vez de determinar um lugar físico, Jesus respondeu de modo diferente. Deus quer adoradores que o adorem em espírito e em verdade. Ele não se preocupa com o lugar, mas sim com a sinceridade do coração. Deus não habita em templos (Atos 7.48; 17.24) e sim no coração dos homens (1 Coríntios 3.16). O que Deus deseja é habitar na vida de alguém por meio de Cristo fazendo daquela vida um "lugar santo".

Reflexão:
  • O que é mais cômodo: santificar lugares ou santificar a vida?
  • Por que lugares sagrados fascinam tanta gente?
  • Como pode Deus habitar no coração do homem? (leia Efésios 3.17)

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Fonte: Bíblia de Estudo Esperança

[Perguntas e respostas] COMO POSSO ESTAR CERTO DE QUE AS PROMESSAS DE DEUS SÃO CONFIÁVEIS?

Números 23.19

Às vezes, é muito difícil confiar em promessas num mundo injusto como o nosso. Estamos tão acostumados a sofrer decepção por causa de palavras não cumpridas que muitas vezes achamos que não se deve confiar em ninguém. Isso, porém, não se aplica à palavra divina, pois, como diz o texto, Deus não é um homem para mentir. Ele confirmou sua palavra através da história (leia 1 Reis 8.56). Sabendo que Deus é fiel, podemos descansar em suas promessas, certos de que ele não falhará.

Reflexão:
  • Por que algumas pessoas não acreditam nas promessas de Deus? Será que Deus realmente prometeu o que elas esperavam?
  • Qual é a maior promessa de Deus para nós?

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Fonte: Bíblia de Estudo Esperança

[Perguntas e respostas] COMO PODE HAVER UM SÓ DEUS, SE EXISTE O PAI, O FILHO E O ESPÍRITO SANTO?

Mateus 28.19-20

Se Deus é um só, como pode ele ser três ao mesmo tempo? Aqui, temos um dos grandes mistérios da fé. Nem tudo o que sabemos sobre Deus é plenamente compreensível a nós, criaturas limitadas. Em nossa lógica simplista, não conseguimos entender a trindade de Deus. Ele é um só Deus que existe em três pessoas. Não conhecemos nada semelhante, por isso essa doutrina parece difícil de assimilar. Observe bem o detalhe desse versículo: "... batizando-os em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo". Apesar de serem três pessoas, a palavra nome está no singular. Vemos a unidade e diversidade de Deus num mesmo versículo. 

Importante não esquecer:
  • Deus é um só, e não três deuses (Deuteronômio 6.4).
  • Mesmo sendo um só Deus, são três pessoas (Mateus 28.19).
  • O Pai é Deus (1 Coríntios 8.6).
  • O Filho é Deus (Hebreus 1.8; João 1.1).
  • O Espírito Santo é Deus (Atos 5.3-4).
Reflexão:
  • Como subsiste eternamente em três pessoas, Deus não precisava criar nenhum ser para não se sentir sozinho no universo. A nossa criação foi produto do amor e da soberania de Deus e não de sua solidão ou de sua necessidade!

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Fonte: Bíblia de Estudo Esperança

[Perguntas e respostas] QUEM PODE AFRONTAR A DEUS?

1 Samuel 2.2-10

É inacreditável, mas é verdade. Há gente quem não só nega a realidade de Deus, mas também tem coragem de afrontá-lo, desconhecendo o grande poder divino. Esse texto descreve muitas das qualidades divinas e é muito claro ao exaltar o tremendo poder divino. Quem é comparável ao Senhor? Pode alguém afrontá-lo?

Reflexão:
  • Relacione as qualidades de Deus mencionadas nesse texto.
  • Que atitudes humanas são condenadas aqui?
  • De onde vem tal ousadia de afrontar a Deus?

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Fonte: Bíblia de Estudo Esperança

[Perguntas e respostas] QUANDO FOI QUE DEUS PASSOU A EXISTIR?

Salmo 90.1-2

Esta pergunta é tão natural que costuma ser feita até pelas crianças da seguinte maneira: "Quem criou Deus?" Antes de darmos a resposta, precisamos saber que se Deus é Deus, ele está acima de nossa capacidade humana limitada. Não podemos compreender todos os atributos divinos, pois estão além da compreensão de suas criaturas. A Bíblia revela-nos que Deus existe desde sempre. Isso quer dizer que ele nunca foi criado e que está acima do tempo e do espaço. Deus não tem princípio nem fim, pois ele é Eterno. A beleza poética desse Salmo expressa isso afirmando: "De eternidade em eternidade tu és Deus".

Reflexão:
  • Se deus tivesse sido criado em algum momento, poderíamos ainda considerá-lo como Deus?
  • Se algo ou alguém tivesse dado origem a Deus, não seria esse algo (ou alguém) Deus?
  • O universo que conhecemos parece infinito aos nossos olhos. Não será Deus muito superior ao universo?

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Fonte: Bíblia de Estudo Esperança

[Perguntas e respostas] QUAL É A ESSÊNCIA DE DEUS?

Isaías 49.14-15

Muitas vezes imaginamos Deus apenas como alguém distante e que exerce justiça contra o pecado. É verdade que Deus é eterno, imutável, criador, santo, transcendente Todo-Poderoso, onipresente, onisciente, etc. Mas, qual das qualidades de Deus toca mais profundamente o coração humano? O que descreveria a sua essência? Infelizmente, muitas pessoas costumam repetir as palavras dos israelitas do tempo de Isaías: "O Senhor se esqueceu de mim". A resposta divina revela a sua essência. Deus é amor (leia 1 João 4.8). Sabemos que o amor mais aclamado nesse mundo é o amor de mãe em favor de seu filho. Mas, o amor de Deus é superior a qualquer forma de amor que se possa experimentar nesse mundo. O amor de Deus é sacrificial e busca o nosso bem. Como é bom saber que temos um Deus tão amoroso assim!

Reflexão:
  • Que diferença há entre conhecer sobre Deus e experimentar o seu amor?
  • Qual foi a maior prova de amor de Deus em nosso favor? (Romanos 5.8)
  • Por que nem sempre conseguimos pensar em Deus como um Deus de amor?

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Fonte: Bíblia de Estudo Esperança

quinta-feira, 21 de julho de 2011

[Perguntas e respostas] SERÁ POSSÍVEL ESCONDER-SE DE DEUS?

Salmos 139.7-12

Para onde pode o homem fugir de Deus? Haverá algum lugar para onde escapar do Senhor? Já aprendemos que Deus não se confunde com a sua criação. No entanto, vemos no salmo que Deus está em toda a parte, que tudo está sob o seu controle e que ele sabe todas as coisas. Por isso é tolice o homem acreditar que pode fazer o mal e esconder isso do seu criador. Mesmo que ninguém saiba de nada a respeito do que foi feito em segredo, com toda a certeza Deus tem pleno conhecimento de tudo.

Reflexão:
  • Por que a hipocrisia é uma grande tolice?
  • Se Deus está em toda parte, estaria ele numa boate ou num ponto de drogas? Em que sentido?
  • Que diferença há entre dizer: "Deus é tudo", e afirmar: "Deus está em tudo"?

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Fonte: Bíblia de Estudo Esperança

quarta-feira, 20 de julho de 2011

[Perguntas e respostas] SERÁ VERDADE QUE DEUS CRIOU O MUNDO E DEPOIS O ABANDONOU?

Atos 17.24-28

A grande maioria das pessoas acredita na existência de Deus, mas muitos são os que não acreditam que Deus pode fazer alguma coisa em favor deles. Tais pessoas pensam que Deus criou o mundo como se fosse um relógio: depois de fazê-lo funcionar, Deus afastou-se e decidiu não interferir mais em nada. Para tratar tal questão, é importante focalizarmos a motivação que está por trás dela. A verdade é que quando somos abalados pelas injustiças e pelos sofrimentos da vida, somos tentados a fazer essa pergunta. No entanto, nem sempre nos lembramos, de que recebemos "a vida e todas as coisas" (v.25). Um coração ingrato acostuma-se com as benção de Deus e não reconhece o favor divino. Aqui, podemos confirmar que Deus está no controle do mundo, e todas as bençãos e experiências belas e agradáveis da vida nos são concedidas por ele.

Reflexão:
  • Se Deus não pode mais interferir em nossa vida, podemos considerá-lo como um Deus Todo-Poderoso?
  • Como podemos explicar os milhões de testemunhos de intervenção divina se é verdade que Deus abandonou o mundo?
  • Existem outras explicações para tanto sofrimento nesse mundo? Podemos nós atribuir a culpa desse sofrimento a Deus?

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Fonte: Bíblia de Estudo Esperança

[Perguntas e respostas] POR QUE ALGUÉM NEGARIA A EXISTÊNCIA DE DEUS?

Salmo 14.1-3

Ao contrário do que muita gente imagina, o ateísmo não surge de uma pesquisa profunda sobre o mundo e sobre Deus. Não! Não é verdade que um ateu tornou-se convicto de sua posição através de uma avaliação cuidadosa da fé. Na verdade o ateísmo nasce de um coração revoltado contra Deus. A grande verdade é que, como podemos verificar aqui, quando alguém nega a existência de Deus rejeita também o fato de que um dia Deus irá julgar as suas más obras. Assim vemos quem nega a existência de Deus tem no coração uma revolta insensata e crê na ilusão de que nunca prestará contas de sua vida ao Criador.

Reflexão:
  • Você já conheceu alguém que se tornou ateu por causa de uma grande decepção ou de uma revolta na vida?
  • Será que existem ateus "na prática", isto é, pessoas que vivem como se Deus não existisse, apesar de afirmarem que ele existe?
  • Como se tornaria o nosso mundo se todos se convencessem de que Deus não existe e que nunca cobrará nada de ninguém?

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Fonte: Bíblia de Estudo Esperança

[Esboços para pregação] Promessas divinas em tempos difíceis - Gn 26.2-4

Deus disse:


1. Eu serei contigo

2. Eu abençoar-te-ei

3. Para a tua descendência darei todas estas terras

4. Confirmarei meu juramento

5. Multiplicarei a tua descendência como as estrelas do céus

6. Abençoarei muitos através de ti.

Autor: Georg Brinke

[Esboços para pregação] O Ministério dos Anjos

1. Anjos auxiliam em caminhos difíceis - Gn 24.7

2. Livram do mal - Gn 48.16

3. Transmitem tarefas - Jz 6.11-26

4. Animam em momento de tristeza - 1 Rs 19.5-7

5. Livram dos perigos - Sl 34.7

6. Derrubam nossos inimigos - Is 37.36

7. Protegem em meio aos perigos - Dn 3.28; 6.22,23

Autor: Georg Brinke

terça-feira, 19 de julho de 2011

[Vida Cristã] Dinheiro e Possessões em Provérbios

Kevin DeYoung

A Bíblia fala muito a respeito de dinheiro e possessões. Há muitos versículos que se referem a riqueza e pobreza. No que diz respeito a alguns assuntos, podemos hesitar porque a Bíblia diz muito pouco sobre eles. O que devemos pensar sobre bronzeamento? Bem, não temos muitas instruções específicas; por isso, não podemos ser dogmáticos nesse assunto.

No entanto, em referência a dinheiro e possessões, há um problema oposto. Porque a Bíblia fala muito sobre dinheiro, é tentador desenvolvermos um teologia desequilibrada sobre dinheiro.

Por um lado, é fácil percebermos de onde vem a teologia da prosperidade. Tire de seu contexto nacional algumas poucas promessas da aliança mosaica, tome a promessa de Malaquias 3 a respeito de abrir as janelas do céu, misture com algumas afirmações de Jesus sobre receber o que você pede com fé, e assim você constituirá um pequeno evangelho de saúde e prosperidade.

Por outro lado, é possível surgir com uma desequilibrada teologia de austeridade. Ressalte que Jesus nunca teve onde reclinar a cabeça, recorra à história do jovem rico, enfatize a parábola do rico insensato, e você terá uma teologia que diz que o dinheiro é mau, como o são aqueles que o têm.

Você poderia formar um argumento bíblico de que Deus ama os ricos. Apenas considere Abraão, Jó e Zaqueu. Veja a maneira como Deus abençoou reis obedientes. Considere a visão do deleite cósmico no jardim e na era por vir.

Você também pode facilmente elaborar um argumento bíblico de que Deus odeia os ricos. Pense na história do rico e Lázaro. Considere o livro de Tiago. Observe a versão de Lucas sobre o Sermão do Monte.

Então, como devemos pensar sobre dinheiro e possessões? Que princípios bíblicos devemos ter em mente quando consideramos riqueza e pobreza, quando lidamos com nossa própria pobreza ou riqueza? Há algumas poucas coisas que a Bíblia diz com mais freqüência. E isso é bom, porque há poucas coisas tão relevantes para pessoas em todos os lugares como ter uma boa teologia sobre dinheiro.

Onde começar

O livro de Provérbios é um ótimo ponto de partida para desenvolvermos uma teologia bíblica sobre possessões materiais. Para iniciantes, há muitos versículos sobre este assunto. E, o que é mais importante, há várias linhas diferentes de ensino sobre o assunto. Se você começasse por Gênesis, poderia concluir que Deus sempre faz seu povo prosperar. Se começasse por Amós, poderia pensar que todas as pessoas ricas são opressoras. Mas Provérbios examina riqueza e pobreza sob vários ângulos. E, porque Provérbios é um livro de máximas gerais, os princípios que encontramos nos provérbios são mais facilmente transferíveis ao povo de Deus em diferentes épocas e lugares.

Recentemente, num domingo à noite, dei à minha congregação dez princípios extraídos de Provérbios sobre dinheiro e possessões materiais. Não quero apresentar todo o sermão aqui, mas achei que valeria a pena alistar, pelo menos, os pontos principais. Talvez eu possa apresentar os detalhes posteriormente.

Darei os pontos em ordem de quanto o livro de Provérbios diz sobre um princípio específico. Essa maneira de apresentá-los terminará com os temas mais importantes.

Dez princípios sobre dinheiro e possessões extraídos de Provérbios

1. Há extremos de riqueza e pobreza que oferecem tentações singulares à que vivem nesses extremos (Pv 30.7-9).

2. Não se preocupe em acompanhar o estilo de vida de seus amigos e vizinhos (Pv 12.9; 13.7).

3. Os ricos e os pobres são mais semelhantes do que pensam (Pv 22.2; 29.13).

4. Você não pode dar mais do que Deus (Pv 3.9-10; 11.24; 22.9).

5. A pobreza não é agradável (Pv 10.15; 14.20; 19.4).

6. O dinheiro não lhe pode dar segurança final (Pv 11.7; 11.28; 13.8).

7. O Senhor odeia aqueles que ficam ricos por meio de injustiça (21.6; 22.16, 22-23).

8. O Senhor ama aqueles que são generosos para com o pobre (Pv 14.21, 31; 19.7; 28.21).

9. Trabalho árduo e boas decisões levam geralmente a maior prosperidade (Pv 6.6-11; 10.4; 13.11; 14.24; 21.17, 20; 22.4, 13; 27.23-27; 28.20).

10. O dinheiro não é tudo. Não satisfaz (Pv 23.4-5). É inferior à sabedoria (Pv 8.10-11, 18-19; 24.3-4). É inferior à justiça (Pv 10.2; 11.4; 13.25; 16.8; 19.22; 20.17; 28.6). É inferior ao temor do Senhor (Pv 15.16). É inferior à humildade (Pv 16.19). É inferior a bons relacionamentos (Pv 15.17; 17.1).

Chegando a conclusões delicadas e achando a Cristo

Você não pode entender o ponto de vista bíblico sobre o dinheiro se não está preparado para aceitar diversas verdades mantidas em tensão.

Você talvez obtenha mais dinheiro se trabalhar bastante e for cheio de sabedoria. Mas, se toda a sua preocupação é obter mais dinheiro, você é um grande insensato.

O dinheiro é uma bênção da parte de Deus, mas você será mais abençoado se o der.

Deus lhe dá dinheiro porque ele é generoso; mas ele é generoso com você para que você seja generoso com os outros. E, se você é generoso em dar seu dinheiro, Deus será, provavelmente, mais generoso com você.

É sábio economizar dinheiro, mas não pense que o dinheiro lhe dá verdadeira segurança.

Riqueza é mais desejável do que pobreza, mas a riqueza não é tão boa quanto justiça, humildade, sabedoria, bons relacionamentos e o temor do Senhor.

Em 1 Coríntios 1.30-31, lemos que Cristo é para nós, da parte de Deus, sabedoria, justiça, santificação e redenção, para que, como está escrito: &Aquele que se gloria, glorie-se no Senhor&. O dinheiro não pode lhe dar qualquer das coisas que você necessita essencialmente. Não pode torná-lo santo. Não pode torná-lo justo. Não pode salvá-lo de seus pecados. A riqueza é um sinal de bênção, mas é também uma das maiores tentações porque seduz você a gloriar-se em si mesmo. O dinheiro promete ser a sua dignidade e promete torná-lo auto-suficiente. Ele o convida a gloriar-se em outras coisas ou em outras pessoas, exceto no Senhor.

Portanto, dinheiro é totalmente uma questão de fé. Creia que fazer coisas à maneira de Deus é o melhor caminho para você. Creia que, se você der seu dinheiro, Deus pode dá-lo de volta. Creia que o dinheiro pode ser bom. Mas não ouse crer que ele é tudo. O dinheiro é um dom de Deus, mas os dons de que você realmente precisa só podem ser achados em Deus..

Fonte: http://editorafiel.com.br/artigos_detalhes.php?id=364

sábado, 16 de julho de 2011

[Apologética] Heresias no meio evangélico

Por Alex Belmonte

"Há desde confissões que Deus morreu na cruz, á anjos que assumem o ministério do Espírito Santo".

O famoso pregador sobe ao púlpito. Faz uma excelente apresentação de sua pessoa, uma oração fervorosa e em seguida dá início á sua pregação. Vinte minutos depois, ele solta um grito com voz firme: “Deus vai enviar nesta noite o anjo do consolo, que estará ao seu lado 24 horas por dia. A partir de hoje, sua vida não será mais a mesma”. O povo vibrante se perde num tremendo barulho de glórias a Deus e “aleluias”, e línguas estranhas. Mas ninguém atentou para o cúmulo do absurdo teológico: Um anjo toma o papel do Espírito Santo na vida do crente, e passa a ser o canal de segurança nos momentos difíceis da jornada cristã.

É o que tem acontecido diariamente em nossos púlpitos pelo Brasil a fora. Pregadores dos mais diversos estilos, conferencistas que se dizem internacionais, cantores cuja inspiração passa longe da verdade bíblica. Um verdadeiro show de heresias dos mais importantes assuntos da Bíblia.

Em meio a tudo isso, os crentes fiéis à sã doutrina, perguntam: O que está acontecendo com nossos pregadores? Por que insistem em cometer tamanhos erros? Como os pastores e líderes devem evitar tal constrangimento?

Por que os crentes ainda aceitam esse tipo de golpe contra a Palavra de Deus e ainda pagam por isso?

Quero neste pequeno espaço lhe responder de forma sincera e coerente a todos estes questionamentos e compartilhar a realidade do que está acontecendo no universo evangélico.



O que é uma heresia? E quando ela é exposta?

Primeiro precisamos saber o que vem a ser uma heresia.

A palavra heresia está interligada á palavra seita. Ambas derivam da palavra grega “ háiresis”, que significa escolha, partido tomado, corrente de pensamento, divisão, escola etc. A palavra heresia é adaptação de “háiresis” . Quando passada para o latim, “háiresis” virou “secta”. Foi do latim que veio a palavra seita. Originalmente, a palavra não tinha sentido pejorativo. Quando o Cristianismo foi chamado de seita (At 24.5), não foi em sentido depreciativo. Os líderes judaicos viam os cristãos como mais um grupo, uma facção dentro do judaísmo. Com o tempo, “háiresis” também assumiu conotação negativa, como em 1ª Co 11.19; Gl. 5.20 e 1ª Pe. 1.1, 2.

Em termos teológicos, podemos dizer que seita refere-se a um grupo de pessoas e que heresia indica as doutrinas antibíblicas defendidas pelo grupo. Baseando-se nessa explicação, podemos dizer que um cristão imaturo pode estar ensinando alguma heresia sem, contudo, fazer parte de uma seita.

Não podemos também confundir heresia com erro de interpretação bíblica. Ou seja, uma heresia é tudo aquilo que venha ferir os Fundamentos da Palavra, a ortodoxia cristã. Erro de interpretação é quando um cristão, dedicado ao aprendizado bíblico, passa uma informação errada a respeito de determinado texto, podendo ele depois reconhecer seu erro e continuar na busca do saber.

Não podemos sair por aí “caçando as bruxas”, chamando todo mundo de herege por simples erros de entendimento teológico.

O que estamos trazendo aqui são questões de profunda seriedade doutrinária. Ensinos em propagação que atingem as bases da fé.



Onde estão essas heresias?

Elas surgem por meio de mensagens até mesmo de famosos pregadores e até em louvores, por falta de atenção aos ensinos da Bíblia. São frases de grave impacto espiritual, declarações conflitantes com a pura teologia e pensamentos expostos sem nenhuma base ou fundamento real. Verdadeiras metralhadoras de confusão doutrinária.



Mas afinal, que perigo essas heresias possuem?

No exemplo que mencionei no início do artigo, o mais grave perigo revela-se na exclusividade angelical transmitida pelo orador e no enfraquecimento da ação do Espírito Santo na vida do crente fiel. O tal “anjo do consolo” passa a ser exigido nas situações mais difíceis da jornada cristã, deixando de lado a verdade de que o nosso consolador é o Espírito Santo, É Ele que está na vida do crente e conhece todas as suas fraquezas e necessidades. O Espírito Santo orienta, fala, nos dá direção. “E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre. Mas aquele Consolador, o Espírito Santo a quem o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo quanto eu vos tenho dito”. (João14.16, 26).



Por que tais pregadores insistem em cometer tamanhos erros? E por que os crentes aceitam?

Muitos pregadores estudam a Bíblia, mas, não de forma sistemática, dando-a atenção merecida. Não se preocupam com o fundo teológico que está interligado com o pano de fundo cultural, social e doutrinário.

Quando então lêem algum versículo, tiram conclusões imaginárias criando, assim, uma grande contradição entre os ensinos da Palavra de Deus. A maioria dos cristãos aceitam tais absurdos, por não conhecerem de forma clara a seriedade dos efeitos espirituais que muitos falsos ensinos causaram. Os “pais da Igreja” muito sofreram para enfrentar as heresias primitivas que tentavam destruir as bases do cristianismo. Heresias essa que eram pregadas pelos próprios ministros cristãos.



Exemplos de heresias no meio evangélico

Nos louvores: Há um louvor que diz “eu fui no terreno do inimigo e eu tomei tudo que me roubou…Debaixo do meu pé… Satanás debaixo do meu pé”. Precisamos entender que, o que o Diabo tirou do homem, Cristo resgatou na cruz do calvário. E mais, ele não tem terreno e nós menos ainda, poder para tirar algo dele. Deus tem todo-poder. Satanás não está debaixo de nossos pés e sim ao derredor. Leia Rm 16.20.

Outro louvor diz: “No caminho do Golgota lá foi Deus..” O louvor afirma que Deus morreu!



As 10 heresias mais propagadas

Apenas dez das centenas de heresias e erros teológicos cometidos pelos não zelosos.

1. Deus vai colocar arcanjos e querubins para te proteger!

2. Nós salvos, seremos como Deus, eternos!

3. Cristo é vida!

4. A trindade? Três manifestações de Deus!

5. Deus morreu na cruz por você!

6. A Bíblia contém a Palavra de Deus.

7. Um dia todos nós morreremos!

8. O Espírito Santo é o fogo de Deus!

9. Oremos: …em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, amém.

10. Sai demônio! Pelo sangue de Jesus.



Refutando as heresias mencionadas

1. Esta frase fere a hierarquia angelical organizacional estabelecida por Deus. Querubins e “arcanjos” não foram separados para proteger o homem; O salmo 34.7 diz: “O anjo do Senhor acampa-se ao redor dos que o temem, e os livra”. O texto diz o anjo. Deus pôs os anjos em suas funções específicas e não podemos ignorar isso como se o céu fosse uma desordem.

2. Não seremos eternos, pois já somos imortais. Estaremos sim, na eternidade com Deus. Aleluia! É eterno o que não tem começo nem fim. Aquilo que é eterno é incriado. Somente Deus é eterno. Já o imortal é aquilo que tem começo, mas não tem fim. Tudo aquilo que é imortal é criado. O homem, ao nascer, é, portanto, uma simples criatura de Deus. É, porém, uma criatura especial, porque tem a possibilidade de se tornar filho de Deus.

3. João 14.6 diz “a vida”. Quando falamos que Cristo é vida estamos em acordo com o panteísmo que prega: A natureza é vida, o animal é vida, tudo é vida, Cristo é vida! Tudo é divino, tudo é Deus.

4. A trindade são três pessoas e não manifestações. Foi isso que tentou fazer Sabélio (180-250) um dos mais destacados hereges primitivos. Sabélio ensinava que havia uma única essência na divindade, contudo, rejeitava o conceito de três Pessoas em uma só essência. Afirmava que isso designaria um culto “triteísta”, isto é, de três deuses. A questão poderia ser resolvida, afirmava, pelo conceito de que Deus se apresentaria com diversas faces ou manifestações.

Fiz uma pesquisa em certa igreja local e descobri que 70% dos membros criam no ensino acerca da trindade, mas não sabiam explicar com clareza e ainda, cometiam erros.

5. Deus não morre e sim o homem. Por isso que Jesus foi Deus – homem. A sua morte revela sua condição humana. E Deus o ressuscitou. O sentido da palavra Deus na Bíblia é essência, substância e natureza divina.

6. Se você diz que a Bíblia contém a Palavra de Deus, está afirmando que outros livros como Alcorão, Princípio Divino (Moonismo), A Bhagavad Gita (Livro Hindu) e outros, contém também a Palavra de Deus. A Bíblia não contém a palavra de Deus, ela é a Palavra de Deus.

7. Se a Igreja for arrebatada, “num momento, num abrir e fechar de olhos, ao som da última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos serão ressuscitados incorruptíveis, e nós seremos transformados”. 1ª Co. 15.52. Os salvos que estão vivos não precisarão morrer para subir.

8. O Espírito Santo é Espirito Pessoal, ou seja, o fogo é símbolo do Espírito Santo, e não o próprio. Alías, tem muita gente tratando o Espírito Santo de forma manipulada.

9. Jesus mandou orar em seu nome: “e tudo quanto pedirdes EM MEU NOME, eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho. Se me pedirdes alguma coisa EM MEU NOME, eu a farei”. João 14.13,14

10. O sangue de Jesus não foi derramado para expulsar demônios e sim para remissão dos pecados. Mas Jesus disse: “em meu nome expulsarão demônios.” (Marcos 16.17)

Continuemos defendendo a fé no poder do Espírito!

Fonte: http://www.napec.net/2011/07/heresias-no-meio-evangelico/

[Esboço para pregação] A Renovação de Jacó - Gn 32.26-32

1. Um novo nome, não mais Jacó e sim Israel - Vs.27,28

2. Uma nova benção - vs.26,29

3. Um novo dia, nasceu-lhe o sol - v.31

4. Um novo sinal de lembrança - v.31

5. Uma nova forma de andar: Jacó manquejava - v.31

6. Um nova comunhão interior com seu irmão Esaú - Gn 33.4

Autor: Georg Brinke

quinta-feira, 14 de julho de 2011

[Esboço para pregação] Fé Viva - Gn 22

Em 2 Pe 1.1 o apóstolo diz que a fé é preciosa. Em Hb 11 lemos das grandes obras da fé que são mais preciosas que o ouro. 1 Pe 1.7

1. O sacrifício da fé, v.2: toma o teu filho - oferece-o em holocausto. Abraão estava pronto para colocar tudo que possuía sobre o altar. E nós, também estamos? - Rm 12.1-2; 15.3

2. A obediência da fé, v.3: Abraão levantou-se de madrugada. Hb 11.8; Jo 2.5

3. A esperança da fé, v5: Abraão disse: voltaremos. Hb 11.19. Abraão sabia que a promessa estava em Isaque. Gn 21.12

4. A fé, como de criança, na provisão de Deus. v.8.

5. A perseverança da fé, v.9: a fé, que na hora da provação falha, é incredulidade. Mc 4.40

6. A vitória da fé, v.12: Agora eu sei... O menino foi destinado, sacrificado e devolvido, por Deus, aio seu pai. Hb 11.17-19; Mc 9.23; 1 Jo 5.4

Autor: Georg Brinke

[Esboço para pregação] Confissões que resultaram em grande bênçãos

1. Abraão confessou: eu sou pó e cinza, Gn 18.27, e foi atendido.
2. Davi confessou que tinha nascido em pecado, Sl 32; 51.3-9. Seus pecados foram perdoados.
3. Jó disse: eu abomino-me: Jó 42.6, recebeu benção em dobro.
4. Isaías confessou: eu sou impuro, Is 6.5-7, foi purificado e colocado no serviço do Senhor.
5. Pedro falou: sou pecador, Lc 5.8, Jesus o chamou para ser pescador de homens, Lc 5.10.
6. O publicano suplicou: Deus sê propício a mim, pecador, Lc 18.13,14, e voltou justificado para sua casa.
7. O filho pródigo falou: eu não sou digno de ser chamado teu filho, Lc 15.21-23, seu retorno para a casa paterna foi uma grande festa.

Autor: Georg Brinke

[Esboço para pregação] Nós necessitamos de:

1. Pais em Cristo, como Abraão - Gn 18.19
2. Mães em Israel, como Ana - 1 Sm 1.27,28
3. Meninos, como o Senhor Jesus foi - Lc 2.51,52
4. Meninas, como a escrava de Naamã - 2 Rs 5.1-4
5. Irmãos, como Neemias e Hanani - Ne 7.2
6. Irmãs, como Maria e Marta - Lc 10.38-42
7. Homens de cargos elevados, como Daniel - Dn 6.5
8. Pregadores, como Paulo - 1 Co 2.1-5
9. Servos de Deus, como Barnabé - At 11.24
10. Pessoas generosas, como as de Beréia - At 17.11

Autor: Georg Brinke

terça-feira, 12 de julho de 2011

[Esboço para pregação] Sete anseios divinos em Gênesis 17

1. Farei uma aliança entre mim e ti - v.2
2. Multiplicar-te-ei extraordinariamente - v.2
3. Far-te-ei fecundo extraordinariamente - v.6
4. Farei de ti nações - v.6
5. Farei contigo aliança perpétua - v.7
6. Dar-te-ei a terra de Canaã - v.8
7. Serei teu Deus - v.8

Autor: Georg Brinke

segunda-feira, 11 de julho de 2011

[Esboço para pregação] Quarenta dias...

1. Durou o juízo do dilúvio - Gn 7.17
2. Permaneceu Moisés diante de Deus no monte - Êx 24.18
3. Suplicou Moisés a Deus, por seu povo - Dt 9.25
4. Procuraram os espias pela terra prometida de Canaã - Nm 13.25
5. Elias foi fortificado pelo alimento trazido por um anjo - 1 Rs 19.8
6. O Senhor foi tentado no deserto - Mc 1.13
7. Os discípulos tiveram comunhão com Jesus ressurreto - At 1.3

sábado, 9 de julho de 2011

[Esboços para pregação] Tristeza que leva a Deus

2 Coríntios 7.5-10
Leitura Complementar: Salmo 51.1-17

Olhando pela janela de meu escritório, enxergo, a uns cem metros de distância, um grupo de pés de eucalipto. São árvores altas e possantes. Mas, coisa esquisita, parecem ser umas árvores tristes. Os galhos mais finos parecem machucados e, em vez de apontarem para cima, como acontece num pé de eucalipto comum, eles pendem para baixo. Por muito tempo eu não sabia explicar o aspecto esquisito daquelas árvores tristes. Até que um dia o descobri. Verifiquei, numa manhã fria, que mais de uma dúzia de urubus estava pousando, de asas abertas, naqueles pés de eucalipto, fazendo os galhos inclinarem-se para baixo. Agora estava tudo claro. Estas árvores pareciam tristes por causa dos urubus que costumavam pousar nelas, fosse para secar as asas ao sol, ou fosse para esperar por carniça.

Quem pudesse espantar aqueles urubus, para que não voltassem mais àquelas árvores! Quem pudesse erguer os galhos daqueles pés de eucalipto! Sim, quem pudesse! Não acontece que também nós, tantas e tantas vezes, somos parecidos a estes eucaliptos tristes, com as aves negras da preocupação e da angústia pousando em nossas cabeças e em nossos corações! Quem poderá dizer de si que não sabe o que é tristeza? Quem poderá afirmar que não sabe o que é depressão? A própria palavra "de-pressão" parece confirmar que o exemplo das árvores tristes bem se aplica a nós. E uma pressão que nos deprime, que nos comprime o coração. É uma carga que pesa sobre nós, um peso que nos abate. Quase nunca o peso vem só de fora. O ser humano foi criado para suportar peso. A pior depressão é a que vem de dentro. Os piores urubus são os que têm o seu ninho nos próprios galhos da árvore, que lá vão criando filhotes e que já não se deixam mais afastar. A pior depressão é aquela que está aninhada no próprio coração das pessoas, que vai sendo alimentada pelos próprios pensamentos e pela própria imaginação.

Será que a tristeza é alguma coisa que Deus quer? Será que ela é necessária para nosso desenvolvimento espiritual? Ou será que ela é contrária à vontade de Deus, que é um veneno que nos intoxica e paralisa? O apóstolo Paulo diz em nossa passagem bíblica que há dois tipos de tristeza: a tristeza segundo Deus e a tristeza do mundo. Esta palavra do apóstolo nos pode ajudar muito na procura por uma resposta a nossa pergunta, resposta que não seja um simples palpite humano, mas que encerre realmente uma mensagem divina. Uma vez, o próprio apóstolo sabia por experiência pessoal o que era tristeza e angústia. Ele escreve em nossa passagem: "Nem alívio tivemos; em tudo fomos atribulados; lutas por fora, temores por dentro". Assim fala um homem que realmente está por dentro do assunto, que descreve o que ele sentiu na própria carne. Queremos escutar, pois, o que este servo de Jesus Cristo nos tem a dizer acerca de uma realidade que ele conhece tão bem.

Falemos primeiro da tristeza do mundo. Sãos os urubus pousando nos galhos dos eucaliptos. São as contrariedades que nos abatem, os desapontamentos que nos deprimem. Um jovem sonhou com uma profissão rendosa, profissão que dá "status", dá honra e destaque na sociedade e, de repente, ele se dá conta de que não conseguiu, nem vai conseguir passar no vestibular; que há poucas vagas e muitos candidatos. Ele entra em crise. Perde a coragem. Deixa de lutar. Retira-se da companhia de amigos e colegas. A revolta se aninha em seu coração, a mágoa o perturba. Ele chega a pensar em dar cabo da própria vida. Tristeza do mundo! O apóstolo diz que a tristeza do mundo traz a morte. E ele fala sério. Uma moça é abandonada pelo namorado que lhe prometera casamento. Ela é tomada por um sentimento de profunda tristeza. Sua vida parece vazia; já não sabe por quê continuar a viver. O seu "Eu" foi ferido bem no centro, e a tristeza a torna amargurada e irritada. Tem pena de si própria e, cheia de mágoa, seus pensamentos começam a girar em redor de si mesma. Tristeza do mundo! Um negociante faz uma jogada arriscada, comprando grande estoque de um produto, por esperar uma alta no preço. Mas o preço cai a níveis não imaginados, e o negociante perde muito dinheiro. Ele chega a passar as noites sem dormir, pensando, ansioso, no dinheiro perdido. Tristeza do mundo!

Acho que nós todos sabemos como é. É uma oportunidade perdida. É o amor próprio ferido. É o desprezo que sofremos por parte de outras pessoas. É a perda do respeito de nós mesmos. E é nestas oportunidades que a tristeza que se acha aninhada em nossos corações se apega à tristeza vinda de fora, e os pássaros negros vão se alojando em nossos pensamentos para ficar. Vão procriando, vão se multiplicando. A tristeza do mundo é uma coisa perigosa. Ela pode envenenar uma pessoa por dentro. Se não for combatida e vencida, levará à morte, como diz a apóstolo.

Há os que tentam afogar suas mágoas na bebida. Tentam escapar da realidade angustiante, procurando o esquecimento que o álcool traz consigo, ao menos por algumas horas. Mas o álcool é uma droga depressora, os médicos bem o sabem, e os viciados o sabem também. Depois de poucas horas de esquecimento e de euforia vem a depressão (o povo o chama de ressaca), e de vez em vez são necessárias doses maiores daquela droga traiçoeira para comprar um pouco de bem-estar, que depois se vai pagar com mais tristeza. O álcool e as outras drogas são o alimento predileto dos pássaros negros da inquietação e da angústia, que passam a pedir mais e mais, até levarem sua vítima à ruína.

Há outras maneiras de "afogar as mágoas", é claro. Há as distrações. Há a tentativa de engolir a tristeza, de fazer de conta de que não existe. Mas a palavra do apóstolo Paulo fica de pé: a tristeza do mundo existe, e ela leva à morte. Leva à morte, através do caminho da amargura e do desespero. O poeta português Guerra Junqueiro expressou esta amargura em uma poema, comparando a vida humana a ondas de esperança, que se quebram e requebram nas praias: "Maldita a vida, que promete e falta!", diz ele. E o poeta e escritor alemão Friedrich Nietzsche diz, em um poema: "Procuramos, perguntamos por respostas - até que nos tapam a boca com uma pá de terra. Mas será isso resposta?"

Talvez estejamos compreendendo agora a verdadeira natureza da tristeza do mundo. Ela faz o homem desesperar, fazendo-o crer que ele está sozinho. Crendo-se abandonado, ele passa a acusar as outras pessoas, a sociedade, as circunstâncias, o destino e, quem sabe, o próprio Deus. O homem parece achar-se dentro de uma prisão, numa cela solitária, onde ninguém o conforta. Ele se considera vítima. Tem pena de si mesmo. Seus pensamentos giram em redor de si mesmo, que nem cavalo de corrida, preso ao laço, que rodeia seu treinador.

E a tristeza segundo Deus? Será que é uma tristeza mais refinada, mais espiritual, mais filosófica? Nada disso! Pelo contrário: A tristeza segundo Deus pode ser violenta, pode arrancar uma pessoa de seus ideais filosóficos, pode desmascarar sua espiritualidade, sem lhe poupar o amor próprio, sem lhe poupar a tranquilidade. Poderá trazer sofrimentos físicos e espirituais. Você lá leu o livro de Jó, no Antigo Testamento? Leia-o e ficará sabendo o que poderá ser tristeza segundo Deus. Já leu a história da conversão de Paulo, autor das palavras que estamos interpretando? Leia Atos 9, e ficará sabendo o que é tristeza segundo Deus.

Saiba uma coisa importante: a diferença entre a tristeza do mundo e a tristeza segundo Deus é uma só. A tristeza do mundo deixa o homem sozinho. Sozinho, ele rói, rumina as próprias mágoas. Deus não entra no jogo dele. Ele não quer que Deus entre, porque não quer confessar a sua culpa. Não quer dar meia volta. Não quer converter-se. E na tristeza segundo Deus é justamente aquele milagre que acontece: Deus entra no jogo do homem. Ele não entra, dizendo: "Coitado, não fique triste, não há de ser nada". Ele chama: "Adão, onde estás?" Diz: "Saulo, Saulo, por que me persegues?" E então acontece uma coisa decisiva: ou o homem acha um jeito de se esconder de Deus, ou ele se dá por achado, com sua tristeza e tudo. Ele se converte, isso é, ele dá meia volta, lança-se nos braços de Deus, assim como o filho pródigo se lançou nos braços de seu pai. Você lembra a história: um rapaz gasta a herança paterna e, quando chega à miséria mais profunda, a fossa mesmo, aí acontece o milagre. Ele cai em si e volta ao pai, com seus trapos, sua fome, sua vergonha, sua tristeza e tudo. E o pai? Pois leia em Lucas 15 o que foi que o pai fez. Ele foi ao encontro dele, pôs um anel no seu dedo e lhe deu uma roupa nova. Mandou preparar uma festa, com churrasco, com música e tudo, porque tinha reencontrado o filho.

Assim, tristeza segundo Deus é amarga no começo, mas se torna doce depois. Bem ao contrário da tristeza do mundo. "Vós fostes contristados para arrependimento", escreve o apóstolo. E esta tristeza produziu nos corações dos cristãos de Corinto "arrependimento para a salvação", produziu zelo novo pelo evangelho, produziu amor pelos servidores de Jesus, sim, aconteceu que uma pessoa triste chegou a consolar outra triste. Paulo escreve que Deus consolou a ele e a Tito pela notícia que tiveram dos coríntios, de seu pranto, de sua saudade, ao ficarem sabendo que sua tristeza tinha sido tristeza conforme Deus. O apóstolo o sabia: é Deus quem conforta os abatidos.

E a sua tristeza, caro leitor, caro ouvinte? Será tristeza do mundo, ou será tristeza segundo Deus? Ouça uma coisa: permita neste momento que Deus entre naquele jogo; jogo que sem ele é perigoso e mortal. Volte-se com sua tristeza para ele, e verá que Deus já se acha voltado para você. E você verá que Deus será capaz de transformar tristeza de morte em júbilo. E mais uma coisa: você sabe que a arma poderosa contra os repetidos ataques de tristeza do mundo é o louvor a Deus? O louvor das profundidades? Louve a Deus, mesmo que seu coração não esteja disposto a louvar. Deus disporá o seu coração, e a tristeza perderá a vez.

Oremos: Senhor, eu clamo a ti das profundezas. Não consigo resolver os meu problemas. Não consigo vencer minha angústia a minha tristeza. Minha única esperança é que tu me estendas a mão e me salves de mim mesmo, de meus pensamentos negativos, de minha depressão e de meu medo. Senhor, eu creio que tu és maior que a minha tristeza. Louvado sejas por não me deixares só. Em nome de Jesus. Amém.

Autor: Lindolfo Weingärtner

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