terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Apologética - 15 RAZÕES PORQUE NAO POSSO SER TESTEMUNHA DE JEOVÁ

Os ensinamentos claros e cristalinos da Palavra de Deus não dão lugar a que se abrace as doutrinas dos Testemunhas de Jeová após um estudo bíblico completo. Os ensinamentos básicos dessa seita estão em conflito com as Escrituras. Quinze dos seus erros doutrinários excepcionais foram abaixo relacionados e constituem razões sólidas para que ninguém se filie aos Testemunhas se quiser continuar apegado a verdade divina.

1. OS TESTEMUNHAS DE JEOVÁ NEGAM A DIVINDADE ABSOLUTA E SINGULAR DE JESUS CRISTO. As Escrituras demonstram que o Senhor Jesus Cristo é Jeová.

Isaías 41:4, 44:6, e 48:12 declaram que o atributo de ser o "primeiro e último" pertence a Jeová somente. Apocalipse 1:7-8,11,17 e 22:13-14 apresentam Jesus Cristo com exatamente esse mesmo atributo, fazendo dEle, portanto, Jesus Cristo, o Jeová dessas passagens, e de todo o Velho Testamento.

Isaías 45:22-25 fala de uma adoração universal, que um dia toda a humanidade prestará a Jeová. Filipenses 2:9-11 aplica esta passagem de Isaías a Jesus Cristo.

Isaías 44:22-23 apresenta Jeová como Redentor. Efésios 1:7 estabelece Jesus Cristo como esse Redentor.

Em Isaías 45:24 e 54:17 Jeová é a nossa justiça. Em 1 Coríntios 1:30 Jesus Cristo é a nossa justiça.

Isaías 43:11 reserva a Jeová somente a obra da salvação do homem: "Fora de mim não há Salvador." Tito 2:13 ensina que Jesus Cristo é o Salvador, estabelecendo-O, portanto, como o Jeová de Isaías, capítulo 43.

O estudante honesto das Escrituras há de ler, estudar e comparar os versículos acima apresentados.

2. OS TESTEMUNHAS DE JEOVÁ ENSINAM QUE JESUS CRISTO É UM SER CRIADO - SIMPLESMENTE UM OUTRO DEUS.

Este erro doutrinário foi criado pelos Testemunhas de Jeová através de sua estúria Tradução "Novo Mundo". que apresenta João 1:1 da seguinte maneira: "E o verbo era um deus". Isaías nega este erro enfaticamente em 43:10, 44:6 e 45:5,12, e prova que sua tradução de João 1:1 é ilegítima. Quatro vezes Jeová declara a impossibilidade de haver "um outro deus" ou "um deus" além dEle mesmo. Qualquer estudante honesto das Escrituras deve reconhecer a exclusividade única de Jeová.

3. OS TESTEMUNHAS DE JEOVÁ NEGAM A PERSONALIDADE E DIVINDADE DO ESPÍRITO SANTO.

Das muitas referências bíblicas que demonstram que isto não é verdade, João 16:13-14 é a principal. Oito vezes o Senhor Jesus se refere ao Espírito Santo usando o pronome pessoal masculino "ELE". A palavra grega "ESPÍRITO" é neutra mas o pronome empregado não é neutro mas masculino. Cristo estava teologicamente certo nisto, reconhecendo a personalidade do Espírito. Se o Espírito Santo não fosse uma pessoa, o pronome neutro é que seria usado e a gramática da passagem ficaria intacta. Jesus Cristo, o Filho de Deus, JAMAIS COMETEU UM ERRO.

Até a própria tradução "Novo Mundo" dos Testemunhas reconhece a personalidade do Espírito na tradução desses dois versículos. A divindade do Espírito Santo está claramente demonstrada nas referências abaixo que o estudante honesto deve estudar com todo o cuidado: Atos 5:3-4, 1 Coríntios 3:16, 2 Coríntios 13:14. Em 1 Coríntios 12:4-6 o Espírito Santo é chamado de Senhor, v. 5, e Deus, v. 6. Ao colocar Isaías 6:8-10 junto a Atos 28:25-27, toma-se evidente que o Deus de Isaías 6 é o Espírito Santo.

4. OS TESTEMUNHAS DE JEOVÁ NEGAM A DOUTRINA BÍBLICA DA TRINDADE.

Embora a verdade da Trindade seja considerada divertida pelos Testemunhas, ela não obstante constitui parte da revelação de Deus. O estudante da Bíblia descobre que há uma Pessoa nas Escrituras, conhecida como Pai, que é Deus, Efésios 1:2. Há uma outra Pessoa nas Escrituras, chamada de Filho, Jesus Cristo, e que é Deus, Tito 2:13. Há ainda uma outra Pessoa chamada de Espírito Santo, que é Deus também, Atos 5:3-4. A palavra grega theos, "Deus". foi usada em relação a todas essas três Pessoas, concedendo assim a mesma divindade a cada uma delas. O estudante cuidadoso também nota o fato da Trindade em, Isaías 48:17, 28:19, 2 Coríntios 13:14. A conclusão é simplesmente que há um só Deus manifesto nas três Pessoas conhecidas como Pai, Filho e Espírito Santo e, considerando que cada uma dessas Pessoas é Deus, elas são iguais.

5. OS TESTEMUNHAS DE JEOVÁ NEGAM A RESSURREIÇÀO FÍSICA E CORPORAL DE JESUS CRISTO.

A sua falsa doutrina declara: "O homem Jesus está morto, só o Seu espírito ressuscitou." O testemunho de Jesus Cristo é completamente diferente, Lucas 24:36-45. Mesmo um exame superficial do v. 39 desfaz qualquer dúvida referente à ressurreição corpórea. Tomé encontrou-se com o Cristo fisicamente ressuscitado, João 20:24-29, como também os outros discípulos que comeram peixe com Ele, João 21:12-14. Paulo testifica a ressurreição física de Jesus Cristo em 1 Coríntios 15:3-19. Os guardas junto à sepultura. os principais dos sacerdotes e o Sinédrio jamais teriam ficados, em Mateus 28:11,15, se "apenas o Seu espírito ressuscitasse".

6. OS TESTEMUNHAS DE JEOVÁ NEGAM A VOLTA FÍSICA E VISÍVEL DE JESUS CRISTO.

Eles dizem: "Não devemos esperar que Ele torne a voltar como um ser humano". A volta fica mais adequadamente traduzida por presença e se refere à presença invisível do Senhor. Contrastando com isso, o estudante da Bíblia descobre que a verdade é que JESUS CRISTO VAI VOLTAR novamente, física e literalmente. Em Apocalipse 1:7, "todo o olho o verá". Em 1 Tessalonicenses 4:16-17, "o Senhor mesmo...descerá dos céus" E em Atos 1:10-11, "assim virá do modo como o vistes subir". O testemunho dessas passagens é irrefutável.

7. OS TESTEMUNHAS DE JEOVÁ NEGAM A PRESENÇA DO CRENTE COM CRISTO APÓS A MORTE.

De acordo com 2 Coríntios 5:8, Filipenses 1:21-24 e Lucas 16:20-22, o crente, imediatamente após a morte, passa para a presença de Cristo. O corpo fica no solo, João 11:11-14, aguardando a ressurreição, 1 Coríntios 15:20-23, enquanto a alma e o espírito, agora separados do corpo, Tiago 2:16, entram no céu.

8. OS TESTEMUNHAS DE JEOVÁ REPROVAM A ESPERANÇA QUE O CRENTE TEM DE IR PARA O CÉU.

João 14:1-3, Filipenses 3:20-21, 1 Pedro 1:3-5 e Apocalipse 3:12 são apenas algumas das muitas passagens bíblicas que falam da "esperança viva" de estar com Cristo para sempre.

9. OS TESTEMUNHAS DE JEOVÁ NEGAM A REALIDADE E ETERNIDADE DO CASTIGO FUTURO.

As Escrituras falam da realidade do inferno. O Senhor Jesus Cristo falou mais do inferno do que do céu e nos informou que o inferno é uma fornalha de fogo, Mateus 13:49-50, um lugar preparado para Satanás e os seus emissários, Mateus 25:41, de fogo que não se extingue, Marcos 9:42-48. Além disso, Ele insistiu no fato do inferno ser eterno. A palavra grega aionios, que traduz "aquilo que não tem fim". e que foi usada para descrever a vida eterna mencionada em João 3:16, e a eternidade de Deus em Romanos 16:26, foi deliberadamente usada por Cristo para descrever a duração do inferno, Mateus 18:8, e por João, em Apocalipse 14:11. Aionios não tem um significado duplo. Se ela quer dizer que Deus é eterno e a vida que o crente recebe é eterna, então deve significar que o inferno também é eterno.

10. OS TESTEMUNHAS DE JEOVÁ NEGAM A SALVAÇÃO PERFEITA DA CRUZ DE CRISTO.

Sem qualquer justificativa bíblica, os Testemunhas ensinam que o Milênio, os mil anos do reino de Cristo na terra, proporcionará a toda a humanidade, desde Adão em adiante, que ressuscitará, uma oportunidade, sob condições favoráveis, de receber a salvação eterna. Onde encontrar um único versículo bíblico que apoie tal coisa? O Senhor Jesus Cristo comprou nossa salvação na Cruz, Romanos 3:21-26, e resta ao homem crer e ser salvo, Efésios 2:8-9 e Atos 16:30-31. A salvação é totalmente a parte de qualquer esforço humano, Romanos 3:27-28.

11. OS TESTEMUNHAS DE JEOVÁ NEGAM O PATRIOTISMO E A CONTINÊNCIA À BANDEIRA.

As Escrituras ordenam aos crentes a serem cidadãos leais. O estudante cuidadoso verá isto em Romanos 13:1-7, 1 Pedro 2:13-15 e Mateus 22:21.

12. OS TESTEMUNHAS DE JEOVÁ ESTÃO CONFUSOS QUANTO AOS 144.000.

Através de boas obras e esforço sincero um Testemunha de Jeová tem esperança de se tornar um membro do grupo dos 144.000. Nos dois capítulos em que foram mencionados os 144.000, Apocalipse 7 e 14, o estudante das Escrituras nota que os 144.000 são, realmente; Judeus das tribos, sem gentios entre eles, 7:4-8, são todos homens, 14:4, servirão durante a Grande Tribulação, 14:6-13, e não receberão a sua posição mediante obras mas serão designados por Deus, 7:3. Por mais que se force a imaginação. nenhuma interpretação bíblica aceitável pode garantir a essa seita gentia posição entre os 144.000.

13. OS TESTEMUNHAS DE JEOVÁ USAM UMA TRADUÇÃO DETURPADA DA BÍBLIA.

A Tradução "Novo Mundo" das Escrituras Gregas Cristãs é uma tradução desajeitada do Novo Testamento, que não tem nenhuma reputação entre os mestres do grego. A tradução foi alterada para se encaixar na heresia. Por exemplo. a palavra allos. "outro". não aparece no texto grego de Colossenses 1:16-17, mas foi inserida quatro vezes em sua tradução para que Cristo apareça ser parte da criação e, desse modo, se encaixe em sua doutrina que afirma ser Ele um filho criado, um outro deus. "….porque por meio dEle todas as coisas foram criadas". Esta e dezenas de outras passagens tornam a tradução "Novo Mundo" em uma caricatura da Palavra de Deus.

14. OS TESTEMUNHAS DE JEOVÁ TEM UM SISTEMA DOUTRINÁRIO QUE SE BASEIA NAS INTERPRETAÇÕES DE CHARLES TAZE RUSSEL.

Em 1874. um camiseiro do Brooklyn, chamado Charles Taze Russel, anunciou que era dono da verdade. Em suas muitas obras Russel "não deixou quase nenhuma grande verdade ou doutrina fundamental não tocada com suas conclusões heréticas e injustificadas". Dr. Win. E. Biederwolf. Conforme um cuidadoso estudo pode revelar, as obras de Russel servem de base fundamental para a estrutura dos Testemunhas de Jeová. Atualmente os Testemunhas de Jeová estão seguindo as conclusões falidas de um patife que se divorciou de sua esposa, teve problemas com os tribunais e que enganou seus seguidores vendendo-lhes "trigo milagroso" a preço exorbitante, o qual ele proclamava que produzia 15 vezes mais do que o trigo comum.

15. OS TESTEMUNHAS DE JEOVÁ NEGLIGENCIAM A VASTA ÁREA DE VERDADES BÍBLICAS.

Uma análise cuidadosa dos diversos livros, panfletos, e revistas editados pela Torre de Vigia revela que apenas uma pequena porcentagem Bíblica foi por eles usada. Eles não citam mais de 7% das Escrituras, deixando o restante da Palavra de Deus não mencionada.



Autor: Robert Mignard
Fonte: www.obreiroaprovado.com

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Apologética - 10 RAZÕES BÍBLICAS PORQUE NÃO POSSO SER MÓRMON

1. O Mormonismo não ensina que a Bíblia é a infalível Palavra de Deus.

"Cremos que a Bíblia é a Palavra de Deus até onde for traduzida corretamente: cremos que o livro de Mórmon também é a palavra de Deus," (Declaração de fé, artigo n° 8).

Na qualidade de crentes que somos cremos que as Sagradas Escrituras do Velho e do Novo Testamentos são a Palavra de Deus verbalmente inspirada, a autoridade final para nossa fé e vida, sem erros no original, infalível e inspirada por Deus. II Tim. 3:16-17; II Pedro. 1:20-21; Mat. 5:18.

2. O Mormonismo ensina que Deus é um homem glorificado e que tem um corpo físico.

"Deus mesmo já foi como nós somos agora e é um homem glorificado," (Doutrinas do Profeta Joseph Smith, página 345). "O Pai tem um corpo de carne e osso tão tangível quanto o dos homens…" (Dot. e Cov, Seç. 131:22).

A Bíblia diz: "Deus não é homem," Núm. 23:19. "Deus é Espírito; e importa que os que adoram o adorem em espírito e em verdade," João 4:24. "…um espírito não tem carne nem ossos…," Luc. 24:39.

3. O Mormonismo ensina que Cristo e o Diabo são irmãos.

"…que Lúcifer, o filho da alva, é nosso irmão mais velho e o irmão de Jesus Cristo," (Doutrina Mórmon por Bruce McConkie, páginas 163-164).

A Bíblia diz que o diabo é um ser criado por Deus. "Perfeito eras (o diabo) nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado, até que se achou iniquidade em ti," Ezequiel. 28:15. "Porque nele (Cristo) foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades. Tudo foi criado por ele e para ele," Col. 1:16.

4. O Mormonismo ensina que Jesus Cristo era casado e polígamo.

"Cremos que o casamento em Caná da Galiléia foi o de Jesus Cristo," (Jornal de Discurso, Vol. 2, página 80). O Mormonismo ensina que Jesus foi o filho natural de Adão e Maria. "Quando a Virgem Maria concebeu o Menino Jesus…Ela não foi gerado pelo Espírito Santo. E quem é o seu pai? Ele é o primeiro na família humana," (Brigham Young, Jornal de Discursos, páginas 50-51).

A Bíblia diz: "No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós…," João 1:1, 14. "E disse Maria ao anjo: Como se fará isto, visto que não conheço homem algum? E, respondeu o anjo, disse-lhe: Descerá sobre ti o Espírito Santo…," Luc. 1:34-35.

5. O Mormonismo ensina que a verdadeira igreja deixou de existir até que foi restaurada por Joseph Smith.

A igreja (SUD) foi restaurada em 6 de abril de 1830 por Joseph Smith, (Dot. e Cov. 20:1).

Jesus Cristo disse: "…sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela," Mat. 16:18. "Porque ninguém pode pôr outro fundamento, além do que está posto, o qual é Jesus Cristo," I Cor. 3:11. "Edificados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, de que Jesus Cristo é a principal pedra da esquina." Efés. 2:20.

6. O Mormonismo ensina outro evangelho (pervertido) e não aquele da Bíblia.

O evangelho do Mormonismo é: "A fé, o arrependimento, o batismo, o recebimento do Espírito Santo pela imposição das mãos, a moralidade, a lealdade, o dízimo, a palavra da sabedoria, o dever, o casamento celestial (por toda a eternidade)," (Tratado dos SUD sobre o LIVRE ARBÍTRIO e DECLARAO de FÉ, artigo n° 4).

A Bíblia diz: "Também vos notifico, irmãos, o evangelho que vos tenho anunciado…que Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras, e que foi sepultado, e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras," I Cor. 15:1-4. "Assim, como já vo-lo dissemos, e agora de novo também vo-lo digo. Se alguém vos anunciar outro evangelho além do que já recebestes, seja anátema," Gál. 1:9.

7. O Mormonismo ensina a salvação dos mortos através do batismo por procuração.

Esta doutrina se baseia numa só passagem das Escrituras mal-interpretada: "Doutra maneira, que farão os que se batizam por causa dos mortos, se absolutamente os mortos não ressuscitam? Por que se batizam eles então pelos mortos?" I Cor. 15:29.

Paulo não praticava o batismo pelos mortos. Ele se excluiu usando o pronome "eles" e não "nós" ou "vós". Ele está fazendo uma pergunta e não uma declaração. "E, assim como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois disso o juízo…," Heb. 9:27.

8. O Mormonismo ensina a investigação genealógica dos mortos.

"Vamos, portanto, na qualidade de igreja e povo, como Santos dos Últimos Dias, fazer ao Senhor uma oferta de justiça; vamos apresentar no Seu santo templo, quando terminado, um livro contendo o registro de nossos mortos, que será digno de toda aceitação," (Dot. e Cov, Seç. 128:24).

A Bíblia diz: "Nem se dêem a fábulas ou a genealogias intermináveis," I Tim. 1:4. "Mas não entres em questões loucas, genealogias e contendas," Tito 3:9.

9. O Mormonismo ensina que existem profetas modernos e revelações divinas atualizadas.

O mormonismo reivindica que Joseph Smith recebeu o Sacerdócio Araônico de João Batista. O Sacerdócio de Melquisedeque e o Apostolado foram restaurados por Pedro, Tiago e João logo após em 1829, (Dot. e Cov, Seç. 13).

A Bíblia diz: "Havendo Deus antigamente falado muitas vezes…nestes últimos dias pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de tudo, por quem fez também o mundo," Heb. 1:1-2. Encontramos em Deut. 18:20 e 22 o método bíblico para testar um profeta.

10. O Mormonismo ensina que a salvação depende de boas obras e da aceitação de Joseph Smith.

"Nenhum homem que rejeita o testemunho de Joseph Smith pode entrar no reino de Deus," (Doutrinas da Salvação, vol. I, página 190). "Os homens tem uma obra a realizar para obter a salvação," (Doutrinas da Salvação, vol. III, página 91).

A Bíblia ensina que a salvação é somente através de Jesus Cristo. "E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos," Atos 4:12. "Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie," Efés. 2:8-9.


Autor: Pastor David Zuhars
Fonte: www.obreiroaprovado.com

sábado, 4 de dezembro de 2010

Apologética - 10 PERGUNTAS AOS EVOLUCIONISTAS

1. Quando o "Big Bang" (or "big bunk"!) [isto é, "grande baboseira"!] supostamente começou o universo - o que foi que explodiu? Donde veio o primeiro pedaço de matéria, se não de Deus? Donde veio a energia que causou a explosão? Donde veio o espaço para dentro do qual a explosão se expandiu?

2. De que maneira pernas evoluíram para asas sem evoluir primeiramente para [alguma coisa] parcialmente perna, parcialmente asa? Tal [aleijão] seria inferior, para se locomover, a qualquer uma das duas [alternativas de membros] totalmente desenvolvidas. Aquela [forma transitória] não tornaria a extinção mais provável [que tudo], pelo fato de esta criatura ter mais dificuldade em buscar comida e em fugir de predadores? (A mesma pergunta pode ser feita para escamas e penas, ou guelras e pulmões, e outros órgãos).

3. O que evoluiu primeiro: as plantas, ou os insetos que as polinizam?

4. O que veio primeiro: a mensagem do DNA, ou o [seu] portador que é o RNA, ou a proteína, uma vez que a produção de cada um deles requer que os outros dois já estejam presentes?

5. Para que a ameba sequer se incomodaria de evoluir para criaturas "mais avançadas" tais como o dodô e os dinossauros, uma vez que estas vieram a ser extintas, enquanto que a ameba ainda está por ai?

6. De que forma a vida aprendeu a se auto reproduzir, ou, ao menos, saber que havia esta necessidade?

7. Com quem cruzou a primeira célula capaz de se reproduzir?

8. Por qual motivo algo se reproduziria naturalmente, uma vez que, com isto, apenas criaria disputa por comida, por espaço ambiental e por recursos, e uma necessidade de prover e trabalhar em benefício deles [os seus descendentes]?

9. O que surgiu primeiro: o sistema digestivo; a comida a ser digerida; o conhecimento da necessidade de alimento; a habilidade de achar alimento; o saber o que é alimento, o que consumir e de que forma consumir; os sucos gástricos; ou a habilidade do corpo em não ser destruído pelos mesmos ácidos que digerem o seu alimento?

10. Como as baleias sabem nascer propositadamente "emborcados" [estando também na posição "cauda primeiro", sendo ejetadas velozmente, e nadando celeremente para a superfície, bem próxima] para não serem afogadas durante o parto? Mamíferos nascem na posição "cabeça primeiro" [e "desemborcados"] (exceto em abortos de partos parciais, onde os bebês são virados ao contrário [pelo "médico"], com a finalidade de poderem ser assassinados ao terem os seus cérebros sugados por máquina aspiradora). Por acaso todas as baleias bebês se afogaram até a evolução descobrir que baleias não podiam nascer da mesma forma que os demais mamíferos? Lembre, elas teriam menos do que uma geração para fazer a devida correção evolutiva, pois uma geração de baleias afogadas teria causado a extinção da espécie.

*** Estas [perguntas] deveriam ser um desafio para a maioria dos evolucionistas que em geral não conseguem explicar "quem veio primeiro: o ovo ou a galinha?"



Autor: Teno Groppi
Tradução e explicações adicionais [entre colchetes] de Waldemar Janzen http://www.origemedestino.org.br/ "Origem e Destino", jun.2001
Fonte: www.obreiroaprovado.com

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Práticas Devocionais - PRÁTICA DA ALEGRIA

A prática da alegria é a arte de oferecer resistência à tristeza por meio do gozo proporcionado pela presença de Deus na vida daquele que o busca honesta e continuamente. Depende da descoberta e exploração das muitas e variadas minas de alegria que estão à margem do caminho em direção à vida eterna.

A alegria não é só uma opção de vida. É uma ordem de Deus ao seu povo. Em Cristo, é uma aberração não ser alegre. É um mau testemunho. É uma contra-evangelização. É uma falta de coerência. O mandamento da alegria está espalhado nas Escrituras Sagradas: nos livros da lei (Dt 16.11), nos Salmos (Sl 32.11), nos profetas (Zc 9-9), nos Evangelhos (Lc 10.20), nas Epístolas (Fp 4.4) e no Apocalipse (Ap 19.7).

A Bíblia ensina uma alegria teimosa, aparentemente arrogante, não-científica, baseada na fé, e não na instabilidade das circunstâncias de tempo e lugar, comprometida mais com a saúde da alma do que com o bem-estar físico. Esse tipo resistente e durável de alegria pode ser visto na famosa oração de Habacuque; "Embora as figueiras tenham sido totalmente destruídas e não haja flores nem frutos; embora as colheitas de azeitonas sejam um fracasso e os campos estejam imprestáveis; embora os rebanhos morram pêlos pastos e os currais estejam vazios, eu me alegrarei no Senhor! Ficarei muito feliz no Deus da minha salvação!" (Hc 3.17, 18, BV.)

É importante lembrar que Paulo estava em um cárcere quando escreveu a Epístola aos Filipenses, na qual enfatiza a prática da alegria: "Alegrai-vos sempre no Senhor; outra vez digo, alegrai-vos" (Fp 4.4). Nessa mesma carta, o apóstolo declara ter aprendido a viver contente em toda e qualquer situação; "Tanto de fartura, como de fome; assim de abundância, como de escassez; tudo posso naquele que me fortalece" (Fp 4.12-13).

GRITOS DE ALEGRIA

A Bíblia descreve o regozijo do povo de Deus no correr dos anos e não economiza palavras para mencionar a intensidade e a qualidade dessa alegria.

Fala-se em grande alegria (Lc 24.52; At 8.8; Fm 7), em alegria completa (Jo 16.24; l Jo 1.4; 2 Jo 12), em abundância de alegria (2 Co 8.2), em alegria transbordante (Mt 13.44; At 13.52), em plenitude de alegria (Sl 16.11), em alegria indizível (l Pe 1.8), em alegria eterna (Is 35.10) ou perpétua alegria (Is 51.11), em alegria em extremo (Jn 4.6) e até em gritos de alegria (Sl 42.4). As vozes da alegria provocada pela restauração e dedicação dos muros de Jerusalém na época de Esdras e Neemias foram ouvidas a uma grande distância (Ne 12.43). Salomão descreve a alegria do coração como um banquete contínuo (Pv 15.15). E Jesus faz questão de dizer que a alegria provocada por sua ressurreição seria permanente: "A vossa alegria ninguém poderá tirar" (Jo 16.22).

A alegria propicia o louvor: "Está alguém alegre? Cante louvores" (Tg 5.13). O salmo 42 lembra com saudades da multidão em festa por ocasião das procissões à casa de Deus, "entre gritos de alegria e louvor" (w. 4, 5). O povo comemorou a renovação da aliança na época do sacerdote Joiada "com alegria e com canto, segundo a instituição de Davi" (2 Cr 23.18). É muito difícil separar a alegria do louvor, o louvor da música e a música da expressão corporal (dança): "Louvai-o [a Deus] ao som da trombeta; louvai-o com saltério e com harpa, louvai-o com adufes e danças; louvai-o com instrumentos de corda e com flautas, louvai-o com címbalos sonoros; louvai-o com címbalos retumbantes" (Sl 150.3-5). Momentos de intensa alegria foram descarregados na música e na dança: por Miriã, logo depois da travessia do mar Vermelho (Êx 15.20-21); pela filha de Jefté, logo depois da vitória do pai sobre os filhos de Amom (Jz 11.34); e por Davi, logo depois da recuperação da arca do Senhor (2 Sm 6.14-15).

A FONTE PRIMEIRA

Na verdade, a maior fonte de alegria é a presença de Deus na vida diária do homem: "Na tua presença há plenitude de alegria, na tua destra delícias perpetuamente" (Sl 16.11). Daí a oração de Moisés: "Sacia-nos de manhã com a tua benignidade, para que cantemos de júbilo e nos alegremos todos os nossos dias" (Sl 90.14).

Davi e Salomão, pai e filho, confirmam essa verdade. Porque pecou e se retirou da presença de Deus, Davi perdeu a alegria, que lhe era uma experiência comum. É por essa razão que ele pede duas vezes no famoso salmo de confissão e arrependimento o retorno desse estado de espírito: "Faze-me ouvir júbilo e alegria, para que exultem os ossos que esmagaste" e "Restitui-me a alegria da tua salvação" (Sl 51.8, 12). Já Salomão, seu filho, se distanciou de Deus por causa de suas mulheres estrangeiras (l Rs 11.1-8) e peregrinou atrás de alegrias duvidosas e efêmeras, entregando-se sem reserva a todos os seus desejos (Ec 2.10), tendo chegado por fim à feliz conclusão de que, separado de Deus, "quem pode alegrar-se?" (Ec 2.25.)

Essa lição foi duramente aprendida tanto por Davi como por Salomão. O primeiro confessou: "O Senhor, tenho-o sempre à minha presença" (Sl 16.8). O segundo escreveu um dos apelos mais convincentes e bonitos das Escrituras contra a frustração e o tédio e a favor da colocação de Deus na linha de frente do pensamento humano: "Lembra-te do teu Criador nos dias da tua mocidade, antes que venham os maus dias, e cheguem os anos dos quais dirás: Não tenho neles prazer" (Ec 12.1).

Quando se fala em alegria na Bíblia, repetidas vezes refere-se à alegria no Senhor. Vejam-se os salmos de Davi (9-2; 32.11; 63.11). a oração de Habacuque (He 3.18) e a Epístola de Paulo aos Filipenses (Fp 4.4).

MINAS DE ALEGRIA

A alegria não é tão difícil quanto os pessimistas pensam Ela é provocada por coisas simples sempre relacionadas com a pessoa de Deus. Basta lembrar que a alegria é fruto do Espírito (Gl 5.22), consequência inevitável para quem está em Cristo e anda no Espírito, e não na carne. Essa verdade é reforçada por mais este texto: "Vocês receberam a mensagem com aquela alegria que vem do Espírito Santo, embora tenham sofrido muito" (l Ts 1.6, BLH).

Outra fonte de alegria é a segurança do perdão e da salvação: "Alegrai-vos, não porque os espíritos se vos submetem, e, sim, porque os vossos nomes estão arrolados nos céus" (Lc 10.20).

Todas as vezes que Deus se manifesta e aviva a sua obra no decorrer dos anos e a faz conhecida (He 3.2), há muita alegria: "Quando o Senhor restaurar a sorte do seu povo, então exultará Jacó, e Israel se alegrará" (Sl 14.7; 53.6). Talvez seja uma das mais poderosas fontes de alegria do povo de Deus (2 Cr 15.15; 29.36; 30.23-27; Ed 6.22; Ne 12.43). O crescimento quantitativo e qualitativo da igreja primitiva foi celebrado com muita alegria (At 15.3), justificando o provérbio de Salomão: "Quando se multiplicam os justos o povo se alegra, quando, porém, domina o perverso, o povo suspira" (Pv29.2).

O fruto do penoso trabalho também é fonte de alegria, até para Jesus: "Ele verá o fruto do penoso trabalho de sua alma, e ficará satisfeito" (Is 53.11). Paulo correu risco de vida em Tessalônica (At 17.1-10), mas muito se alegrou com os resultados de seu trabalho naquela cidade e escreveu aos tessalonicenses: "Vós sois realmente a nossa glória e a nossa alegria!" (l Ts 2.20.) Na pequena epístola dirigida a Gaio, João se abre: "Não tenho maior alegria do que esta, a de ou¬vir que meus filhos [na fé] andam na verdade" (3 Jo 4).

As promessas de Deus são outra verdadeira fonte de alegria: "Alegro-me nas tuas promessas, como quem acha grandes despojos" (Sl 119.162). A esperança produz alegria antecipada e diminui sensivelmente o impacto da dor, como aconteceu com Paulo: "Para mim tenho por certo que os sofrimentos do tempo presente não são para comparar com a glória por vir a ser revelada em nós" (Rm 8.18). Os heróis da fé listados na Epístola aos Hebreus não obtiveram em vida a concretização da promessa, mas viveram debaixo da alegria e do entusiasmo daquilo que Deus prometeu fazer a seu tempo (Hb 11.39, 40). Entre Zacarias e o nascimento de Jesus, há pelo menos cinco séculos, mas o profeta anunciou à sua geração: "Alegra-te muito, ó filha de Sião; exulta, ó filha de Jerusalém: eis aí te vem o teu Rei, justo e salvador, humilde, montado em jumento, num jumentinho, cria de jumenta" (Zc9-9).

Enquanto entre os secularizados a alegria depende do ter, e não do ser, de receber, e não de dar, entre os cristãos um dos segredos da alegria é a ordem inversa: "Mais bem-aventurado é dar que receber" (At 20.35). Essa palavra atribuída a Jesus é comprovada na experiência do povo de Deus tanto na época da construção do primeiro templo (l Cr 29.9) como na época da restauração da casa do Senhor, cerca de 150 anos depois (2 Cr 24.10). Em ambos os textos, se lê que o povo se alegrou por ter dado liberalmente a sua contribuição voluntária.

TEMPOS DE ALEGRIA

Por causa do pecado, por causa da depravação humana, por causa da ordem política e social injusta, por causa da incredulidade, por causa da atuação satânica, por causa do orgulho humano, por causa da fome e da miséria, por causa da enfermidade e da morte, por causa da rejeição do evangelho e por causa dos erros cometidos pela liderança civil e religiosa — nem todo tempo é tempo de alegria. A Bíblia ressalta esta verdade: "[Há] tempo de chorar, e tempo de rir; tempo de prantear, e tempo de saltar de alegria" (Ec 3.4).

O próprio Jesus, a fonte de toda a alegria, teve momentos de tristeza. Ele chegou a chorar ao ver Maria, irmã de Lázaro, em prantos por causa da morte do irmão (Jo 11.33-35). Chorou outra vez, na entrada triunfal em Jerusalém, ao ver, do alto do Monte das Oliveiras, a cidade impenitente e marcada para a completa ruína (Lc 19.41-44). A sua maior tristeza, porém, foi no jardim do Getsêmani, quando buscou a simpatia de Pedro, Tiago e João: "A minha alma está profundamente triste até à morte; ficai aqui e vigiai comigo" (Mt 26.38).

Em certas situações muito especiais, a tristeza torna-se virtude e a alegria torna-se pecado. Paulo se mostra virtuoso ao se preocupar com a incredulidade dos judeus, a despeito de todas as prerrogativas do povo eleito, seus irmãos e compatriotas segundo a carne: "Tenho grande tristeza e incessante dor no coração" (Rm 9.1-5). Jó também se mostra virtuoso porque não se alegrou com a desgraça daquele que lhe devotava ódio (Jó 31.29). Aliás, está escrito que "o que se alegra da calamidade não ficará impune" (Pv 17.5). Existem o "Alegra-te" (Zc 9.9) e o "Não te alegres" (Os 9.1). O "alegra-te" é para as coisas que Deus faz (Sl 118.24), e o "não te alegres" é para as coisas que o homem faz de errado (Tg 4.9). A tristeza tem de ser bem dosada. Tem de ser passageira. Tem de ser usada por Deus para provocar humildade, arre-pendimento e mudança de comportamento (2 Co 7.10). Tem de ser resolvida pela consolação das Escrituras (Rm 15.4) e pela consolação do Espírito (Jo 14.16). Tem de ser amenizada pela esperança cristã (l Ts 4.18). Tem de ser sucedida pela alegria, como se preconiza neste salmo: "Ao anoitecer pode vir o choro, mas a alegria vem pela manhã" (Sl 30.5). Tem de ser positiva como as dores da mulher que está para dar à luz, prontamente aliviadas ao nascer a criança (Jo 16.21-22). Tem de ser vencida e subjugada pela alegria do Senhor. Para tanto, é necessário recorrer a Deus: "Alegra-nos por tantos dias quantos nos tens afligido, por tantos anos quantos suportamos a adversidade" (Sl 90.15).


Autor: Elben M. L. Cesar

Práticas Devocionais - PRÁTICA DA ORAÇÃO

A prática da alegria é a arte de oferecer resistência à tristeza por meio do gozo proporcionado pela presença de Deus na vida daquele que o busca honesta e continuamente. Depende da descoberta e exploração das muitas e variadas minas de alegria que estão à margem do caminho em direção à vida eterna.


A alegria não é só uma opção de vida. É uma ordem de Deus ao seu povo. Em Cristo, é uma aberração não ser alegre. É um mau testemunho. É uma contra-evangelização. É uma falta de coerência. O mandamento da alegria está espalhado nas Escrituras Sagradas: nos livros da lei (Dt 16.11), nos Salmos (Si 32.11), nos profetas (Zc 9-9), nos Evangelhos (Lc 10.20), nas Epístolas (Fp 4.4) e no Apocalipse (Ap 19.7).

A Bíblia ensina uma alegria teimosa, aparentemente ar¬rogante, não-científica, baseada na fé, e não na instabilida¬de das circunstâncias de tempo e lugar, comprometida mais com a saúde da alma do que com o bem-estar físico. Esse tipo resistente e durável de alegria pode ser visto na famosa oração de Habacuque; "Embora as figueiras tenham sido totalmente destruídas e não haja flores nem frutos; embora as colheitas de azeitonas sejam um fracasso e os campos estejam imprestáveis; embora os rebanhos morram pêlos pastos e os currais estejam vazios, eu me alegrarei no Senhor! Ficarei muito feliz no Deus da minha salvação!" (He 3.17, 18, BV.)

É importante lembrar que Paulo estava em um cárcere quando escreveu a Epístola aos Filipenses, na qual enfatiza a prática da alegria: "Alegrai-vos sempre no Senhor; outra vez digo, alegrai-vos" (Fp 4.4). Nessa mesma carta, o apósto¬lo declara ter aprendido a viver contente em toda e qualquer situação; "Tanto de fartura, como de fome; assim de abun¬dância, como de escassez; tudo posso naquele que me forta¬lece" (Fp 4.12-13).

GRITOS DE ALEGRIA

A Bíblia descreve o regozijo do povo de Deus no correr dos anos e não economiza palavras para mencionar a inten¬sidade e a qualidade dessa alegria.

Fala-se em grande alegria (Lc 24.52; At 8.8; Fm 7), em ale¬gria completa (Jo 16.24; l Jo 1.4; 2 Jo 12), em abundância de alegria (2 Co 8.2), em alegria transbordante (Mt 13.44; At 13.52), em plenitude de alegria (Si 16.11), em alegria indizível (l Pé 1.8), em alegria eterna (Is 35.10) ou perpétua alegria (Is 51.11), em alegria em extremo (Jn 4.6) e até em gritos de alegria (Si 42.4). As vozes da alegria provocada pela restaura¬ção e dedicação dos muros de Jerusalém na época de Esdras e Neemias foram ouvidas a uma grande distância (Ne 12.43). Salomão descreve a alegria do coração como um banquete contínuo (Pv 15.15). E Jesus faz questão de dizer que a ale¬gria provocada por sua ressurreição seria permanente: "A vossa alegria ninguém poderá tirar" (Jo 16.22).

A alegria propicia o louvor: "Está alguém alegre? Cante louvores" (Tg 5.13). O salmo 42 lembra com saudades da multidão em festa por ocasião das procissões à casa de Deus, "entre gritos de alegria e louvor" (w. 4, 5). O povo comemorou a renovação da aliança na época do sacerdote Joiada "com alegria e com canto, segundo a instituição de Davi" (2 Cr 23.18). É muito difícil separar a alegria do louvor, o louvor da músi¬ca e a música da expressão corporal (dança): "Louvai-o [a Deus] ao som da trombeta; louvai-o com saltério e com har¬pa, louvai-o com adufes e danças; louvai-o com instrumen¬tos de corda e com flautas, louvai-o com címbalos sonoros; louvai-o com címbalos retumbantes" (Sl 150.3-5). Momen¬tos de intensa alegria foram descarregados na música e na dança: por Miriã, logo depois da travessia do mar Verme¬lho (Êx 15.20-21); pela filha de Jefté, logo depois da vitória do pai sobre os filhos de Amom (Jz 11.34); e por Davi, logo depois da recuperação da arca do Senhor (2 Sm 6.14-15).

A FONTE PRIMEIRA

Na verdade, a maior fonte de alegria é a presença de Deus na vida diária do homem: "Na tua presença há plenitude de alegria, na tua destra delícias perpetuamente" (Si 16.11). Daí a oração de Moisés: "Sacia-nos de manhã com a tua benigni¬dade, para que cantemos de júbilo e nos alegremos todos os nossos dias" (Sl 90.14).

Davi e Salomão, pai e filho, confirmam essa verdade. Por¬que pecou e se retirou da presença de Deus, Davi perdeu a alegria, que lhe era uma experiência comum. É por essa ra¬zão que ele pede duas vezes no famoso salmo de confissão e arrependimento o retorno desse estado de espírito: "Faze-me ouvir júbilo e alegria, para que exultem os ossos que esmagaste" e "Restitui-me a alegria da tua salvação" (Sl 51.8, 12). Já Salomão, seu filho, se distanciou de Deus por causa de suas mulheres estrangeiras (l Rs 11.1-8) e peregrinou atrás de alegrias duvidosas e efêmeras, entregando-se sem reser¬va a todos os seus desejos (Ec 2.10), tendo chegado por fim à feliz conclusão de que, separado de Deus, "quem pode alegrar-se?" (Ec 2.25.)

Essa lição foi duramente aprendida tanto por Davi como por Salomão. O primeiro confessou: "O Senhor, tenho-o sem¬pre à minha presença" (Si 16.8). O segundo escreveu um dos apelos mais convincentes e bonitos das Escrituras con¬tra a frustração e o tédio e a favor da colocação de Deus na linha de frente do pensamento humano: "Lembra-te do teu Criador nos dias da tua mocidade, antes que venham os maus dias, e cheguem os anos dos quais dirás: Não tenho neles prazer" (Ec 12.1).

Quando se fala em alegria na Bíblia, repetidas vezes refe¬re-se à alegria no Senhor. Vejam-se os salmos de Davi (9-2; 32.11; 63.11). a oração de Habacuque (He 3.18) e a Epístola de Paulo aos Filipenses (Fp 4.4).

MINAS DE ALEGRIA

A alegria não é tão difícil quanto os pessimistas pensam Ela é provocada por coisas simples sempre relacionadas com a pessoa de Deus. Basta lembrar que a alegria é fruto do Espírito (Gl 5.22), consequência inevitável para quem está em Cristo e anda no Espírito, e não na carne. Essa verdade é reforçada por mais este texto: "Vocês receberam a mensa¬gem com aquela alegria que vem do Espírito Santo, embora tenham sofrido muito" (l Ts 1.6, BLH).

Outra fonte de alegria é a segurança do perdão e da salvação: "Alegrai-vos, não porque os espíritos se vos submetem, e, sim, porque os vossos nomes estão arrolados nos céus" (Lc 10.20).

Todas as vezes que Deus se manifesta e aviva a sua obra no decorrer dos anos e a faz conhecida (He 3.2), há muita alegria: "Quando o Senhor restaurar a sorte do seu povo, então exultará Jacó, e Israel se alegrará" (Si 14.7; 53.6). Talvez seja uma das mais poderosas fontes de alegria do povo de Deus (2 Cr 15.15; 29.36; 30.23-27; Ed 6.22; Ne 12.43). O crescimento quantitativo e qualitativo da igreja primitiva foi celebrado com muita alegria (At 15.3), justificando o provér¬bio de Salomão: "Quando se multiplicam os justos o povo se alegra, quando, porém, domina o perverso, o povo suspira" (Pv29.2).

O fruto do penoso trabalho também é fonte de alegria, até para Jesus: "Ele verá o fruto do penoso trabalho de sua alma, e ficará satisfeito" (Is 53.11). Paulo correu risco de vida em Tessalônica (At 17.1-10), mas muito se alegrou com os resultados de seu trabalho naquela cidade e escreveu aos tessalonicenses: "Vós sois realmente a nossa glória e a nos¬sa alegria!" (l Ts 2.20.) Na pequena epístola dirigida a Gaio, João se abre: "Não tenho maior alegria do que esta, a de ou¬vir que meus filhos [na fé] andam na verdade" (3 Jo 4).

As promessas de Deus são outra verdadeira fonte de ale¬gria: "Alegro-me nas tuas promessas, como quem acha gran¬des despojos" (Si 119.162). A esperança produz alegria ante¬cipada e diminui sensivelmente o impacto da dor, como acon¬teceu com Paulo: "Para mim tenho por certo que os sofri¬mentos do tempo presente não são para comparar com a glória por vir a ser revelada em nós" (Rm 8.18). Os heróis da fé listados na Epístola aos Hebreus não obtiveram em vida a concretização da promessa, mas viveram debaixo da alegria e do entusiasmo daquilo que Deus prometeu fazer a seu tempo (Hb 11.39, 40). Entre Zacarias e o nascimento de Je¬sus, há pelo menos cinco séculos, mas o profeta anunciou à sua geração: "Alegra-te muito, ó filha de Sião; exulta, ó filha de Jerusalém: eis aí te vem o teu Rei, justo e salvador, hu¬milde, montado em jumento, num jumentinho, cria de jumenta" (Zc9-9).

Enquanto entre os secularizados a alegria depende do ter, e não do ser, de receber, e não de dar, entre os cristãos um dos segredos da alegria é a ordem inversa: "Mais bem-aventurado é dar que receber" (At 20.35). Essa palavra atribuída a Jesus é comprovada na experiência do povo de Deus tanto na época da construção do primeiro templo (l Cr 29.9) como na época da restauração da casa do Senhor, cerca de 150 anos depois (2 Cr 24.10). Em ambos os textos, se lê que o povo se alegrou por ter dado liberalmente a sua contribuição voluntária.

TEMPOS DE ALEGRIA

Por causa do pecado, por causa da depravação humana, por causa da ordem política e social injusta, por causa da incredulidade, por causa da atuação satânica, por causa do orgulho humano, por causa da fome e da miséria, por causa da enfermidade e da morte, por causa da rejeição do evange¬lho e por causa dos erros cometidos pela liderança civil e religiosa — nem todo tempo é tempo de alegria. A Bíblia ressalta esta verdade: "[Há] tempo de chorar, e tempo de rir; tempo de prantear, e tempo de saltar de alegria" (Ec 3.4).

O próprio Jesus, a fonte de toda a alegria, teve momentos de tristeza. Ele chegou a chorar ao ver Maria, irmã de Lázaro, em prantos por causa da morte do irmão (Jo 11.33-35). Cho¬rou outra vez, na entrada triunfal em Jerusalém, ao ver, do alto do Monte das Oliveiras, a cidade impenitente e marcada para a completa ruína (Lc 19.41-44). A sua maior tristeza, porém, foi no jardim do Getsêmani, quando buscou a sim¬patia de Pedro, Tiago e João: "A minha alma está profunda¬mente triste até à morte; ficai aqui e vigiai comigo" (Mt 26.38).

Em certas situações muito especiais, a tristeza torna-se virtude e a alegria torna-se pecado. Paulo se mostra virtuoso ao se preocupar com a incredulidade dos judeus, a despeito de todas as prerrogativas do povo eleito, seus irmãos e compatriotas segundo a carne: "Tenho grande tristeza e incessante dor no coração" (Rm 9.1-5). Jó também se mos¬tra virtuoso porque não se alegrou com a desgraça daquele que lhe devotava ódio (Jó 31.29). Aliás, está escrito que "o que se alegra da calamidade não ficará impune" (Pv 17.5). Existem o "Alegra-te" (Zc 9.9) e o "Não te alegres" (Os 9.1). O "alegra-te" é para as coisas que Deus faz (Sl 118.24), e o "não te alegres" é para as coisas que o homem faz de errado (Tg 4.9). A tristeza tem de ser bem dosada. Tem de ser passageira. Tem de ser usada por Deus para provocar humildade, arre-pendimento e mudança de comportamento (2 Co 7.10). Tem de ser resolvida pela consolação das Escrituras (Rm 15.4) e pela consolação do Espírito (Jo 14.16). Tem de ser ameniza¬da pela esperança cristã (l Ts 4.18). Tem de ser sucedida pela alegria, como se preconiza neste salmo: "Ao anoitecer pode vir o choro, mas a alegria vem pela manhã" (Sl 30.5). Tem de ser positiva como as dores da mulher que está para dar à luz, prontamente aliviadas ao nascer a criança (Jo 16.21-22). Tem de ser vencida e subjugada pela alegria do Senhor. Para tanto, é necessário recorrer a Deus: "Alegra-nos por tantos dias quantos nos tens afligido, por tantos anos quantos suportamos a adversidade" (Sl 90.15).

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Práticas Devocionais - PRÁTICA DA VONTADE

A prática da vontade é a arte de gerir o dom do livre-arbítrio com inteligência, responsabilidade e acerto, submetendo cada desejo ao crivo da exaltação do nome de Deus, na certeza de que Ele pedirá conta de todas as coisas.

O homem não se dirige apenas por instinto, mas por livre escolha. Nesse sentido, ele é imagem e semelhança de Deus. A vontade faz parte da natureza humana e é algo imprescindível: a vontade de viver, a vontade de trabalhar, a vontade de amar, a vontade de dar, a vontade de ser bem-sucedido, a vontade de agradar a Deus, e até mesmo a vontade de "deixar esta vida e estar com Cristo" (Fp 1.23, BLH). O dom da vontade, outorgado por Deus, facilita muito a vida, torna tudo agradável e transfere uma dose enorme de responsabilidade ao indivíduo.

VONTADES CONTRADITÓRIAS

O homem tem simultânea ou sucessivamente vontades opostas entre si. Ele tem uma vontade agora e outra depois, ou ambas ao mesmo tempo. Do ponto de vista teológico, ele é dominado por duas vontades igualmente fortes: a vontade de acertar e a vontade de errar.

1. A vontade de acertar

É a vontade de rejeitar o mal e abraçar o bem. É a vontade de levar a sério o Decálogo, o Sermão da Montanha e a santidade de vida. É a vontade de obedecer, de amar a Deus de todo o coração, de agradar a Deus, de negar-se a si mesmo dia a dia, de crucificar a carne, de andar no Espírito, de não arredar o pé do caminho apertado, que conduz à vida. Não obstante nobre, essa vontade encontra sérios obstáculos.

O primeiro obstáculo é a pecaminosidade latente, fruto da queda. O homem carrega consigo, no mais interior de seu ser, esse fardo incômodo, do nascimento à morte. É por essa razão que Jesus explicou: "O que sai da pessoa é o que a faz impura" (Mc 7.20, BLH). Daí a descoberta de Paulo: "O pecado que habita em mim" (Rm 7.20).

O segundo é a estrutura pecaminosa da cultura ou da sociedade no meio da qual se vive: "Tudo que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não procede do Pai. mas procede do mundo" (l Jo2.l6).

O terceiro é a atuação das forças espirituais do mal: "O diabo, vosso adversário, anda em derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar" (l Pe 5.8). Os três obstáculos aparecem juntos na Epístola de Paulo aos Efésios: o curso deste mundo, o príncipe da potestade do ar e as inclinações da carne (Ef 2.1-3).

2. A vontade de errar

É a vontade de satisfazer os desejos da carne, de andar segundo o curso deste mundo, segundo a liderança do mal. Essa vontade de errar também encontra sérios obstáculos, especialmente quando a pessoa é educada no temor do Senhor e comprometida com Jesus Cristo.

O maior de todos os obstáculos é a atuação do Espírito Santo na vida do crente: "O Espírito milita contra a carne" (Gl 5.17). Uma porção de outros elementos se juntam ao Espírito no afã de dificultar e impedir a realização da vontade de errar. Entre eles estão a noção da santidade de Deus, o não-conformismo da nova natureza implantada pela educação religiosa e em virtude da regeneração, os compromissos anteriormente assumidos com a luz, a consciência devidamente alimentada, a visão mais profunda e mais sábia da vida, a lembrança das miragens e frustrações anteriores, o patrimônio moral e espiritual até então acumulado, a repreensão da igreja e dos irmãos e o temor do castigo da desobediência.

VONTADE ALHEIA

Da infância ao fim de seus dias, o homem está sujeito à vontade alheia e dela recebe constante e forte bombardeio. A vontade alheia usa desde a propaganda subliminar até a propaganda ostensiva: a literatura e as artes, o discurso e a persuasão, a insistência e a saturação, a mentira e o engano, a chantagem e a manipulação. Todavia, a decisão final está no exercício da vontade própria.

A vontade própria é tão determinante que tanto o bem como o mal a respeitam e tentam atraí-la e dobrá-la. No Éden, tanto Deus como a serpente respeitavam a vontade da mulher. Deus não pôs uma grade em torno da árvore da ciência do bem e do mal, nem a serpente enfiou o fruto proibido na boca da mulher. Foi ela quem tomou o fruto e o comeu (Gn 3.6). A vontade própria é uma barreira tremenda ora para as forças do mal ora para as forças do bem.

A ESCOLHA FINAL

De um lado, há a vontade de provar o fruto proibido, a vontade de deitar com a mulher de Urias, a vontade de ser amada pelo marido de outra mulher, a vontade de furtar uma barra de ouro, a vontade de não levar desaforo para casa, a vontade de não repartir coisa alguma, a vontade de ajuntar tesouros exclusivamente sobre a terra, a vontade de espalhar uma informação mentirosa, a vontade de matar o desafeto. De outro lado, há a vontade de pagar o mal com o bem, a vontade de ser sal da terra e luz do mundo, a vontade de ser limpo de coração, a vontade de crucificar o eu e espancar a carne, a vontade de seguir a Jesus até à prisão ou até à morte, a vontade de evangelizar, a vontade de distribuir todos os bens com os pobres. No meio dessas vontades fortes e opostas está o dom do livre-arbítrio.

A VONTADE DE DEUS

A única maneira de não satisfazer a vontade alheia, a concupiscência da carne, o curso deste mundo que jaz no maligno e as insinuações dos demônios é fazer um alinhamento da vontade própria com "a boa, agradável e perfeita vontade de Deus" (Rm 12.2). Então o resultado será "amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio" (Gl 5.22, 23).


Autor: Elben M. L. Cesar

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Práticas Devocionais - PRÁTICA DO PODER

A prática do poder é a arte de se apropriar continuadamente, por meio da fé, do poder de Deus, colocado à disposição do crente que reconhece suas tremendas limitações e deseja permanecer fiel a Deus e servi-lo de maneira abundante na medida de seu chamamento e dons.

Existe poder aquisitivo, poder público, poder temporal, poder moderador, poder naval, poder negro, poder jovem, poder político, poder internacional, poder mental. Existe também poder espiritual, que difere substancialmente de qualquer outro poder e reúne uma porção enorme de valores relacionados com a vida em estreita e permanente comunhão com Deus. Tais valores são: aptidão, autoridade, capacidade, eficácia, energia, entusiasmo, força, influência, meios, possibilidades, recursos e vigor.

No sentido profano, o poder pode depender da posição social, das vantagens pessoais, da capacidade, do dinheiro, da propaganda, da política, do voto, da força, da tirania, da opressão, do suborno. No sentido cristão, a origem do poder é totalmente diversa e tem propósitos também diversos. Só os que se fazem pequenos têm direito ao revestimento do poder de Deus: "O poder se aperfeiçoa na fraqueza" (2 Co 12.9). Enquanto na vida secular o poder em quase todos os casos é exercido em benefício próprio, o poder ou-torgado por Deus é exercido em benefício da expansão do reino de Deus.

O PODER PERTENCE A DEUS

Aqui está o testemunho do salmista Davi: "Uma vez falou Deus, duas vezes ouvi isto: que o poder pertence a Deus" (Sl 62.12). O mesmo Davi volta a proclamar essa solene verdade na oração feita perante toda a congregação de Israel, pouco antes de morrer: "Tua, Senhor, é a grandeza, o poder, a honra, a vitória e a majestade [...] Teu, Senhor, é o reino, e Tu te exaltaste por chefe sobre todos [...] Na tua mão há força e poder; contigo está o engrandecer e a tudo dar força", (l Cr 29.11, 12.)

Embora a última frase da oração dominical não esteja em todos os textos gregos, os cristãos do mundo inteiro repetem há quase dois mil anos a bela doxologia, que pode ter sido tomada da oração de Davi acima citada: "Teu é o reino, o poder e a glória para sempre. Amém." (Mt 6.13.)

É de todo saudável consagrar a declaração de que o poder pertence a Deus. E esse poder é imenso, suficiente para "subordinar a si todas as coisas" (Fp 3.21).

ESPÍRITO SANTO E PODER

Desde o Velho Testamento, o Espírito Santo é o instrumento do poder que promana de Deus. Faraó percebeu que José era um homem possuído pelo Espírito de Deus (Gn 41.39). Bezalel foi cheio do Espírito de Deus para ter habilidade e inteligência para elaborar desenhos e trabalhar na construção do tabernáculo (Êx 31.1-5; 36.1). Os juízes Otniel (Jz 3.10), Gideão (Jz 6.34), Jefté (Jz 11.29) e Sansão (Jz 13.25; 14.6, 19; 15.14) foram homens especialmente capacitados pelo Espírito de Deus para subjugar reinos e tirar força da fraqueza (Hb 11.32-35).

Essa concessão de poder torna-se mais notória e mais universal depois da ascensão de Jesus. Ele mesmo ordenou aos discípulos que não se ausentassem de Jerusalém até que do alto fossem revestidos de poder (Lc 24.49) e acrescentou: "Recebereis poder ao descer sobre vós o Espírito Santo" (At 1.8). Na oração de Paulo em favor dos efésios, o apóstolo roga a Deus que eles sejam "fortalecidos com poder, mediante o seu Espírito no homem interior", isto é, no íntimo (Ef 3.16). Uma vida, pois, que não entristece (Ef 4.30) nem apaga (l Ts 5.19) o Espírito, anda no Espírito (Gl 5.16), semeia para o Espírito, e não para a carne (Gl 6.8), e busca a plenitude do Espírito (Ef 5.18) — será também cheia de poder (At 6.8).

PODER PARA QUÊ?

O poder não é dado para deleite próprio nem para promoção pessoal. Isso precisa ficar bem claro. Simão, o mago de Samaria, assustou os apóstolos Pedro e João quando revelou a sua ignorância sobre a natureza do poder do Espírito Santo, ao oferecer dinheiro para comprar o dom de Deus (At 8.9-24).

Deus nos reveste de seu poder para:

1. Fazer frente ao pecado. O pecado tem uma força tremenda e "o corpo é fraco" (Mt 26.41, BLH). Para não ter uma vida de fracasso, você precisa do auxílio sobrenatural do Espírito. É por meio do poder do Espírito que você vai mortificar os reclamos da sua natureza humana (Rm 8.13).

2. Exercer o ministério para o qual fomos chamados. No caso de Sara, ela recebeu poder para ser mãe, não obstante fosse uma mulher estéril e idosa (Hb 11.11). No caso de Maria, ela recebeu poder para ser a mãe de Jesus, não obstante fosse uma mulher virgem (Lc 1 .35). No caso dos apóstolos e dos setenta, eles receberam poder para expulsar demônios e realizar curas (Lc 9.1; 10.9). No caso de Paulo, ele recebeu poder para levar o evangelho de Jerusalém ao Ilírico (Rm 15.18-21; l Co 2.1-5).

3. Testemunhar a morte e a ressurreição de Jesus "tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra" (At 1.7, 8-, Lc24.49). O derrame espetacular e geral do Espírito Santo no dia de Pentecostes tinha esse propósito. Por essa razão, imediatamente depois da descida do Espírito, a pequena comunidade cristã de Jerusalém passou a falar em outras línguas as grandezas de Deus (At 2.11). Em apenas trinta anos de missões, a igreja primitiva alcançou os mais importantes e populosos centros urbanos do mundo de então e neles se estabeleceu.

DESGASTE E RENOVAÇÃO

A manutenção do compromisso cristão e o exercício continuado de qualquer atividade em favor da expansão do reino de Deus importam em sensíveis desgastes. Em parte porque estamos sempre nadando contra a correnteza (Ef 2.1-3). Em parte porque a seara é enorme e os trabalhadores são poucos (Mt 9.35-38). Em parte porque o sofrimento que nos rodeia é intenso e variado. O desgaste é uma experiência natural e constante, como se pode ver no caso de Paulo: "Eu de boa vontade me gastarei e ainda me deixarei gastar em prol das vossas almas" (2 Co 12.15). Ou no caso de Davi: "A tristeza tem encurtado a minha vida; as lágrimas têm diminuído a minha existência. Estou fraco por causa das minhas aflições; até mesmo os meus ossos estão se gastando!" (Si 31.10, BLH.) Qualquer ato de amor implica desgaste. O bom samaritano gastou energia, tempo e dinheiro para salvar o semimorto da morte (Lc 10.33-35). As curas operadas por Jesus provocavam nele um desgaste de poder (Lc 6.19). Embora muitos das multidões o apertassem (Lc 8.42), o caso da mulher hemorrágica foi diferente. Por isso Jesus insistiu com Pedro: "Alguém me tocou, porque senti que de mim saiu poder" (Lc 8.46).

Porque há desgaste, a renovação do poder é uma necessidade constante. Daí este conhecido texto bíblico: "Os jovens se cansam e se fatigam, e os moços de exaustos caem, mas os que esperam no Senhor renovam as suas forças, sobem com asas como águias, correm e não se cansam, caminham e não se fatigam" (40.30,31). Esta renovação de forças não tem nada a ver com a idade cronológica nem com o desgaste físico: "[Ele é] quem farta de bens a tua velhice, de sorte que a tua mocidade se renova como a da águia" (Sl 103.5). É como Paulo escreveu aos coríntios: "Ainda que o nosso corpo vá se gastando, o nosso espírito vai se renovando dia a dia" (2 Co 4.16, BLH).

Pela prática do poder, o crente se abastece outra vez de força no mesmo momento em que despende alguma energia para fazer frente à tentação, ao sofrimento, à renúncia e ao desempenho de suas obrigações de amar a Deus e ao próximo. É extremamente necessário deixar a água entrar novamente todas as vezes que o nível do reservatório começar a baixar. Ele precisa permanecer sempre cheio: "Buscai o Senhor e o seu poder; buscai perpetuamente a sua presença" (Sl 105.4).

Autor: Elben M. L. Cesar

sábado, 13 de novembro de 2010

Esboço para pregação - A VERDADEIRA LIBERDADE

Texto: Êxodo 20.1-17, especialmente vers. 7
Leitura Complementar: Salmo 119.1-12
"Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão, porque o Senhor não terá por inocente aquele que tomar o seu nome em vão"

Os mandamentos de Deus: Eu sou o Senhor teu Deus; não terás outros deuses além de mim fazendo deles nenhuma imagem ou escultura; não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão; santificarás o dia de descanso ("sábado" significa descanso); honrarás o teu pai e a tua mãe; não matarás; não adulterarás; não furtarás; não dirás falso testemunho contra teu próximo; não cobiçarás casa, bens ou pessoas relacionadas a teu próximo. Há muitas pessoas que vêem nestes mandamentos uma espécie de prisão, algo como um curral rodeado por uma cerca alta que não permite escape: "Farás aquilo, não farás aquilo!" Não é evidente que os mandamentos querem limitar a liberdade das pessoas, que querem mantê-las na linha, bem comportadas e submissas? Se alguma vez você teve ideias semelhantes, então preciso lhe dizer que esta compreensão dos mandamentos é totalmente errônea. Os mandamentos não são nem prisão, nem curral. Você vê: é muito fácil transgredir os mandamentos. É fácil ignorá-los, fazer de conta que não existem. Deus não colocou os seus filhos em nenhuma prisão. Esta ideia, o diabo deve ter inventado. Na casa de Deus há liberdade. Não a assim chamada liberdade, mas liberdade verdadeira.

Este é o ponto decisivo. O descrente acha que "fora da prisão" dos mandamentos de Deus há liberdade e que "dentro da prisão" há escravidão. Ele não sabe que os mandamentos foram dados para proteger a verdadeira liberdade do homem, para não permitir que ele caísse nas mãos de tiranos que o escravizem e torturem. Veja a história do filho pródigo: este moço achou que a vida na casa paterna era uma espécie de escravidão, e que a liberdade o esperava lá fora. E que aconteceu com ele? Ele caiu nas mãos de aproveitadores, de exploradores, e a sua falsa liberdade o levou a encostar-se em um homem que o mandou guardar porcos, sem lhe dar nem o suficiente para saciar a fome.

Você está lembrado das palavras que antecedem os mandamentos propriamente ditos, na Bíblia? Será bom verificar na própria Escritura Sagrada, da qual o Catecismo de Lutero resumiu os mandamentos que nós temos aprendido: em Êxodo 20.2 diz: "Eu sou o Senhor teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão". Então o Deus que nos deu os mandamentos nos tirou da casa da servidão! Que Deus seria este, que tirasse as pessoas da casa da servidão para colocá-las em outra prisão, talvez ainda mais desumana!

Estas palavras, "Eu sou o Senhor teu Deus, que te tirei da casa da servidão", são a chave para a compreensão correta de todos os mandamentos. Quem passa por cima deste versículo não poderá nem compreender, nem aceitar nenhum dos mandamentos que se seguem. Ele vai incomodar-se com todos eles. Ele necessariamente se sente aborrecido por todos, desde o primeiro até o décimo. Só quando uma pessoa descobre aquele fato felicitante, Deus é o nosso Senhor, que nos libertou da escravidão de tiranos sem compaixão nem misericórdia, só então ela poderá entender, aceitar e amar os mandamentos.

Você conhece sinaleiras e outros sinais de tráfego. De certo modo, estes sinais limitam a liberdade dos motoristas. Luz vermelha: não avance o sinal! Cuidado, curva perigosa! Não ultrapasse com a faixa amarela contínua! Mas, imagine o que seria o tráfego sem estes sinais! Seria uma confusão medonha, uma liberdade infernal de avançar, de ferir, de matar. Você entende: os sinais dizem: aqui vai a estrada. Esta estrada leva a um destino. Se você quer chegar a este destino, vai querer também seguir a estrada que leva a ele. Vai querer evitar choques e acidentes, não vai querer impedir o progresso de outros viajantes que seguem pela mesma estrada. Quem colocou os sinais, quis proteger a vida e a liberdade de viajar de todos que se acham a caminho. Deus diz: "Honrarás os teus pais, não matarás, não furtarás", porque ele ama você e porque ele quer que você não perca o rumo em sua caminhada rumo à casa paterna. Por isso olhe com fé e confiança para estes sinais de Deus! Se assim o fizer, saberá agradecer-lhe por todos os avisos, por todos os sinais que ele puser ao lado da estrada de sua vida.

Hoje queremos ressaltar um sinal específico. Um sinal que poderá ser de importância decisiva em nossa vida. É o segundo mandamento (para algumas igrejas, que seguem outra contagem, é o terceiro): "Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão, porque o Senhor não terá por inocente aquele que tomar o seu nome em vão". Tomar o nome de Deus em vão: isso tem alguma coisa a ver com nossa oração, com nossa religião, com nossos cultos, com nossa vida cristã. O que é "em vão"? "Vão" significa vazio. É o nada, é a falta de conteúdo. Usar em vão, isso é fazer de conta, aparentar alguma coisa que bem por dentro não se leva a sério. Tomar o nome de Deus em vão é como pronunciar o nome de uma pessoa, e quando esta pessoa nos atender, dizer que não queremos nada dela. Tomar o nome de Deus em vão é orar em vão. É usar as palavras corretas, mas usá-las de forma vã, vazia, porque o coração daquele que ora não participa. Tal oração é um diálogo fictício com Deus. Ele não muda nada na vida daquele que ora. E como um motor que funciona em ponto morto, que não põe o carro em movimento, porque não se acha engrenado em nenhuma marcha. É como uma atafona de milho, cujas mós se movem, mas não sai farinha, porque não há milho para moer.

E não se trata só de usar o nome de Deus impensadamente, como é uso em nossa terra, onde tantos, sem pensar, exclamam: Santo Deus! Meu Senhor! A transgressão do segundo mandamento é coisa muito mais séria. O abuso do nome de Deus, com o correr do tempo, torna a pessoa incapaz de usá-lo como convém, de orar em Espírito e Verdade. A pessoa que se acostumar a usar o nome de Deus em vão, não toma a sério nem a Deus, nem a si mesma. Não se enxerga mais no espelho da palavra de Deus, não é mais honesto consigo mesmo, abafa a sua consciência. Já não vive mais na luz da verdade, com a qual o verdadeiro Deus ilumina a vida de seus filhos. Passa a viver num mundo onde reina a dúvida, a incerteza, a mentira. Deus não terá por inocente aquele que abusar do seu nome. Por ser o Deus da verdade, ele não pode fazer de conta que o abuso de seu nome não seja nada. Não é assim que fulminasse o homem abusador com o raio - o homem que vai ao benzedor, ao macumbeiro, ao médium espírita. Deus não impede o homem de entrar naquele mundo onde se abusa o seu nome, mundo de medo, de desconfiança, de magia, de feitiçaria. Mas ele faz com que a própria transgressão de seu mandamento seja o castigo da transgressão: o homem usou o nome de Deus em vão, usou-o até para amaldiçoar, usou-o como instrumento do ódio. Agora, ele passa a viver em vão, num mundo em que não há comunhão com Deus, em que reinam deuses vãos: despachos, maldição, superstição. Não admira que tantas pessoas que se entregam a formas grosseiras ou refinadas de feitiçaria acabem sofrendo até das faculdades mentais, passem a viver amedrontadas pêlos maus espíritos, pêlos deuses falsos e vãos em que se encostaram. Deus não terá por inocentes os que abusam seu nome.

Mas não pensemos que o abuso do nome de Deus seja somente uma questão de feitiçaria, uma questão de macumbeiros e de benzedores que trabalham com fórmulas secretas, com magias e com despachos. Na própria igreja cristã, no culto dominical, na confissão, nos hinos, nas orações, pode haver abuso do nome de Deus. Na oração pessoal pode haver o mesmo abuso. Sempre que você canta "aleluia" (louvai ao Senhor!) ou diz "amém" (assim seja), poderá estar usando em vão o nome de Deus. O profeta Isaías diz (Isaías 29.13): "Este povo me honra com sua boca e com os seus lábios, mas o coração está longe de mim." Este é o ponto. O coração deve participar da adoração a Deus. O coração deve mover os lábios, as mãos, os pés e tudo. O coração, não como o entendem os poetas, mas o coração como a Bíblia o entende. O lugar onde eu sou eu mesmo, onde é o centro de comando de minha vida, onde minha vontade se forma, onde minhas decisões são tomadas. É o coração vencido e convertido pelo Deus da verdade. Este é o coração capaz de adorar a Deus, sem usar o seu nome em vão.

Jesus chama tal culto em que o coração do homem se entrega a Deus, sem reserva de domínio, de "adoração em Espírito e Verdade" (João 4.23). E é em Jesus que encontramos o segredo deste culto. O nome "Jesus" significa: Deus ajuda, Deus salva. A vida toda de Jesus foi uma única adoração. Foi uma pregação em que não havia nenhum tom falso, nenhuma contradição. Ele honrou o nome de Deus, seguindo o caminho da obediência. Ele viveu o seu nome: "Deus salva". Viveu sua pregação. Sua oração engrenou com sua vida, até sua morte na cruz.

Há pouco nós dissemos que a gente só entende bem os mandamentos se não passar por cima das palavras: "Eu sou o Senhor teu Deus, que te tirou...da casa da servidão." São justamente estas palavras que em Jesus Cristo se cumpriram. Nós não fomos salvos da escravidão de Faraó, do Egito. Fomos salvos de um tirano muito pior, muito mais poderoso: do mau inimigo, do demônio, que nos quer escravizar, mantendo-nos afastados de Deus. E nós não fomos salvos pelo derramamento de sangue de cordeiros, como os israelitas, quando foram libertados da tirania de Faraó. Deus mostrou que ele é o Senhor, nosso Deus, dando o seu próprio Filho por nós, o cordeiro que carrega os pecados do mundo. Jesus derramou o seu sangue por ti e por mim. A cruz é o mais claro sinal do amor de Deus, à beira da estrada de nossa vida. Este sinal diz: "Eu sou teu Salvador. Eu te amo. Olha para mim, e cumprirás a vontade de Deus".

Se você entender esta mensagem escrita com sangue, se você não ler por cima dela, entenderá o que são os mandamentos, o que é obediência, o que é perdão e reconciliação. Entenderá que todos os mandamentos se cumprem pelo amor, pelo amor de Deus e pelo amor com o qual nós lhe respondemos.


Autor: Lindolfo Weingärtner

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Práticas Devocionais - PRÁTICA DA RESISTÊNCIA

A prática da resistência é a arte de não ceder, não relaxar, não fazer concessões, não se deixar arrastar, não se dobrar, não se render. A resistência é virtude quando é dirigida a qualquer força que tem o propósito claro ou velado de remover o crente do centro da vontade soberana e particular de Deus. Mas é fraqueza e tragédia quando é dirigida aos ditames da consciência, aos impulsos do Espírito ou à instrução da Palavra de Deus (At 7.51).

Na Bíblia, encontramos exemplos de pessoas que foram resistentes. José resistiu à mulher de Potifar (Gn 39.1-23), não obstante a atrevida insistência dela na realização do adultério, não obstante a circunstância extremamente favorável (não havia ninguém em casa), não obstante a idade (entre 16 e 28 anos) e a situação de José (longe de casa e da família).

Elias resistiu aos profetas de Baal (l Rs 18.20-40), não obstante o excessivo número deles (450), não obstante o apoio total e ostensivo que a mulher de Acabe dava a eles (foi Jezabel quem os trouxe de Tiro e era ela quem os sustentava), não obstante a oposição sistemática e violenta que Jezabel movia contra os profetas do Senhor.

Jó resistiu aos seus infortúnios (Jó 1.22; 2.10; 19.25), não obstante a opulência anterior (sete mil ovelhas, três mil camelos, mil bois e quinhentas jumentas), não obstante a descarga impiedosa de desgraças que caiu sobre ele (perda dos bens, perda dos filhos e perda da saúde), não obstante o desânimo atroz da esposa, que lhe dizia: "Amaldiçoa a Deus, e morre" (Jó 2.9).

Neemias resistiu aos seus adversários (Ne 4.1-23), não obstante a pregação demolidora de Sambalá e Tobias, não obstante as ameaças de luta armada que os inimigos lhe faziam, não obstante a dificuldade e morosidade da obra empreendida (a reconstrução dos muros de Jerusalém e a recuperação do culto).

Daniel resistiu ao decreto do rei da Pérsia e não deixou de orar a Deus (Dn 6.1-28), não obstante a irrevogabilidade das leis dos medos e dos persas, não obstante o seu alto cargo no governo de Dario (um dos três presidentes dos 120 sátrapas do império), não obstante a pavorosa sentença de morte (cova de leões) a que estava sujeito se não obedecesse a ordem do rei.

Jesus resistiu ao diabo (Mt 4.1-11) e a Pedro (Mt 16.22-23), não obstante a fome gerada por um jejum de quarenta dias, não obstante a ousadia de Satanás ("Tudo isto de darei se, prostrado, me adorares"), não obstante a sutileza das tentações.

Paulo resistiu a Pedro (Gl 2.11), não obstante a posição de Pedro na liderança inicial da igreja, não obstante ser mais novo na fé do que Pedro, não obstante a pressão que estava por trás de Pedro.

EXEMPLOS DE NÃO-RESISTÊNCIA

A mulher não resistiu à serpente e o pecado entrou no mundo (Gn 3.1-7). Com o pecado, veio a morte (Rm 5.12). Davi não resistiu à concupiscência dos olhos e cometeu adultério (2 Sm 11.1-4.). Com o adultério, um abismo chamou outro abismo (Sl 42.7).

Salomão não resistiu aos clamores de suas mulheres estrangeiras e cometeu idolatria (l Rs 11.1-8). Com a idolatria, veio a desintegração do reino (IRs 11.11).

O jovem carente de juízo de que fala Salomão não resistiu à mulher adúltera e com ela prevaricou (Pv 7.6-27). Com a prevaricação, o rapaz tornou-se como o boi que vai para o matadouro ou o cervo que corre para a rede.

Judas não resistiu ao diabo e traiu o Senhor (Lc 22.3-6). Com a traição, veio o suicídio e outro tomou o seu encargo (At 1.15-26).

Demas não resistiu à atração mundana e abandonou a companhia de Paulo (2 Tm 4.10). Com o abandono, certamente naufragou na fé (l Tm 1.19).

A igreja em Tiatira não resistiu à influência de Jezabel e se contaminou com as suas prostituições (Ap 2.19-20). Com a contaminação, deixou de ser uma igreja irrepreensível como a igreja em Filadélfia.

O CAMPO DA RESISTÊNCIA

A resistência deve ser dirigida a qualquer tipo de pressão contrária à vontade de Deus, desde a mera sugestão (o fogo mais brando) até a tentação absurda (o fogo mais alto).

A mera sugestão é aquela tentação formulada não por pessoas do mundo nem por anjos caídos, mas por parentes, amigos e irmãos na fé, com as melhores intenções possíveis e dentro de uma lógica aparentemente aceitável. É a tentação a que Davi foi submetido, quando seus amigos lhe disseram com certeza que o Senhor lhe tinha entregado Saul para ser morto por ele (l Sm 24.1-22). É também a tentação a que foi submetido o próprio Jesus, quando Pedro lhe disse para ter compaixão de si mesmo e evitar o sofrimento e a morte em Jerusalém (Mt 16.21-23).

A tentação absurda é aquela tentação ousada, arrogante, mais descabida do que qualquer outra. É a tentação a que Jesus foi submetido por Satanás quando ele o levou a um monte muito alto, mostrou-lhe todos os reinos do mundo e a glória deles, e lhe disse: "Tudo isto te darei se, prostrado, me adorares" (Mt 4.9). É a tentação daquele homem casto que sentiu tremenda vontade de ir a um prostíbulo na véspera de seu casamento com uma mulher amada e bonita.

A tentação comum é aquela tentação de todo dia, situada entre a mera sugestão e a tentação absurda. É preciso oferecer resistência à incredulidade, ao egoísmo, à impaciência, ao comodismo, à vaidade, ao desânimo, à tristeza, ao ódio, à vingança, ao medo, à ansiedade, ao falso testemunho, à lascívia, ao tédio, à preguiça, e assim por diante.

O VOLUME DA RESISTÊNCIA

A resistência tem de ir até as últimas consequências, no esforço e no tempo. Não pode parar no meio do caminho, não pode sofrer interrupções, não pode ser abandonada. A demora da consumação de todas as coisas não deve enfraquecer ou interromper a prática da resistência, como aconteceu com o servo irresponsável da parábola de Jesus (Lc 12.45-46).

1. É preciso resistir "até setenta vezes sete" (Mt 18.22).

2. É preciso resistir até terminar a obra iniciada: "Assim se executou toda a obra de Salomão, desde o dia da fundação da casa do Senhor, até se acabar" (2 Cr 8.16).

3. É preciso resistir até o fim: "Aquele, porém, que preservar até o fim, esse será salvo" (Mt 24.13).

4. É preciso resistir até ao sangue: "Ora, vossa luta contra o pecado, ainda não tendes resistido até ao sangue" (Hb 12.4).

5. É preciso resistir até à morte: "Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida" (Ap 2.10).

6. É preciso resistir até a vinda do Senhor: "Sede, pois, irmãos, pacientes, até a vinda do Senhor" (Tg 5.7).

A RESISTÊNCIA NO DIA MAU

Por questões orgânicas, por questões climáticas, por questões geográficas, por questões históricas, por questões sentimentais, por questões sociológicas, por questões religiosas e outras, o tempo não é uma eterna mesmice, como lembra a Bíblia (Ec 3.1-8).

No calendário de qualquer pessoa pode surgir, de repente, o desagradável dia mau de que fala Paulo: "Tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau, e, depois de terdes vencido tudo, permanecer inabaláveis" (Ef 1.3).

Esse dia mau é o dia da tentação, o dia da provação, o dia do cerco, o dia do aperto, o dia da investida satânica, o dia da tempestade, o dia da crise, o dia da frustração, o dia da depressão, o dia da dor, o dia da doença, o dia da morte, o dia da tragédia. Mas é um dia que chega e também passa. Especialmente nesse dia a capacidade da resistência precisa estar em forma, revestida de redobrada força. Daí a associação que Paulo faz do dia mau com a armadura de Deus.

De posse dessa armadura espiritual, qualquer membro do corpo de Cristo pode resistir no dia mau e dele sair são e salvo. As peças principais dessa armadura incluem o escudo da fé, o capacete da salvação e a espada do Espírito. Com o auxílio e bom uso da chamada armadura de Deus, é perfeitamente possível obter vitória no dia mau, mesmo que seja um embate envolvendo os principados, as autoridades e os dominadores deste mundo tenebroso.

Os recursos da resistência podem ser achados também na plena confiança em Deus (Sl 23.1), no exercício da piedade pessoal (l Tm 4.7-8), na prática da humildade cristã (2 Co 12.10), no poder do Espírito (At 1.8 e Rm 8.13) e na inaudita certeza de que Deus é fiel e não permitirá que sejamos tentados além das nossas forças (l Co 10.13).


Autor: Elben M. L. Cesar

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Práticas Devocionais - PRÁTICA DA OUSADIA

A prática da ousadia é a arte de portar-se corajosamente diante das obrigações, oportunidades e desafios da vida cristã e do ministério decorrente da vocação celestial, em função do poder de Deus e dos recursos que Ele coloca à disposição de todos que o cercam e de todos que o servem. O exercício da ousadia não prejudica o exercício da humildade, nem este prejudica aquele. Uma virtude não ofusca nem danifica a outra virtude. Ousadia não é esbravejar, ameaçar, bazofiar, autopromover-se, prometer mundos e fundos, mas simplesmente dar conta do recado com permanente disposição, plena confiança em Deus e com o devido acompanhamento da modéstia cristã.

Não é pequeno o número de tímidos. Por causa da timidez, o homem não faz tudo que poderia fazer, não alcança todas as vitórias que poderia alcançar. Fica parado, sonhando sempre, desejando sempre, planejando sempre, tendo sempre as mesmas boas intenções. Com o preguiçoso acontece o mesmo. Mas o mal de muitos não é exatamente a preguiça, e sim o receio, o medo, a vergonha, o acobardamento. Todavia, a timidez favorece a preguiça e a preguiça favorece a timidez.

A Bíblia trata a timidez com rigor. Entre os judeus, o soldado "medroso e de coração tímido" deveria voltar para casa: além de inapto, ele poderia contagiar os outros com a sua timidez (Dt 20.8). Jesus fez uma pergunta muito séria aos discípulos por ocasião da travessia do mar de Genezaré: "Por que sois assim tímidos?" (Mc 4.40.) O medroso precisa descobrir as razões de sua timidez e livrar-se dela.

CORAGEM!

A ordem "Sê forte e corajoso" é muito insistente nas Escrituras. Foi dirigida ao povo de Israel em ocasiões de pe¬rigo e desafio, na época de Moisés (Dt 31.6), Josué (Js 10.25) e Ezequias (2 Cr 32.7). Foi dirigida a Josué, o sucessor de Moisés, seguidas vezes (Dt31.7, 23; Js 1.6, 7, 9, 18). Mais de quinhentos anos depois, Davi achou por bem repetir as mesmas palavras a Salomão, seu filho e herdeiro do trono (l Cr 22.13; 28.10). Jesus usava com frequência uma expressão semelhante ("Tem bom ânimo"), que a Bíblia na Lingua¬gem de Hoje reduz para uma só palavra: "Coragem!" O Senhor deu esse conselho ao paralítico de Cafarnaum (Mt 9.2), à mulher hemorrágica (Mt 9.22), aos discípulos (Mt 14.27), ao cego de Jericó (Mc 10.49) e mais uma vez aos discípulos: "No mundo passais por aflições; mas tende bom ânimo, Eu venci o mundo" (Jo 16.33). À tripulação e aos passageiros do barco seriamente ameaçado de naufrágio nas proximidades da ilha de Malta, no Mediterrâneo, Paulo aconselhou com insistência: "Senhores, tende bom ânimo; pois eu confio em Deus" (At 27.22, 25). O próprio Paulo, antes dessa viagem a Roma na qualidade de prisioneiro, ouviu a oportuna advertência de Jesus Cristo: "Coragem! pois do modo porque deste testemunho a meu respeito em Jerusalém, assim importa que também o faças em Roma" (At 23.11).

OUSADIA PARA QUÊ?

Precisamos de ousadia para entrar com naturalidade no Santo dos Santos, como diz as Escrituras (Hb 10.19), certos de que Deus nos recebe e nos atende em Cristo.

Precisamos de ousadia para sair da rotina e fazer proezas: "Em Deus faremos proezas" (Si 60.12). A ousadia espiritual pode conduzir-nos à experiência de Paulo: "Tudo posso naquele que me fortalece" (Fp 4.13).

Precisamos de ousadia para seguir os caminhos do Senhor, indo contra a opinião pública, contrariando o sistema, nadando contra "o curso deste mundo" (Ef 2.2), não nos conformando com este século (Rm 12.2). Esses alvos são profundamente difíceis e exigem séria e constante intrepidez. Vejamos a experiência de Josafá: "Tornou-se-lhe ousado o coração em seguir os caminhos do Senhor" (2 Cr 17.6).

Precisamos de ousadia para confiar em Deus, ainda que andemos pelo vale da sombra da morte (Si 23.4), "ainda que a terra se transtorne, e os montes se abalem no seio dos mares" (Sl 46.2), e ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide (He 3.17-19). Apesar de maltratados e ultrajados em Filipos, Paulo e Silas tiveram ousada confiança em Deus para anunciar o evangelho aos tessalonicenses, "em meio de muita luta" (l Ts 2,2).

Precisamos de ousadia para tornar conhecido o evangelho do reino, para anunciar a Palavra de Deus, para ensinar, para falar, para pregar a um mundo incrédulo, corrompido, desinteressado, cego e zombador, como aconteceu com os apóstolos: "Todos ficaram cheios do Espírito Santo, e, com intrepidez, anunciavam a Palavra de Deus" (At 4.31; 9.27, 28; 13.46; 14.3; 18.26; 19.8; e 28.30, 31). Só com muita ousadia é possível alargar, alongar e firmar bem as estacas, transbor¬dando para a direita e para a esquerda, não importa sejamos fracos e poucos (Is 54.1-3).

Precisamos de ousadia para enfrentar o sofrimento, para não deixar de seguir para Jerusalém, para beber o cálice do sacrifício, para passar pela prova de escárnios e açoites, de algemas e prisões, de tortura e morte, e para, se necessário for, ser serrados pelo meio (Hb 11.35-38). Está registrado na Bíblia que, quando estava para ser morto, Jesus "manifestou no semblante a intrépida resolução de ir para Jerusalém" (Lc 9.51).

AS BASES DA OUSADIA

1. Jesus
Por meio de Cristo Jesus, nosso Senhor, "temos ousadia e acesso com confiança, mediante a fé nele" (Ef 3.12). Porque Jesus é verdadeiramente o Filho de Deus, porque Ele é o supremo sacerdote, porque Ele subiu aos céus e está à direita de Deus, porque Ele é capaz de condoer-se das nossas fraquezas, porque Ele é o Autor e Consumador da fé e porque Ele, em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz — somos tomados de grande ousadia para ir até o trono de Deus e lá permanecer "para recebermos a sua mi¬sericórdia e acharmos a sua graça para nos ajudar em nossos tempos de necessidade" (Hb 4.14-16; 12.1-3, BV).

2. A esperança
A esperança da glória vindoura nos faz andar altaneiramente (He 3.19), corno filhos do Rei, como irmãos do próprio Jesus, como herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo (Rm 8.17). A esperança em si já é ousadia (Hb 3.6). Paulo explica: "Já que sabemos que esta glória nunca acabará, podemos pregar com grande ousadia" (2 Co 3.12, BV).

3. A oração
Dificilmente alguém se levanta tímido depois de orar fervorosamente: "Tendo eles orado, tremeu o lugar onde estavam reunidos; todos ficaram cheios do Espírito Santo, e, com intrepidez, anunciavam a Palavra de Deus" (At 4.31). O apóstolo solicitava as orações da igreja em seu favor, para ele fazer conhecido o mistério do Evangelho com intrepidez (Ef 6.19).

4. A comunhão com Deus
O Sinédrio reconheceu que a convivência de Pedro e João com Jesus lhes dera intrepidez (At 4.13). Os que se demoram na presença do Senhor e nele permanecem têm possi-bilidades imensas (Jo 15-5). Adquirem, entre outras virtudes, a necessária coragem para enfrentar a oposição com sabedoria e vitória.

5. Os sucessos acumulados, a experiência obtida
Foi isso que o imberbe Davi explicou ao rei Saul "O Senhor me livrou das garras do leão, e das do urso; Ele me livrará da mão deste filisteu" (l Sm 17.37). Paulo lembra que "os que desempenharem bem o diaconato alcançam para si mesmos justa preeminência e muita intrepidez na fé em Cristo Jesus" (l Tm 3.13).

6. O estímulo alheio
Veja-se a citação de Paulo: "A maioria dos irmãos, estimulados no Senhor por minhas algemas, ousam falar com mais assombro a Palavra de Deus" (Fp 1.14). Assim como o soldado tímido gera timidez, o soldado corajoso gera bravura. A ousadia é tão contagiante quanto o medo.

OUSADIA PECAMINOSA

Nem toda ousadia é virtude. Existe a ousadia pecaminosa. O ímpio também pode ser ousado. Paulo se queixa de alguns falsos irmãos "que fazem ousadas asseverações" (l Tm 1.7). O israelita que trouxe para dentro do arraial, "perante os olhos de Moisés e de toda a congregação", a mulher midianita para se deitar com ela no interior da tenda (Nm 25.6-15), foi de uma ousadia enorme. Judas foi muito ousado ao censurar Maria por motivos interesseiros (Jo 12.4-6) e mais ainda ao procurar o sumo sacerdote para ver quanto receberia se lhe entregasse Jesus (Mt 26.14-16). Aquele que é naturalmente ousado precisa tomar cuidado com a sua ousadia. Ela pode ser uma bênção, se for usada corretamente, e uma tremenda desgraça, se for usada em função do pecado. Ao mandar buscar a mulher de Urias para se deitar com ela, Davi foi muito ousado (2 Sm 11.3. 4). Mas essa ousadia foi negativa e lhe trouxe seriíssimos problemas.


Autor: Elben M. L. Cesar

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