sábado, 26 de outubro de 2013

[Estudo Bíblico] COMO ORAR E O QUE PEDIR?

Texto básico

Mt 6.5-13; 5.1-12

Textos de apoio

Mt 6.25-34
Mt 6.19-21, 24
I Tm 6.6-10, 17-19
I Jo 2.15-17
I Jo 3.18
Mq 6.6-8

Introdução

No “Pai-Nosso” (Mt 6.9-13), a prioridade é orar pela vinda do Reino do Deus celestial e pela realização da sua justiça (9, 10), confiando que as necessidades terrenas serão supridas, nos âmbitos físico (11), emocional (12) e espiritual (13a). Nas “Bem-Aventuranças” (Mt 5.3-12), o Reino dos céus também recebe a primazia (3), sendo os sofrimentos transitórios advindos da ação motivada por justiça (6, 10) suportados pela alegria da glória eterna proposta (12).

Portanto, Jesus nos ensina a buscarmos em primeiro lugar, tanto em oração quanto em ação, o Reino de Deus e a sua justiça, certos de que o Pai nos céus nos acrescentará o necessário para o “hoje” nesta terra (Mt 6.33, 34). Se nos submeteremos ou não ao seu ensino será uma conseqüência do nosso coração e do senhor a quem este amará: se a Deus, com seus tesouros perpétuos, ou ao príncipe deste mundo, com seus tesouros efêmeros (Mt 6.19-21, 24).
Para entender o que a Bíblia fala (Discussão)

a) Os pagãos pensavam que a falta de repetição dos pedidos em oração faria com que não fossem ouvidos por seus deuses, o que é rejeitado por Jesus em relação a Deus, o Pai (Mt 6.7, 8). De acordo com a Bíblia (e.g. Is 1.15-20; Tg 4.1-10), o que realmente faz com que orações não sejam atendidas pelo SENHOR?

b) Como as ordenanças relativas ao maná (Êx 16.14-26) e a noção de “pão” em Is 55.2a enriquecem a compreensão do sentido do pedido pela dádiva cotidiana do pão de cada dia (Mt 6.11)?O que se deseja evitar ao se fazer o pedido dessa forma (Pv 30.8, 9; Lc 12.15-21; Tg 4.13-16)? Como devemos lidar com as dádivas recebidas de Deus (Jr 9.23, 24; Et 4.14; Jó 1.21, 22; 2.9, 10)?
c) O que o salmo 131 nos ensina a este respeito, considerando que quem o escreveu foi o sábio, poderoso e rico Rei Davi?
d) Nas bem-aventuranças, Jesus nos ensina que, tendo fome pela justiça, seremos satisfeitos. Nesse contexto, compare o sonho de Salomão e sua concretização (I Re 3.5-15; 4.29) com a história de Amnom e Tamar (II Sm 13.1-15). Como esses textos ilustram a relação entre justiça e satisfação?
Hora de avançar

“Não se deixem mais distrair, cobiçando vaidades.”

Para pensar

Nossas orações e ações refletirão o que está no nosso coração (Lc 6.45; Mc 7.21, 22), se formos sinceros, não usando de hipocrisia (Mt 15.7-9). Nesse caso, o conteúdo e a forma do nosso falar e agir para com Deus e o próximo indicarão a essência dos nossos pensamentos e sentimentos e, mais profundamente, o objeto do nosso amor (I Jo 2.15-17). Orações ponderadas e submissas somadas ao zelo pela justiça evidenciarão um coração humilde, efetivamente constrangido pelo amor de Deus. Orações levianamente repetitivas e jactanciosas acompanhadas pela prática da iniqüidade revelarão corações orgulhosos, apaixonados pelos tesouros passageiros e incertos deste mundo. O convite da Bíblia é para que, acima de tudo (Pv 4.23), nosso coração esteja voltado para Deus e o próximo (Mt 22.34-40) e que nossas orações e ações reflitam, para fora, essa realidade interna irradiante.

O que disseram

“Eu vim a compreender o significado central do ‘coração’, repetidamente proclamado nas Santas Escrituras como sendo a raiz religiosa da existência humana.” (Dooyeweerd, Herman. A New Critique of Theoretical Thought. Amsterdam/Philadelphia: Uitgeverij H. J. Paris, Presbyterian and Reformed, 1953, Vol I, Foreword.)

“Os sacrifícios que agradam a Deus são um espírito quebrantado; um coração quebrantado e contrito, ó Deus, não desprezarás.” (Sl 51.17.)
Para responder

O que o conteúdo e a forma de suas orações indicam sobre o seu coração?

O que suas ações evidenciam sobre suas motivações?
A que(m) você tem servido e amado, tomando por base seu falar e agir?
Buscar conhecer a vontade de Deus e viver em conformidade a ela tem sido sua prioridade cotidiana?
Eu e Deus

Viva na terra, orientado para os céus! Que suas orações e ações reflitam um coração que, depositado na eternidade celestial, vivencia com simplicidade e fé a peregrinação neste mundo.

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terça-feira, 2 de julho de 2013

[Estudo Bíblico] RECONCILIAÇÃO: QUEM DEVE TOMAR A INICIATIVA?

Texto básico

Cl 3.12-17
Textos de apoio
Mt 5.21-26
Mt 18.15-17, 21-35
Rm 12.9-21
I Co 6.7-8
II Co 5.18-20
Cl 1.19-22

Introdução
Deus tomou a iniciativa de reconciliar consigo o mundo. Ele imputou a Jesus Cristo as ofensas dos homens; fez o Filho morrer em nosso lugar; pagou, com o sangue de Jesus, a nossa dívida; entregou o inocente para declarar paz aos culpados. Dessa maneira, em Cristo, Deus oferece o perdão dos pecados a todo homem.
Assim como todo dom, essa graça é, não só uma oferta, como também uma demanda. Afinal, o perdão de Deus não só perdoa, como também capacita o perdoado a perdoar. Nesse sentido, a reconciliação é, não só uma obra de Deus, como também um ministério para o qual somos chamados. Deus espera que os que foram reconciliados pela fé em Cristo vivam perdoando, assim como são perdoados.
Mais do que isso, Ele espera que o imitemos, como filhos amados, tomando a iniciativa da reconciliação com o nosso próximo. Se ofendemos, devemos procurar nos reconciliar com o ofendido, como se tivéssemos ofendido a Cristo. Se fomos ofendidos, devemos procurar nos reconciliar com o ofensor, como Cristo fez para conosco. Portanto, ofensor ou ofendido, devemos reconceber nossas relações humanas em relação a Cristo, por meio de quem Deus nos reconciliou consigo mesmo.

Para entender o que a Bíblia fala
  • Qual é a motivação para o cristão tomar a iniciativa da reconciliação com o próximo (Cl 3.12-13)?
  • Quais são as atitudes que fornecem o contexto adequado para uma iniciativa de reconciliação (Cl 3.12; veja também Gl 5.22)? Delas, qual é a principal (3.14; ver também I Co 13.1-7)? (De acordo com Hb 13.1 e 3, qual é a essência dessa atitude? Nesse sentido, o que significaria praticá-la em uma situação em que alguém está se sentindo ofendido?)
  • O que caracteriza o coração do cristão que procura manter-se vinculado com o próximo em reconciliação (Cl 3.15-16)? Por contraste, o que deve ocorrer no coração daquele que mantém uma inimizade?
  • O que significaria falar e agir como representante do Senhor Jesus (Cl 3.17) em uma situação de ofensa e inimizade (Cl 3.13)?
Hora de avançar
“(…) toda ira, separação ou ruptura assumem uma dimensão triangular: eu, meu irmão (ou inimigo) e Deus.”

Para pensar
Nosso pecado ofende a Deus e, assim, coloca-nos em grande dívida para com Ele. Contudo, Ele mesmo pagou a dívida e sofreu a vingança da ofensa na pessoa do Filho, o qual derramou seu sangue na cruz por nós. Somos perdoados! Deus tomou a iniciativa de se reconciliar conosco, mesmo sendo Ele o ofendido.
Como devemos viver em resposta a esse perdão? Como não ser gracioso, tendo recebido tamanha graça? Deus nos convida a imitá-lo; a vencer o mal com o bem; a sofrer a injustiça, encomendando as nossas almas a Ele, o Justo Juiz. Quando nos sentirmos impelidos a julgarmos o próximo, que possamos nos ver como réus que foram por Deus absolvidos. Quando formos condenáveis, que possamos ser prontos a nos arrependermos e a pedirmos perdão. Em toda a nossa vida, como ofendido ou como ofensor, que a misericórdia triunfe sobre o juízo; que a reconciliação seja a nossa experiência em relação a Deus e a nossa iniciativa em relação ao próximo!

O que disseram
  • “Meus filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas por obra e em verdade.” (I Jo 3.18)
  • “Se alguém diz: Eu amo a Deus, e odeia a seu irmão, é mentiroso. Pois quem não ama a seu irmão, ao qual viu, como pode amar a Deus, a quem não viu?” (I Jo 4:20).
Para responder
  • Você tem perdoado como Cristo o perdoou? Quão difícil tem sido para você perdoar/pedir perdão? Como sua facilidade/dificuldade se relaciona com a sua percepção do perdão de Deus oferecido a você?
  • Quando você tem pedido perdão ou perdoado, você tem tomado essa iniciativa de reconciliação com as atitudes que devem acompanhá-la? Ou a reconciliação tem consistido em palavras e ações isoladas, mecânicas?
  • De boa consciência, você pode dizer que tem o coração dominado por paz e gratidão quando pensa nas pessoas com quem convive? Ou sentimentos de “guerra” e reclamação enchem seu coração ao pensar em alguém do seu convívio?
  • Você poderia dizer que você tende a falar e agir como um representante de Cristo em iniciativas de reconciliação?
Eu e Deus
Ninguém pode dar o que não recebeu. Exponha-se ao amor e perdão de Deus, manifesto em Jesus Cristo, como registrado na Palavra. Deixe-se encher pelo Espírito, para que ele produza o seu fruto, gerando paz com Deus e com o próximo. Seja um mensageiro da graça do perdão. Perdoe como Cristo perdoou e peça perdão como se tivesse ofendido a Ele. E, então, sinta a paz encher seu coração e testemunhe novidade de vida nos seus relacionamentos.

Autor do Estudo Bíblico: Jonathan Simões Freitas

segunda-feira, 1 de julho de 2013

[Estudo Bíblico] O QUE SIGNIFICA SER DISCÍPULO?

Texto básico

Mateus 10.1-42

Textos de apoio

Lc 14.33
Lc 22.39
Jo 8.31
Jo 13.35; 15.8
Gl 4.19
Ef 4.13

Introdução

“Você quer ser igual a mim?” Na tradição judaica, quando alguém era convidado por um rabino para segui-lo era como se ouvisse esta pergunta instigante. Teria sido esta a mesma questão que ressonou na mente e no coração dos doze primeiros discípulos de Jesus? E, um pouco mais tarde, na mente e no coração do apóstolo Paulo? Para eles, sem dúvida, tratava-se de um chamado radical – imitar o rabino Jesus. Quais eram as exigências, os deveres, os estímulos, as dificuldades e as recompensas de ser um discípulo de Jesus? É o que vamos estudar a seguir.

Para entender o que a Bíblia fala

a) Em Mateus 10.1, Jesus dá autoridade àqueles que ele havia chamado para ser seus discípulos. Que tipo de autoridade era esta e para que servia?
b) Logo a seguir, Jesus afirma que “o discípulo não está acima do seu mestre” e que “basta ao discípulo ser como o seu mestre” (versos 24-25). Como podemos ser iguais a Jesus? Veja também 1 Coríntios 11.1 e Gálatas 4.19
c) Que dificuldades enfrenta um discípulo de Jesus? Veja os versos 34 a 39 e Lucas 14.33. Quais dessas dificuldades você já enfrentou? Compartilhe com o grupo.
d) Como você entende as recompensas do discipulado de acordo com os versos 40 a 42?
e) Um discípulo é alguém que permanece na palavra do seu Mestre Jesus (Jo 8.31), tem amor aos outros discípulos (Jo 13.35) e dá muito fruto (Jo 15.8), até chegar à maturidade, à plenitude de Cristo (Ef 4.13). Como e em que grau estas características têm marcado sua jornada de discipulado?

Hora de Avançar

“O que é seguir, senão imitar?” – Santo Agostinho

Para pensar

Mateus 10 talvez seja um dos capítulos da Bíblia mais importantes sobre o que significa ser um discípulo de Jesus. O capítulo começa com Jesus tomando a iniciativa, convocando os doze primeiros discípulos, investindo-os de autoridade para fazer as coisas que ele, o Mestre, fazia (versos 1-4). Após o convite para vir a ele, segue-se o envio, com diversas instruções (veros 5-15). Paul Bendor-Samuel comenta que “o fato de o convite para vir preceder a ordem para ir é um lembrete de que o ministério flui da intimidade”. Depois Jesus dá a eles alguns conselhos e palavras de encorajamento (versos 16-33), que serão essenciais diante das dificuldades por que passarão (versos 34-39). E fecha com a promessa das recompensas – a vida (v. 39) e o galardão, que nunca se perderá (versos 40-42). O início do capítulo seguinte também é muito interessante, porque relata que Jesus passou a ensinar e pregar nas cidades daqueles discípulos (Mt 11.1). Que privilégio!

O que disseram

“Não se trata simplesmente de um estado ontológico, uma questão de ter tomado uma decisão em um dado momento e pronto. Ser discípulo é um estado ativo de aprendizado e crescimento.” (Paul Bendor-Samuel, em Ultimato, set.-out. 2012, p. 50.)
“A razão de quase todas as nossas falhas é a facilidade que temos de esquecer nossa identidade como discípulos.” (John Stott, em O discípulo radical, Editora Ultimato)

Para responder

> Se Jesus aparecesse pra você agora e lhe fizesse a pergunta-convite, “Você quer ser igual a mim?”, o que você responderia?
> A que você tem renunciado para ser um discípulo de Jesus? Compartilhe sua resposta com um amigo ou com o grupo.
> Como a esperança de se tornar um dia 100% igual a Jesus o encoraja a prosseguir na caminhada cristã?

Eu e Deus

“Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens.” (Mt 4.18.)
“Segue-me!” (Mt 9.9)

Autora do Estudo Bíblico: Délnia Bastos

quarta-feira, 26 de junho de 2013

[Estudo Bíblico] QUANTO VALE A ORAÇÃO?

O autor da Carta aos Hebreus afirma que “durante os seus dias de vida na terra, Jesus ofereceu orações e súplicas, em alta voz e com lágrimas, àquele que o podia salvar da morte, sendo ouvido por causa da sua reverente submissão” (Hb 5.7). A nós, não custa lembrar: “Deus espera por nossas orações”.
Texto básico:
Lucas 11.1-13

Textos de apoio

Mc 1.35-39
Lc 5.12-16
Lc 6.12-16
Lc 9.18, 28-36
Jo 17.1-26
Mt 26.36-46

Introdução

“Quanto vale a oração?” Para refletir nesta pergunta, vamos estudar o valor da oração na vida de Jesus. Se para ele, que era um com o Pai (Jo 10.30), a oração tinha profundo valor, quanto mais deve ter para nós! Os críticos dizem que a oração é válida porque é emocionalmente saudável para quem ora. Seria este o único valor da oração para Jesus? O autor da Carta aos Hebreus afirma: “Durante os seus dias de vida na terra, Jesus ofereceu orações e súplicas, em alta voz e com lágrimas, àquele que o podia salvar da morte, sendo ouvido por causa da sua reverente submissão” (Hb 5.7, NVI). Certamente que, para Jesus, a oração não somente proporcionava o benefício emocional, mas produzia efeito concreto em sua vida e na vida de outros. Deus o atendia, respondendo, de fato, às suas orações.

Para entender o que a Bíblia fala

a) O exemplo sempre vem primeiro. Porque viram Jesus orando, os discípulos pediram que ele os ensinasse a orar (Lc 11.1). Que assuntos devem ser abordados quando oramos, de acordo com a oração-modelo deixada por Jesus (Lc 11.2-4; cp. Mt 6.9-13)?
b) Logo a seguir, Jesus continua seu ensino sobre a oração contando uma instigante parábola (Lc 11.5-10). Como devemos interpretá-la? [Lembre-se de que Jesus também insistia em suas orações. No cenáculo, ele orou repetidas vezes por seus discípulos (Jo 17.9, 11, 15, 17, 20-21). No Getsêmani, fez o mesmíssimo pedido três vezes (Mt 26.44).]
c) Como os versos 9 e 10 de Lucas 11 explicam o sentido da parábola? (Recorra a mais de uma tradução para entender melhor o texto.)
d) Jesus termina seu ensino sobre a oração, comparando o pai terreno com o Pai celestial (Lc 11.11-13). Eugene Peterson contemporiza assim o texto: “Não barganhem com Deus. Sejam objetivos. Peçam aquilo de que estão precisando. Não estamos num jogo de gato e rato, nem de esconde-esconde. Se seu filho pedir pão, você o enganaria com serragem? Se pedir peixe, iria assustá-lo com uma cobra viva servida na bandeja? Maus como são, vocês não pensariam em algo assim, pois se portam com decência, pelo menos com seus filhos. Não acham, então, que o Pai que criou vocês com todo amor não dará o Espírito Santo quando pedirem?” Que exemplos podemos ver de boas e objetivas respostas de Deus aos pedidos de oração de Jesus? Consulte os textos de apoio.

Hora de Avançar

“Deus espera por nossas orações!”

Para pensar

Deus atendeu a oração de Jesus, antes de ele sair para pregar em outros lugares (Mc 1.35-39), depois da cura do leproso (Lc 5.15-16), antes de escolher os doze companheiros de ministério (Lc 6.12-13), durante a incrível experiência da transfiguração (Lc 9.28-29), antes de ensinar sobre a oração (Lc 11.1-2) e antes da agonia da cruz (Mt 26.39-44). Deus também ouviu a intercessão de Jesus por seus discípulos – tanto os contemporâneos dele quanto nós, que viemos a crer depois. Esta foi sua maior oração registrada, conhecida como “a oração sacerdotal de Jesus” (o capítulo inteiro de João 17). Finalmente, voltando ao texto de Hebreus (5.7), Deus não o livrou de passar pela morte, mas o ressuscitou em corpo glorioso, o que foi uma resposta de oração incomparavelmente mais poderosa e sublime.

O que disseram

“Não se aflijam com nada; ao invés disso, orem a respeito de tudo; contem a Deus as necessidades de vocês, e não se esqueçam de agradecer-lhe suas respostas. Se fizerem isto, vocês terão experiência do que é a paz de Deus, que é muito mais maravilhosa do que a mente humana pode compreender. Sua paz conservará a mente e o coração de vocês na calma e tranquilidade, à medida que vocês confiam em Cristo Jesus.” (Fp 4.5-7, BV.)
“A oração produz resultados psicológicos (paz de espírito, tranquilidade), espirituais (maior sentido de vida) e concretos (atendimento real do pedido feito).” (Elben César, em Práticas Devocionais)

Para responder

> Para você, quanto vale a oração? Quais os benefícios desta prática em sua vida?
> Como você seguirá o exemplo de Jesus como alguém que sempre praticava a oração?
> Em relação ao seu tempo e à sua agenda, que decisões você tomará hoje para colocar isso em prática?
> Compartilhe com um amigo ou com o grupo uma resposta concreta de Deus a algum pedido de oração específico que você tenha feito.

Eu e Deus

“Bem cedinho, de manhã, faço a minha oração. Tu, Senhor ouves a minha voz. Faço a minha oração e fico esperando, vigiando com atenção para descobrir a tua resposta.” (Sl 5.3.)

terça-feira, 25 de junho de 2013

[Estudo Bíblico] NEM SEMPRE DEUS FAZ (OU DESFAZ) O QUE QUEREMOS

Texto básico: Salmo 107 e Lamentações 2
Textos de apoio
Mt 26.36-39, 42, 44; Is 53.10-12
Lc 9.23-25; 14.27, 33
Hb 12.5-13
Tg 4.1-4
Tg 1.2-4, 12; 5.7-11
II Co 4.7-11, 14-18

Introdução
Podemos não ter a nossa vontade realizada por vários motivos. O que nos incomoda, no entanto, é que tendemos a experimentar sofrimento quando o que queremos não ocorre.

Nesse sentido, é importante lembrar que, em última instância, o sofrimento é conseqüência do pecado que entrou no mundo (Gn 3.16-19; Rm 5.12). Isso não significa que sofrimentos específicos sempre possam ser associados a pecados específicos (Jó; Jo 9.1-3). Antes, significa que, se o que queremos é nos ver livres do sofrimento, o caminho não será tentar absolutizar nossa vontade, em si corrompida pelo pecado. Mas, sim, olhar “para Jesus, o autor e consumador da nossa fé, o qual, pelo gozo que lhe estava proposto, suportou a cruz, desprezando a afronta, e assentou-se à destra do trono de Deus” (Hb 12.2).
O querer do Filho sacrificado pela vontade do Pai (Mt 26.36-39, 42, 44) levou-o a alcançar a glória suprema de Deus e o bem supremo para o homem (Is 53.10-12)! Olhando para Ele, portanto, neguemos a nós mesmos e tomemos também a nossa cruz (Lc 9.23-25; 14.27, 33). Afinal, se nos identificamos com Ele em seus sofrimentos, é porque em breve nos identificaremos com Ele também na sua glória (Fp 3.8-14, II Tm 2.11) – na qual “não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor” (Ap 21.4)!
Para entender o que a Bíblia fala
Em Lamentações 2, e mesmo no Salmo 107, qual é a justificativa apresentada para as correções de Deus sofridas pelo povo (Lm 2.14a; Sl 107.11, 17)?[1]
Em ambos capítulos, qual atitude do povo é esperada por Deus diante da correção aplicada (Sl 107.6, 13, 19, 28; Lm 2.18-19)?[2] Com base nesses textos, o que o clamor revela sobre o coração do que clama?
De acordo com Hebreus 12.5-13, como devemos ver essas correções que recebemos da parte de Deus?
Nesse contexto, de acordo com Tiago 4.1-4, por que nem sempre Deus faz o que queremos?
Em outros casos, não estamos sofrendo uma correção, mas uma provação/tribulação. De acordo com Tg 1.2-4, 12 e II Co 4.7-11, 14-18, por que é necessário passarmos por esse tipo de situação adversa?[3] Como a passagem de Tg 5.7-11 procura nos encorajar nesse sentido?[4]
Olhando para o caso de Jesus (Mt 26.36-39; Is 53, em especial 53.10-12), o que podemos aprender sobre a razão de Deus nem sempre fazer o que queremos?
Hora de avançar
“Assim como o leitor de um romance não se assusta com a complicação e confusão do enredo, na certeza de que no final o autor vai deixar tudo esclarecido, os cristãos confessam que não têm sabedoria suficiente para acompanhar Deus, porque ele é muito maior, e confiam nele.”
Para pensar
Se Deus é todo-poderoso e todo-bondoso, por que o que queremos nem sempre acontece?
Várias respostas são possíveis. A mais simples se aplica quando queremos mal: Deus não atende ao nosso pedido a fim de nos livrar do mal (Tg 4.3) – a tragédia, nesse caso, seria Ele nos entregar aos nossos desejos corrompidos (Rm 1.18-32). De fato, mesmo quando queremos bem, Deus pode ter outro plano que considera melhor (At 16.6-10).
Outra possibilidade é estarmos passando por uma correção de Deus, dada a fim de que nos arrependamos, voltando para ele para sermos curados (Lm 1-5; Rm 11.22; Hb 12.5-13). Alternativamente, podemos estar passando por uma provação, dada a fim de manifestar o nosso coração e o purificar, para o nosso bem e para a Sua glória (Tg 1.2-4, 12; I Pe 1.6b-7; 4.12-13; II Ts 1.4-12).
Em qualquer caso, contudo, podemos crer que, apesar de nunca ter desejado o mal, Deus tem controle sobre ele (Jó 34.10-15; Lm 3.37-38). Assim, em seu amor que excede todo entendimento (Ef 3.19), Ele usa a nossa experiência do sofrimento para cumprir, de maneira incompreensível, o seu bom propósito – do qual pode(re)mos alegremente participar como o seu povo (Lm 3.31-33; Jó 42.5, 10-17; Tg 5.11; Gn 50.20; Rm 8.32)!
O que disseram
“…quando é preciso suportar a dor, um pouco de coragem ajuda mais que muito conhecimento, um pouco de simpatia humana tem mais valor que muita coragem, e a menor expressão do amor de Deus supera tudo.”
“Deus nos sussurra em nossos prazeres, fala em nossa consciência, mas brada em nosso sofrimento: o sofrimento é o megafone de Deus para despertar um mundo surdo.”
(C.S. Lewis, no livro “O problema do sofrimento”)
Para responder
1. Quais têm sido os seus principais anseios, desejos, sonhos? Olhando para eles, o que você conclui sobre as motivações que têm guiado o seu querer? Com base na Bíblia, você diria que elas têm sido agradáveis a Deus?
2. O que você gostaria que estivesse acontecendo? Com base neste estudo, refletindo em oração, por que você acha que expectativa não está sendo atendida?
3. Refletindo em oração, você pode reconhecer alguma raiz de amargura contra Deus em seu coração que nasceu por você considerar que Ele o(a) deixou passar por uma situação adversa, de sofrimento? Ciente da mensagem dos textos que você leu neste estudo, o que você gostaria de dizer a Deus a esse respeito, em oração?
4. Refletindo sobre as suas atitudes, qual é o peso que a expectativa da glória tem tido na balança do seu coração, em relação aos sofrimentos presentes? Quanto você tem deixado as adversidades atuais ofuscarem o incomparável tesouro da sua salvação eterna, prestes a ser plenamente consumada? O que você gostaria de fazer a esse respeito?
Eu e Deus
O sofrimento momentâneo precede a glória permanente. Portanto, atentemos “não nas coisas que se vêem, mas nas que se não vêem; porque as que se vêem são temporais, e as que se não vêem são eternas” (II Co 4.17-18). Sejamos perseverantes, com alegria, porque a glória é certa e a sua manifestação, próxima!
Autor do Estudo Bíblico: Jonathan Simões Freitas


[1] Sugestão: leia, também, Lm 1.5, 8-9ª, 14, 18, 20ª, 22ª; 3.34-36, 39, 42, 64; 4.6, 13, 16, 22; 5.7, 16-17.
[2] Sugestão: leia, também, Lm 3.21-33, 40-42, 55-58; 5.21.
[3] Sugestão: leia, também, I Pe 1.6b-7; 4.12-13.
[4] Sugestão: leia, também, Hb 10.35-39 e o Salmo 37.

segunda-feira, 24 de junho de 2013

[Perguntas e Respostas] O QUE FEZ JESUS DOS 12 AOS 30 ANOS DE IDADE? - João 20.30-31

Nesse texto, descobrimos que Jesus fez muitas outras coisas que não estão escritas na Bíblia. Na verdade, seria impossível relatar tudo o que ele fez. Deus quis revelar-nos os fatos mais importantes da vida de Jesus. Portanto, não sabemos com detalhes o que Jesus fez neste período de sua vida. Não há nenhum registro confiável que nos permita tirar quaisquer conclusões sobre esse período da vida de Cristo. Todavia, é possível tirar algumas conclusões a esse respeito, com base no que o Evangelho fala sobre a vida e o ministério de Jesus na Palestina. Podemos constatar que ele viveu como um judeu do seu tempo por causa do seu conhecimento da vida na Palestina, da sua cultura judaica e de sua compreensão do Antigo Testamento.

Reflexão:

  • Se Jesus aprendeu segredos em outras terras, não teria ele pregado ideias estrangeiras facilmente identificáveis?
  • Se Jesus viveu em outros lugares, como explicar que o novo Testamento não contém qualquer palavra egípcia, indiana, etc.?

sábado, 22 de junho de 2013

[Perguntas e Respostas] SERÁ VERDADE QUE JESUS ERA DEUS? - João 1.1-3,14

Não há dúvida nenhuma! O texto bíblico afirma expressamente que Jesus, o Verbo, era Deus, Ele é o Filho de Deus encarnado (veja o v.14), sendo, portanto, a revelação máxima de Deus para a humanidade. Ele é o Emanuel, que quer dizer, Deus conosco. Como Deus, constatamos aqui que Cristo participou inclusive da criação do mundo, pois todas as coisas foram feitas por intermédio dele (v.3). Jesus está na posição de Criador, sendo portanto Deus.

Veja alguns outros exemplos que tratam da divindade de Jesus:

  • Mateus 14.33 - Jesus foi adorado.
  • João 8.58 - Ele se declara "Eu Sou", igualando-se a Deus Pai.
  • João 10.30,38 - Jesus é um com o Pai
  • João 14.7-10 - Cristo afirma: "Quem me vê a mim, vê o Pai".
  • Romanos 9.5 - Cristo é Deus bendito para todo o sempre.
  • Colossenses 2.9 - Em Cristo habita corporalmente toda a plenitude da Divindade.
  • Hebreus 1.2-3,8 - Ele é a expressão exata do Ser de Deus e é chamado Deus.

sexta-feira, 21 de junho de 2013

[Perguntas e Respostas] É DE FATO VERDADE QUE OS PROFETAS FALARAM SOBRE CRISTO MUITO ANTES DE ELE NASCER? - Isaías 53.1-12

Muitas são as profecias a respeito de Cristo que foram cumpridas. Mas, quando lemos os detalhes sobre a morte  e o sofrimento de Jesus, descritos séculos antes nas palavras de Isaías, ficamos pasmados com o cumprimento dos detalhes da profecia na morte e no sepultamento de Jesus. Vale a pena observar pelo menos dois detalhes impressionantes: "como cordeiro foi levado ao matadouro... ele não abriu a sua boca" (v.7 - Mateus 27.12-14); "designaram-lhe a sepultura com os perversos, mas com o rico esteve na sua morte..." (v.9 - Mateus 27.57, Lucas 22.37, 23.33). O que mais impressiona é o fato de que esses detalhes não podiam ter sido cumpridos pela vontade do próprio Jesus, pois atos executados por terceiros que nenhum interesse tinham em fazer cumprir as profecias messiânicas.

Veja alguns outros sete exemplos de profecias cumpridas em Cristo:

PROFECIA
CUMPRIMENTO
1. Descendente e herdeiro de Davi – Isaías 9.6,7
Lucas 1.32-33
2. Nascimento em Belém – Miquéias – 5.2
Lucas 2.4-7
3. Nasceria de uma virgem – Isaías 7.14
Mateus 1.18-23
4. Seu ministério na Galileia – Isaías 9.1-2
Mateus 4.12
5. Rejeição do seu próprio povo – Isaías 53.3
João 1.11
6. Sua entrada triunfal em Jerusalém – Zacarias 9.9
Mateus 21.5
7. Suas vestes foram repartidas – Salmos 22.18
João 19.24

quarta-feira, 19 de junho de 2013

[Perguntas e Respostas] COMO PODE JESUS TER NASCIDO DE UMA VIRGEM? NÃO SERIA ISSO IMPOSSÍVEL? - Mateus 1.18-23

De fato isso é humanamente impossível, mas para Deus nada é impossível (leia Lucas 1.37). Sabemos que o nascimento virginal de Jesus foi um milagre único realizado pelo poder do Espírito Santo. Como podemos aceitar isso? A questão aqui é se cremos ou não que Deus tem poder para fazer milagres. Quem crê no poder do Deus que criou o mundo e a tudo sustenta não terá dificuldades de aceitar esse fato bíblico.

Saiba que o fato de Jesus ter nascido de uma virgem:

  • Comprova sua origem divina.
  • Mostra que seu nascimento foi um milagre, único na história.
  • Impediu que ele nascesse pecador, pois foi concebido pelo Espírito Santo.

segunda-feira, 10 de junho de 2013

[Perguntas e Respostas] QUANDO JESUS PASSOU A EXISTIR? - João 8.51-59

O Apóstolo João nos relata algo surpreendente neste texto. Jesus não foi um homem comum. Abraão tinha vivido há cerca de dois mil anos antes de Cristo, e Jesus afirma que ele já existia antes do patriarca do povo hebreu (v.58). Vemos que Cristo não passou a existir no momento de seu nascimento. Assim Jesus comprovou também a sua divindade; isso ficou tão claro que ele quase foi apedrejado pelos seus opositores, como se vê no final do texto.

Reflexão:

  • Quem jamais teve coragem de fazer uma afirmação como a de Jesus?
  • Se Jesus era de fato quem ele afirmou ser, como devemos considerar suas palavras?
  • Quem afirma ser o que Jesus afirmou ou é louco, ou está mentindo, ou está dizendo a verdade? Qual é a sua opinião sobre Jesus?

domingo, 9 de junho de 2013

[Perguntas e Respostas] DEPOIS DE TANTOS SÉCULOS, NÃO SERIA NECESSÁRIO ATUALIZAR A BÍBLIA COM OUTROS LIVROS SAGRADOS? - Gálatas 1.6-12

Essa é uma pergunta honesta. Não estaria a Bíblia desatualizada? Não lhe falta algum complemento? Vários são os grupos religiosos que têm sugerido uma "complementação da Bíblia", como se a mensagem de Deus nas Escrituras estivesse incompleta. Precisamos reconhecer que a mensagem de Deus na Bíblia é única. Muitos outros livros podem conter verdades e dar-nos conselhos úteis, mas nenhum deles pode ser comparado à Bíblia. Nem mesmo uma mensagem trazida por uma criatura espiritual ou angelical pode ser aceita como Escritura Sagrada ou como um Evangelho. A revelação escrita de Deus está encerrada na Bíblia. Como vemos no versículo 8, qualquer outra pretensa revelação é considerada anátema (maldita).

Reflexão:

  • Poderia Deus ter deixado a Igreja Cristã tantos séculos com uma Bíblia incompleta?
  • Você conhece algum grupo que acredita possuir a "complementação" da Bíblia?
  • A doutrina desses grupos completa a Bíblia ou contradiz o ensinamento da mesma?

[Esboços para pregação] AUTORIDADE NO CÉU E NA TERRA - Mateus 28.16-20

Alguns adoram, alguns duvidam, um já tinha caído fora: a situação da igreja dos apóstolos não era muito diferente da nossa. Uma igreja perfeita, na qual tivessem vivido só crentes e santos, nunca existiu. Os apóstolos eram homens sujeitos às mesmas falhas e às mesmas fraquezas que nos perturbam hoje. Bem poderíamos imaginar que Jesus tivesse feito um sermão para eles, nos seguintes termos: "Olhem, meus discípulos, se as coisas vão continuar deste jeito, vocês não vão longe. A união é que faz a força. Nós começamos com doze, e agora já falta um. E, neste momento, alguns de vocês estão duvidando. Entre vocês não pode haver nenhuma dúvida! Se os homens vão notar que vocês, meus discípulos, têm problemas de fé, como é que o evangelho irá conquistar o mundo...?"
  
Mas o que Jesus faz é algo bem diferente. Ele, o Senhor ressurgido, o Filho de Deus glorificado, ele se aproxima deste grupinho de homens, nos quais se misturam a fé e a descrença, e desvia o olhar deles da própria fraqueza para seu poderoso Senhor: "Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra". Toda a autoridade! Não só um pouco. Não um poder limitado. Nenhuma autoridade parcial reservada à Galileia, à Palestina, ao Império Romano  à civilização ocidental, à sociedade dos brancos. A autoridade de Jesus abrange toda a terra. E ela abrange o céu também. Assim, sua igreja não será nunca uma "sociedade limitada". E não será nunca uma "sociedade anônima , tampouco. Ela tem nome, nome insubstituível, nome santo e eterno: Igreja de Jesus Cristo. Será que nós, os luteranos, os presbiterianos, os católicos, e todos os outros cristãos, não corremos todos o perigo de esquecermos isso? Que só a igreja de Jesus Cristo, ao qual foi dada toda a autoridade, tem a promissão de vencer as portas do inferno? É um lembrete contra qualquer tipo de sectarismo, seja ou não seja etiquetado com o nome de "igreja".

As palavras que Jesus dirige às primeiras comunidades são tão importantes para qualquer comunidade cristã, sim, para toda a cristandade, que deveriam ser o farol, o ponto de referência, em que nos orientamos em qualquer situação e em qualquer emergência de nossa vida cristã. A Jesus Cristo, nosso Senhor, foi dada toda a autoridade, no céu e na terra. Portanto vamos olhar para ele, não para nós. Vamos orientar-nos em seu poder, não em nossa fraqueza. Não vamos assustar-nos dos poderes a das .dificuldades que se vão levantar em nosso caminho. Não vamos orientar-nos em problemas. Problemas são para ser enfrentados, para ser vencidos, mas não servem para orientar. Quem tentar orientar-se em problemas - no problema social, na crise econômica  em problemas de vida e de fé - esse acaba ficando desorientado, acaba sendo um problema ele mesmo (como, aliás, sempre foi). Como ponto de orientação só serve um lugar: é o lugar onde Jesus está. E Jesus não é só para ser olhado em atitude meditativa e respeitosa, ele é para ser ouvido e obedecido. É sua palavra que nos orienta, que nos guia e que nos põe em movimento.

 Se a cristandade sempre tivesse levado a sério esta declaração básica de Jesus, "A mim foi dada toda a autoridade", então não teria havido lutas de poder, separações, rivalidades ou qualquer outra crise de autoridade, no povo de Jesus. A miséria dos cristão começa no momento em que eles deixam de contar com o poder exclusivo e ilimitado de seu Senhor, no momento em que eles olham para o lado, para ver, se não há um lugarzinho mais seguro para se refugiar uma pessoa mais influente à qual recorrer. Se pudéssemos desviar o nosso olhar de tudo e de todos, inclusive de nós mesmos, olhando com fé simples e ingênua para Cristo, o Senhor, aí poderíamos dispensar as muletas que nós mesmos fabricamos. Poderíamos vencer nossas crises de autoridade, nosso cansaço, nossa tristeza, nossa preguiça. Ouviríamos simplesmente a mensagem e obedeceríamos. Enfrentaríamos sem medo os problemas de nosso tempo, confiados exclusivamente no poder e na autoridade de Cristo. O que nos impede, aliás, de fazer isto mesmo?

"Ide portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-as em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a guardar tudo o que vos tenho ensinado". Como se faz um discípulo? "Indo", diz Jesus. Não é, pois, ficando no lugar onde estamos, entrincheirados em nossa tradição, para ver se os futuros discípulos virão a nós. Não há nenhuma escola de discípulos localizada em Jerusalém (ou em São Paulo, ou São Leopoldo...). E verdade: numa escola pode acontecer o milagre de se fazer um discípulo; mas tal milagre não pode ser parte de um programa, de um currículo de colégio, nem de seminário ou Faculdade de Teologia. "Ide, portanto", diz Jesus. Você reparou na palavra "portanto"? O que ela significa? Significa algo essencial. Vou usar de uma comparação: você conhece um cortador de grama elétrico? Se não conhece, pode imaginar. A gente vai levando o cortador pelo gramado, e ele vai conosco. Vai cortando enquanto o levamos. Enquanto ele estiver ligado pelo fio elétrico à tomada de força, ele vai cortando grama. Se desligarmos o fio, a lâmina cortadora para. Aí você pode empurrar o quanto quiser. Verá que esta máquina não foi feita para funcionar sem eletricidade. Pois bem, eu afirmo que a palavra "portanto" é o tal fio que liga a máquina à rede elétrica: "A mim foi dada toda a autoridade". Isto é a força. "Portanto": isto é o fio. "Ide fazei discípulos": isso é o cortador de grama que se movimenta na função para a qual foi feito. Se você esquecer este "portanto", vai ser um cristão frustrado. Um cristão emperrado, um cristão que empurra e que se desanima. Com outras palavras: Cristo nos manda ao mundo não como alguém que quer ficar por aí, só para olhar. "A mim foi dada toda a autoridade. Portanto ide". Isso é: vocês vão ser movidos pelo meu poder. Irão revestidos de minha autoridade. Eu sou o que faz andar o evangelho. Permaneçam ligados a mim. Permaneçam em mim! Ide! "Portanto, portanto": Você nota como esta palavra começa a ter peso? "Eu tenho poder - portanto, vai! Portanto põe mãos à obra, vai para a frente com esta tarefa espinhosa. Abre a boca e fala de meu evangelho" Sim, estas palavrinhas pequenas muitas vezes são muito importantes na Bíblia. É como no Salmo 46: "Deus é nosso refúgio e fortaleza... portanto não temeremos". Você já sabe o segredo deste portanto? Poderá ser essencial para você e para os que Deus pôs a seu lado.

Fazer discípulos, batizando-os em nome de Deus Pai, Filho e Espírito Santo, e ensinando o que Jesus ensinou: É esta a tarefa que Jesus dá aos seus discípulos. Uma tarefa baseada no "portanto" do qual falamos.

sábado, 25 de maio de 2013

[Perguntas e respostas] POR QUE CRER NA BÍBLIA SE EXISTEM TANTOS OUTROS LIVROS SAGRADOS? Mateus 5.17-18

É do conhecimento de todos a existência dos vários livros chamados sagrados. Os cristãos dizem que a Bíblia é a Palavra de Deus, afirmando a autoridade única da Bíblia. Seria isso razoável? Em primeiro lugar, devemos abordar a ideia muito comum de que todos os livros sagrados são de igual valor e que todos eles são verdadeiros e divinos. Seria lógico afirmar isso? Quando avaliamos os diversos livros vamos descobrir que muitas das ideias de um livro sagrado são absolutamente contrárias às doutrinas de um outro. Como podem os dois dizer a verdade? Com certeza, um deles está errado. A Bíblia, por exemplo, declara que Jesus Cristo é o único caminho para Deus (João 14.6); ou isso é verdadeiro, ou é falso. Diante de uma decisão sobre que livro seguir, há dez sérias razões pelas quais deve-se considerar a singularidade da Bíblia, o que indica a sua origem divina.

1. A história bíblica tem sido confirmada pela arqueologia.
2. A Bíblia convida-nos à verificação de seus fatos, em vez de criar um sistema religioso não passível de verificação.
3. As profecias bíblicas têm sido cumpridas na história humana.
4. A Bíblia afirma com clareza sua origem divina. Por mais de 400 vezes, lemos: "Assim diz o Senhor".
5. A Bíblia é o livro mais lido da história humana, inclusive em nossos dias.
6. O poder de atuação da mensagem bíblica é visto em qualquer povo, em qualquer época e em qualquer classe social.
7. A transformação de vidas pela mensagem bíblica é fato indiscutível.
8. Nenhum outro documento antigo foi tão bem preservado em relação aos documentos originais.
9. Sempre que os preceitos bíblicos foram aplicados em uma nação, essa foi abençoada com isso.
10. Nenhum outro livro pode ser equiparado à Bíblia na história humana.

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