O autor da Carta aos Hebreus afirma que “durante os seus dias de vida na terra, Jesus ofereceu orações e súplicas, em alta voz e com lágrimas, àquele que o podia salvar da morte, sendo ouvido por causa da sua reverente submissão” (Hb 5.7). A nós, não custa lembrar: “Deus espera por nossas orações”.
Texto básico:
Lucas 11.1-13
Textos de apoio
Mc 1.35-39
Lc 5.12-16
Lc 6.12-16
Lc 9.18, 28-36
Jo 17.1-26
Mt 26.36-46
Introdução
“Quanto vale a oração?” Para refletir nesta pergunta, vamos estudar o valor da oração na vida de Jesus. Se para ele, que era um com o Pai (Jo 10.30), a oração tinha profundo valor, quanto mais deve ter para nós! Os críticos dizem que a oração é válida porque é emocionalmente saudável para quem ora. Seria este o único valor da oração para Jesus? O autor da Carta aos Hebreus afirma: “Durante os seus dias de vida na terra, Jesus ofereceu orações e súplicas, em alta voz e com lágrimas, àquele que o podia salvar da morte, sendo ouvido por causa da sua reverente submissão” (Hb 5.7, NVI). Certamente que, para Jesus, a oração não somente proporcionava o benefício emocional, mas produzia efeito concreto em sua vida e na vida de outros. Deus o atendia, respondendo, de fato, às suas orações.
Para entender o que a Bíblia fala
a) O exemplo sempre vem primeiro. Porque viram Jesus orando, os discípulos pediram que ele os ensinasse a orar (Lc 11.1). Que assuntos devem ser abordados quando oramos, de acordo com a oração-modelo deixada por Jesus (Lc 11.2-4; cp. Mt 6.9-13)?
b) Logo a seguir, Jesus continua seu ensino sobre a oração contando uma instigante parábola (Lc 11.5-10). Como devemos interpretá-la? [Lembre-se de que Jesus também insistia em suas orações. No cenáculo, ele orou repetidas vezes por seus discípulos (Jo 17.9, 11, 15, 17, 20-21). No Getsêmani, fez o mesmíssimo pedido três vezes (Mt 26.44).]
c) Como os versos 9 e 10 de Lucas 11 explicam o sentido da parábola? (Recorra a mais de uma tradução para entender melhor o texto.)
d) Jesus termina seu ensino sobre a oração, comparando o pai terreno com o Pai celestial (Lc 11.11-13). Eugene Peterson contemporiza assim o texto: “Não barganhem com Deus. Sejam objetivos. Peçam aquilo de que estão precisando. Não estamos num jogo de gato e rato, nem de esconde-esconde. Se seu filho pedir pão, você o enganaria com serragem? Se pedir peixe, iria assustá-lo com uma cobra viva servida na bandeja? Maus como são, vocês não pensariam em algo assim, pois se portam com decência, pelo menos com seus filhos. Não acham, então, que o Pai que criou vocês com todo amor não dará o Espírito Santo quando pedirem?” Que exemplos podemos ver de boas e objetivas respostas de Deus aos pedidos de oração de Jesus? Consulte os textos de apoio.
Hora de Avançar
“Deus espera por nossas orações!”
Para pensar
Deus atendeu a oração de Jesus, antes de ele sair para pregar em outros lugares (Mc 1.35-39), depois da cura do leproso (Lc 5.15-16), antes de escolher os doze companheiros de ministério (Lc 6.12-13), durante a incrível experiência da transfiguração (Lc 9.28-29), antes de ensinar sobre a oração (Lc 11.1-2) e antes da agonia da cruz (Mt 26.39-44). Deus também ouviu a intercessão de Jesus por seus discípulos – tanto os contemporâneos dele quanto nós, que viemos a crer depois. Esta foi sua maior oração registrada, conhecida como “a oração sacerdotal de Jesus” (o capítulo inteiro de João 17). Finalmente, voltando ao texto de Hebreus (5.7), Deus não o livrou de passar pela morte, mas o ressuscitou em corpo glorioso, o que foi uma resposta de oração incomparavelmente mais poderosa e sublime.
O que disseram
“Não se aflijam com nada; ao invés disso, orem a respeito de tudo; contem a Deus as necessidades de vocês, e não se esqueçam de agradecer-lhe suas respostas. Se fizerem isto, vocês terão experiência do que é a paz de Deus, que é muito mais maravilhosa do que a mente humana pode compreender. Sua paz conservará a mente e o coração de vocês na calma e tranquilidade, à medida que vocês confiam em Cristo Jesus.” (Fp 4.5-7, BV.)
“A oração produz resultados psicológicos (paz de espírito, tranquilidade), espirituais (maior sentido de vida) e concretos (atendimento real do pedido feito).” (Elben César, em Práticas Devocionais)
Para responder
> Para você, quanto vale a oração? Quais os benefícios desta prática em sua vida?
> Como você seguirá o exemplo de Jesus como alguém que sempre praticava a oração?
> Em relação ao seu tempo e à sua agenda, que decisões você tomará hoje para colocar isso em prática?
> Compartilhe com um amigo ou com o grupo uma resposta concreta de Deus a algum pedido de oração específico que você tenha feito.
Eu e Deus
“Bem cedinho, de manhã, faço a minha oração. Tu, Senhor ouves a minha voz. Faço a minha oração e fico esperando, vigiando com atenção para descobrir a tua resposta.” (Sl 5.3.)
Autor do Estudo Bíblico: Délnia Bastos
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